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A prática docente sob uma perspectiva motivacional

Por:   •  15/5/2024  •  Artigo  •  2.463 Palavras (10 Páginas)  •  12 Visualizações

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A PRÁTICA DOCENTE SOB UMA  PERSPECTIVA  MOTIVACIONAL

Hanny Danyelle de O. C. Lopes – hannypsi@hotmail.com – UNINASSAU

RESUMO:

Este artigo visa discorrer sobre a contribuição da motivação no processo de ensino- aprendizagem, destacando a atuação do docente nesse processo. Para desenvolvê-lo utilizou-se a metodologia descritiva, exploratória e de referência bibliográfica. Os estudos realizados permitem concluir que a relação entre motivação e aprendizagem estão diretamente relacionados e pode-se perceber tal ponto no desempenho dos alunos, enfatizando que é importante que o docente tenha a sensibilidade de perceber as necessidades de seus discentes, adotando métodos educativos que não tratem apenas de conteúdo , mas também de formação de pessoas. Assim, este estudo também demonstrou o fundamental papel do professor neste processo.

Palavras – chave: Docente. Motivação. Aprendizagem.

                                                           

1.INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, tem-se percebido o grande desafio que é motivar os alunos em sala de aula. A motivação escolar constitui, atualmente, uma área de investigação que na opinião de Gutiérrez ( 1986 ), permite explicar, prever e orientar a conduta do aluno em contexto escolar. Com esta ideia Boruchovitch (2009) traz que a motivação é uma característica particular do aluno, que pode ser medida pelo professor, pelo ambiente de sala de aula e pela cultura da instituição de ensino.

Para Bzuneck (2009, p. 9), “motivação, ou motivo, é aquilo que move uma pessoa ou que põe em ação ou a faz mudar de curso, a motivação tem sido entendida ora como um fator psicológico, ou conjunto de fatores, ora como um processo”. Assim, o aprendizado, além de outros fatores, pode estar relacionado ao processo motivacional. Com esta ideia, Boruchovitch e Bzuneck (2009) enfatizam que a motivação do docente, está relacionada com aspectos ligados ao trabalho metal situados no contexto específico de sala de aula.

Neste viés, o objetivo deste artigo consiste em mostrar como a aprendizagem escolar está diretamente ligada á motivação em sala de aula. Para tanto, entende-se relevante conhecer o conceito de motivação, entender como se dá o processo de ensino-aprendizagem e as implicações destes dois, em sala de aula. Segundo Boruchovitch e Bzuneck (2009, p.11) “ Em sala de aula os efeitos imediatos da motivação do aluno consistem em ele envolver-se ativamente nas tarefas pertinentes ao processo de aprendizagem.”

2.REFERENCIAL TEÓRICO

                   

2.1 Motivação

A motivação surge de um processo de desequilíbrio, no interior do organismo, onde a solução é o que leva a ação do sujeito em busca de seu objetivo (BZUNECK, 2001). Para Garrido (1990), a motivação faz parte de um processo psicológico, uma força que se inicia no interior do individuo e que o impulsiona a uma ação. Segundo Balancho e Coelho (1996, p.17) “a motivação é tudo o que desperta, dirige e condiciona a conduta”.

Neste sentido, Bzuneck (2000, p.10) afirma que “toda pessoa dispõe de certos recursos pessoais, que são tempo, energia, talentos, conhecimentos e habilidades, que poderão ser investidos numa certa atividade.” Desta forma, mesmo que o aluno seja considerado um talento se ele não estiver motivado, dificilmente aprenderá.

Para Walker (2002), motivação é a arte ou processo de iniciar e dirigir o comportamento na direção de certas metas ou objetivos. Percebe-se que ela está relacionada com inspirar alguém a fazer alguma coisa pelo desejo puro de realizar, não porque foi obrigado a fazê-lo. Por conseguinte, Bzuneck (2009) reforça que os motivos levam a uma escolha, instigam, fazem iniciar um comportamento direcionado a um objetivo assegurando a sua persistência.

2.2 O processo ensino - aprendizagem

A escola é uma instituição voltada para a educação, contudo deve-se preocupar, também, com o desenvolvimento do aluno enquanto ser humano, buscando ir além do contexto de repasse de conhecimentos. Tal fato é respaldado pela Unesco (1999) ao evidenciar os quatro pilares fundamentais da aprendizagem, quais sejam: aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a ser.

Afirma Freire (1985, p.26) “Para ser válida, toda educação, toda ação educativa deve necessariamente estar precedida de uma reflexão sobre o homem e de uma análise profunda do meio de vida concreta do ser a quem se deseja educar ou, melhor dizendo, a quem se quer ajudar para que se eduque”.

Conforme Rego (1995, p.11) “O aprendizado é o aspecto necessário e universal, uma espécie de garantia do desenvolvimento das características psicológicas, especificadamente humanas, mas culturalmente organizadas.” Acrescenta La Rosa (2003) que a definição de aprendizagem é um requisito básico e indispensável para qualquer direcionamento teórico sobre o ensino.

De acordo com Alves (1994, p.15), “O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho.” Acerca do assunto, Alves (1994, p.15) esclarece ‘Todo conhecimento começa com o sonho.” Segundo Mumford (2001, p.8) “A maioria das pessoas não aprendem coisas a não ser que haja um motivo para isso.” Giroux (1992, p. 259) citado em Magalhães (2004) aborda que “O conhecimento deve ser reinventado e construído, convidando-se os alunos para transpor limites, encorajando-os a pôr fim às questões que separam à cultura superior da cultura popular, a teoria da prática, a política do quotidiano, a pedagogia da educação”.

Neste sentido, Bzuneck (2009, p. 24) explica que “os alunos precisam ser motivados para tarefas significativas, desafiadoras, mesmo que sejam árduas, não prazerosas, exigentes e sob cobrança externa”. Outrossim, Libâneo (2013, p. 86) explica que “a tarefa principal do professor é garantir a unidade didática entre ensino e aprendizagem, por meio do processo de ensino”. O professor não pode negar-se o dever de, na sua prática docente, reforçar e motivar a capacidade crítica dos alunos, sua curiosidade, vontade de aprender (FREIRE, 1970).

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