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A TDAH E A NEUROPSICOLOGIA

Por:   •  19/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.271 Palavras (6 Páginas)  •  139 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por finalidade apresentar brevemente a definição de neuropsicologia e TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade) e suas re- lações, em seguida discorrer o funcionamento do cérebro com a patologia, e finali- zando com os entendimentos adquiridos com as pesquisas.

A neuropsicologia é a ciência que tem por objetivo o estudo das relações entre as funções do sistema nervoso e o comportamento humano, investigando os distúr- bios dos comportamentos, pelos quais cada ser humano mantém relações adaptadas com o meio, é através da mesma que pode ser compreendido os processos da me- mória, percepção, de aprendizado e de solução de problemas, entre outras atividades cognitivas (PAULA et al., 2006)

Uma patologia que possui ligação com a neuropsicologia é o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade) que é um transtorno neurodesenvolvimental ca- racterizado segundo DSM V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Men- tais), com um padrão persistente de desatenção e/ou hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento.

DESENVOLVIMENTO

O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem seus sintomas caracterizados por não serem apenas uma manifestação de comportamento opositor, hostilidade ou dificuldade em compreender tarefas ou instruções, e são marcados por interferirem negativamente no desempenho social, acadêmico ou profissional do indi- víduo (DSM-V, 2014).

O transtorno pode ser classificado em 3 tipos: o primeiro sendo TDAH com predomínio de sintomas de desatenção: que são indivíduos que conseguem se con- centrar por horas em atividades habilidosas de lazer, mas tem dificuldade em se con- centrar em atividades escolares, como resoluções de problemas, leitura ou raciocínio lógico; o segundo, TDAH com predominância de hiperatividade/impulsividade: que são indivíduos com alto grau de agressividade e impulsividade, não conseguem con- trolar seu corpo e a maior parte de suas ações são involuntárias; e o último tipo de TDAH é o tipo combinado: que são os indivíduos que possui os dois tipos de TDAH, desatento e hiperativo/impulsivo.

Deve-se entender que o diagnóstico é inteiramente clínico, feito com base nos sintomas, da mesma maneira que outras patologias, como a síndrome do pânico ou a

depressão. Não é necessário exame de ressonância, eletroencefalograma ou qual- quer outro que avalie características físicas do indivíduo. Outros profissionais, como pediatras e neurologistas especializados na doença, também podem auxiliar no pro- cesso de diagnóstico. Para chegar ao diagnóstico do TDAH requer identificar compor- tamentos específicos, presentes em vários contextos de seu convívio, como na es- cola, em casa, em ambientes sociais. Além disso, estes comportamentos devem acar- retar um comprometimento clinicamente importante do funcionamento social, acadê- mico ou ocupacional (DESIDERIO, 2007).

O TDAH começa na infância e pode persistir na vida adulta. Pode contribuir para baixa autoestima, relacionamentos problemáticos e dificuldade na escola ou no trabalho. No comportamento podemos notar: agressão, excitabilidade, hiperatividade, impulsividade, inquietação, irritabilidade ou falta de moderação. A desatenção mani- festa-se de forma comportamental no TDAH como divagação em tarefas, falta de per- sistência, dificuldade de manter o foco e desorganização – e não constitui consequên- cia de desafio ou falta de compreensão. A hiperatividade refere-se à atividade motora excessiva quando não apropriado se remexer, batucar ou conversar em excesso. Em- bora tenham características comuns, existe grande variabilidade na forma e no com- portamento individual em vários contextos.

Para o tratamento existem várias abordagens terapêuticas, uma delas é a me- dicamentosa, como o metilfenidato, conhecida por ritalina, além de antidepressivos, com intuito de reduzir os sintomas, o medicamento tem a capacidade de reequilibrar o sistema nervoso central, melhorando o nível de atenção e de concentração. Porém,

o tratamento medicamentoso isolado é ineficaz, necessita de acompanhamento mul- tidisciplinar, como a psicoterapia, as técnicas utilizadas com o paciente devem ser flexíveis, tendo objetivos estabelecidos para o tratamento em função das necessida- des e demandas e a especificidade do transtorno. (TEIXEIRA, 2008).

Embora ainda não haja confirmação, alguns estudos relacionam a causa do TDAH com eventos “pré ou perinatais como, por exemplo, o baixo peso ao nascer, exposição ao álcool ou cigarros durante a gestação” (COUTO et al, 2010). Em alguns casos o desenvolvimento da TDAH pode ser genético, “a transmissão é feita pelos genes e os pais não tem qualquer tipo de responsabilidade, pois estudos mostram que 35% dos pais e 17% das mães de crianças hiperativas, também são hiperativos” (TEI- XEIRA, 2008).

A teoria cientifica atual defende que na TDAH existe uma disfunção da neurotransmissão dopaminérgica na área frontal (pré-frontal, frontal motora, giro cíngulo), nas regiões subcríticas (estriado, tálamo médio dorsal) e a região límbica cerebral (núcleo acubens, amigdala e hipo- campo), causando assim na impulsividade do paciente (COUTO et al, 2010).

Com isso para desenvolver a hiperatividade o indivíduo possui um desequilíbrio neuroquímico cerebral, que é provocado pela pouca produção de neurotransmissores (substancia química que transmite as informações de uma para outra célula), sendo eles a dopamina e a noradrenalina, o indivíduo com TDAH pode ter uma disfunção nessas células, o que conduziria um enfraquecimento da transmissão.

“A região pré-frontal tem a função de ativar o foco de atenção e de mantê-la em tarefas monótonas” (TEIXEIRA, 2005). O lobo frontal e suas conexões cerebrais, é apontado como o principal afetado no desenvolvimento do transtorno, pois é res- ponsável pelos comportamentos e ações, como: atenção, capacidade de controlar im- pulsos, capacidade de filtrar coisas importantes, capacidade de controle da movimen- tação corporal, controle de emoções, entre outros.

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