TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Resenha Sociologia sobre Bauman

Por:   •  5/9/2016  •  Artigo  •  2.222 Palavras (9 Páginas)  •  441 Visualizações

Página 1 de 9

[pic 1]

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À SOCIOLOGIA

RESUMO CAPÍTULO 9: APRENDENDO A SOCIOLOGIA DE ZYGMUNT BAUMAN E TIM MAY

Fernanda Cassol

Fernanda Costa

Felipe Herberts

Júlia Kunz

Vitoria de David Barrios

Zygmunt Bauman começa o capítulo IX do livro Aprendendo a Sociologia apresentando um argumento sobre a rotina do ser humano. Raramente duvidamos ou fazemos questionamentos sobre nossa rotina, apenas quando algum aspecto não apresenta o resultado desejado. Essas dúvidas nos levam de volta a rotina da nossa experiência ou altera as trajetórias do nosso curso vital. Isso nos dá a sensação de autodeterminação, onde somos autônomos e donos de certas habilidades para agir conforme queremos. A pergunta do sociólogo é clara: Somos realmente nós que manipulamos o ambiente ou ao contrário?

        A tecnologia, por exemplo, é usada e manipulada ao nosso favor, mas elas também diminuem nossa independência. Ao longo do tempo nossa dependência por certos produtos aumentaram. Cada novo produto oferece mais habilidades que podem ampliar nossas capacidades gerais. Isso é realmente necessário? A cada mudança no cenário em que vivemos temos que adquirir novas habilidades, mas seu impacto sobre nossa vida depende das condições sociais em que nos encontramos. Enquanto que a nossa dependência aumenta, pois não somos capazes de reparar alguns defeitos apresentados.

        Além disso, o constante desenvolvimento da tecnologia faz com que suas novas habilidades tornem as antigas antiquadas. Acabamos por adquirir o novo produto para nos mantes sincronizados com o ritmo do aparecimento das novas ferramentas. Esse caso leva ao aumento de autonomia ou de dependência? Para cada problema de hoje, existe uma solução que pesa o tempo, o projeto e a experimentação até sua solução. Ações roteirizadas como varrer o chão, cortar a grama, aparar a cera, preparar uma refeição receberam instrumentos tecnológicos para fazerem esse tipo de trabalho. Com isso, precisamos sempre de novas tecnologias para concretizarmos qualquer tarefa.

        Contudo, nem toda nova tecnologia realmente substitui as tarefas que eram realizadas de maneira diferente. Os rádios e televisões, por exemplo, introduziram uma necessidade de informação e de estar conectado que não existia. Bauman conclui que a tecnologia criou sua própria demanda, pois esse instrumento tecnológico não modificou o modo de fazer as coisas ao introduzir as pessoas a coisas que não faziam antes. As tecnologias não são uma resposta a demanda popular, pois sua aparição não foi determinada assim. É uma demanda determinada pela disponibilidade da nova tecnologia, ela é posterior a sua introdução.

        Com isso, a demanda cria a oferta é invertida pelos fornecedores, que estimulam ativamente a demanda por meio de suas estratégias de marketing.  Especialistas aparecem com novos produtos, depois de algumas pesquisas, apenas para se sobressair, provar superioridade ou pelo interesse dos humanos em cima desse trabalho. Assim, as soluções aparecem antes do problema. Um aspecto da vida muitas vezes não é percebido como problema até que a recomendação de um especialista diga o contrário. Os usuários são convencidos disso ou não darão seu dinheiro em troca, entre as táticas usadas pelos persuasores está a compra sem juros, os anúncios luxuosos, brindes, etc.

        Aceitamos de braços abertos as novas ofertas tecnológicas, considerando-as libertadoras ou capazes de tornar a vida mais fácil, ela é nos vendida com base na oferta de mais liberdade e controle sobre nossa vida. Para nos convencer disso, os especialistas são mobilizados para transmitir a crença de que podemos e devemos confiar no que nos é apresentado. Entre o processo de criação de novos produtos e seu potencial para criar e satisfazer necessidades, o marketing induz a fundição de necessidades e desejos, que, se não satisfeitos, levarão os consumidores potenciais à frustração de suas aspirações.  Se tivermos consciência das oportunidades ofertadas, não fazer nada parece evidenciar nossa negligencia. Esses objetos mostram aquilo que podemos nos transformar. Marshall McLuhan, comentarista e analista do crescimento da mídia eletrônica, afirma que não podemos escapar da nova tecnologia a menos que escapássemos da sociedade. "Ao abraçar todas essas tecnologias, inevitavelmente nos relacionamos com elas como servomecanismos", cita ele.

        No processo de venda precisamos ser convencidos a comprar um produto, temos que acreditar que o valor de troca e o valor de uso sejam consistentes. Os marqueteiros nos mostram, então, como os antigos produtos são inferiores.  As formas de publicidade envolvem alguma autoridade que ateste o produto e usam técnicas de persuasão para seduzir a audiência, como trazer um cientista ou uma celebridade para sua propaganda. Os textos e os anúncios publicitários têm por objetivo nos incentivar e impelir a comprar produtos específicos. Para reforçar a estratégia as agencias publicitarias apelam para uma atitude de consumidor previamente estabelecida, pois o interesse geral já está presente na rotina. Com isso, para cada problema há uma solução a espera para ser comprada em troca de serviços ou dinheiro.

As atitudes dos consumidores  geralmente dizem respeito à relação que eles possuem entre a vida e o mercado, pois essa é responsável em orientar cada desejo e cada esforço na busca de uma ferramenta ou uma expertise que alguém possa comprar. Torna-se dever e necessidade de cada individuo aprimorar e melhorar sua vida, superando suas deficiências, como se todos tivessem acessibilidade aos meios para isso de forma igual, mesmo que nossas relações com os outros e com os ambientes que convivemos não fossem de fundamental importância. Ao viver nesse ambiente da vida urbana e atarefada, o transito com seus ruídos  se tornam insuportáveis, o ar urbano é poluído,  o estresse no trabalho vem acompanhado com receitas medicas de analgésicos e antidepressivos, o uso do carro torna-se necessário devido a precarização do transporte publico, mesmo que venha acompanhado de mais estresse devido aos congestionamentos diários juntamente com ruídos e poluição. Entretanto, essas situações podem sempre ser respondidas e explicadas com referências à "liberdade de escolha" de cada pessoa e de cada consumidor.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (14.1 Kb)   pdf (110 Kb)   docx (24.3 Kb)  
Continuar por mais 8 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com