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A Resenha de Sociologia

Por:   •  4/11/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.305 Palavras (6 Páginas)  •  510 Visualizações

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O texto a ser relatado trata-se da obra publicada nos anos 30 “Casa-grande & senzala” do autor Gilberto Freyre. Tem como resultado uma análise profunda da sociedade patriarcal brasileira, como se formou essa sociedade centrada na figura do homem que comanda todo o ambiente familiar, das relações sociais que criaram ali dentro do ambiente da casa, do senhor de engenho (brancos) e da senzala (negros). A obra foi marcada por muitos elogios, mas, também foi criticada por Florestan Fernandes.

O livro baseia-se em uma história de patriarcalismo brasileiro escravocrata tinha o homem branco no poder econômico através da monocultura latinfundiária com a produção de café e açucar sendo predominantes na economia nacional. Para Freyre, a miscigenação é responsável pelo apaziguamento das discrepâncias e das diferenças etnicas no Brasil. A miscigenação proporcionada através da relação sexual dos senhores das casas grandes e as negras da senzala seria o principal alicerce do equilíbrio da sociedade brasileira. Em parte da obra afirma: “Quanto à miscibilidade, nenhum povo colonizador, dos modernos, excedeu os portugueses ou sequer igualou-se nesse ponto a eles. Foi misturando-se gostosamente com mulheres de cor logo ao primeiro contato e multiplicando-se em filhos mestiços que uns milhares apenas de machos atrevidos conseguiram firmar-se na posse de terras vastíssimas e competir com povos grandes e numerosos na extensão de domínio colonial e na eficácia de ação colonizadora”. (FREYRE, Gilberto. Casa-Grande e senzala. Rio de Janeiro: Record, 1992, p. 9.). Mesmo que não houvesse a micigenação no Brasil, a forma pela qual se desenvolve as relações senhores e escravos, impedem a emergência dos conflitos. Ele aponta uma marca profunda menos racial do que cultural do estoque africano no Brasil, mostra a complexidade da cultura africana transportadas para o Brasil, como também mostra a plasticidade do negro, a sua adaptação a diferente climas e a diferentes formas de cultura.

É preciso reconhecer que Freyre tem um propósito extremamente pioneiro que é tentar entender a forma social, principalmente a formação familiar do brasileiro, casa-grande & senzala vai localizar uma sociedade extremamente complexa com relações sociais, politicas e religiosa. O         autor esforça-se para ultrapassar o nordeste como território de aplicação de suas interpretações. O autor utilizou argumentos no prefácio para articular costumes e características que encontrou principalmete no nordeste brasileiro com outros semelhantes encontrados em outras regiões do país. Freyre acreditava que no Brasil havia uma harmonia entre diferentes raças e culturas, logo essas etinias conseguiam conviver pacificamente, todos com as mesmas oportunidades na sociedade, por isso ele acreditava no que chama “democracia racial”, uma certa harmonia, uma certa igualdade independente de raça. Para o autor, existia uma democracia racial, onde o negro e o mulato tinham os mesmos direitos e condições de vida que os brancos depois da abolição, onde ele afirmva que a “micigenação” ajudou para essa democracia se estabelecer de forma igualitária e mostrando que os imigrantes não precisavam de forma humanamente igual.

A obra “A integração do negro na sociedade de classes” do autor Florestan Fernandes veio para desmitificar o caráter harmonioso da escravidão no Brasil. Mesmo após o fim do modo de produção escravista os negros continuam marginalizados e sem condições objetivas de ascender sociamente na sociedade de classes que então se constuía no País. Fernandes levanta uma crítica, segundo ele uma estrutura em nossa sociedade escravocrata que permanece até hoje, e isso se demostra em uma desigualdade entre diferentes etnias em nosso País, ele demosntra alguns dados para provar isso, um exemplo é que negros e pardos tem renda salarial média menor do que a do branco outro exemplo é o acesso ao nível superior é muito maior entre os brancos que negros e pardos, a taxa de analfabetismo é maior entre e pardos, o desemprego a informalidade é maior entre negros e pardos também. Para ele, não existe democracia racial e harmonia entre as etnias o que existe é uma desigualdade e discriminação.

Fernandes, afirma que, a democracia racial defendida por Freyre é um mito, visto que, negros e brancos no Brasil não tinham as mesmas condições de vida. Para isso, estudou e observou os aspectos de mobilização presente na sociedade. Ele faz uma relação entre a desigualdade racial e o preconceito com a questão de classes, os brancos acabam ocupando os melhores cargos, acabam roubando  destaque na sociedade. Ele fez uma pesquisa em São Paulo ntes dos anos 20 e 30, e percebeu que SP está tendo um desenvolvimento Capitalista maior que outras regiões, ele quiz ver como a sociedade negra se insere nessa sociedade. Viu que des da abolição da escravidão de 1888 séc. XVX os negros eram isolados dentro dessa sociedade, porque a prioridade para esses trabalhos novos que vão surgindo durante a República ela é dada principalmente para os fazendeiros brancos e os imigrantes europeus brancos ocupam os cargos no lugar dos negros.

Para fernandes, o negro e o mulato sofrem problemas após a abolição, eles encontram grandes dificuldades sociais, econômicas, políticas e culturais se estabelecerem no “novo mundo” com a queda do açucar e o aumento da indústria do café, foram perdendo o espaço para os imigrantes que por sua vez eram mais qualificados para indústria cafeeira. O negro e o mulato de certa forma, quando foram libertos “perdem o seu valor” pois não tinham espaço para trabalharem trazendo, assim, uma grande marginalização para os mesmo que teriam que se submeter a qualquer condições de trabalho, que muitas vezes eram pior que quandoeles eram escravos. A sociedade brasileira não tinha o suporte necessário, para suprir as necessidades socioeconômicas das classes que vinham a ser libertas, até mesmo pela falta de bom senso que faltava em alguns brancos que diziam que eles eram superiores.

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