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ANÁLISE DE CASO CLÍNICO EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Por:   •  26/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  742 Palavras (3 Páginas)  •  159 Visualizações

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ANÁLISE DE CASO CLÍNICO EM TERAPIA COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Adaptado de: SERRA, Ana Maria. Fronteiras Da Terapia Cognitiva. Casa do Psicólogo, 2005. págs. 22-23

“Bob sofre de fobia de elevador. À medida que ele se aproxima de um alto edifício de escritórios, que tem um elevador que ele irá usar, começa a se sentir ansioso – apesar de, nesse momento, estar envolvido numa discussão rotineira de trabalho com um colega. À medida que eles se aproximam do edifício, sua ansiedade aumenta. Apesar de não estar pensando sobre o elevado, obviamente algum tipo de processamento pré-consciente do evento antecipado está ocorrendo e produzindo ansiedade. O conhecimento implícito de que ele irá entrar em um elevador para ir até um andar alto já colocou em ação processos cognitivos, afetivos, comportamentais e psicológicos.

Apesar de que Bob pode não estar conscientemente pensando sobre o elevado (ele pode estar absorvido em sua discussão de negócios), uma “sondagem cognitiva” nesse ponto evocaria a mesma informação, como se ele estivesse ativamente raciocinando sobre a viagem no elevador: se lhe fosse solicitada a introspecção – explorar todos os seus pensamentos sobre sua antecipação – ele reconheceria que estava com medo de entrar no elevador. Ele poderia inicialmente, talvez, estar mais assustado sobre a desconfortável ansiedade que ele sentiria no elevador do que sobre o perigo físico presumido, associado com o mau funcionamento do elevador. Assim que entra na recepção, entretanto, o medo específico da catástrofe torna-se saliente. Ele se torna consciente do medo de que o elevador irá cair e arrebentar ou ficar parado: ele irá morrer, sufocar ou desmaiar. Ele também está com medo de que seu sofrimento se acelerará até o ponto em que ele começará a gritar de forma descontrolada e será humilhado.

        Mais tarde, quando Bob não estivar mais confrontado pelo medo de entrar em um elevador, ele não estará mais com medo destes “perigos” do passado. A distância da fonte de perigo representa uma zona de segurança ou um “sinal de segurança”. Mas quando a mesma situação surge novamente, o mesmo padrão de medos é repetido.

        Vamos examinar este padrão de reação fóbica. As circunstâncias ativadoras repetem-se em torno do evento de subir com o elevador. Estas circunstâncias são processadas através do componente orientador do modo primitivo relevante para o perigo – o risco imaginado de morrer, sufocar, desmaiar e perder o controle. À medida que este medo específico é ativado, os vários sistemas componentes do modo são reforçadores. Vemos, então, a manifestação da ativação do modo: Bob torna-se pálido, sua e treme; seu coração acelera; Ele se sente tonto. E tem uma “sensação de aperto” em seu abdômen.

        A progressão de eventos pode ser analisada da seguinte maneira: inicialmente, à medida que Bob se aproxima do edifício, seu esquema orientativo sinaliza que existe perigo à frente. Esse sinal é suficiente para ativar todos os sistemas do modo: o sistema afetivo gera rapidamente níveis crescentes de ansiedade; o sistema motivacional expressa uma intensidade crescente do impulso para escapar, e o sistema fisiológico produz um aumento na taxa de batimentos cardíacos, uma queda na pressão sanguínea resultando na sensação de desmaio, uma tensão nos músculos do peito, e um aperto no abdômen.

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