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ATPS TEORIA EXISTENCIAL HUMANISTA I

Por:   •  29/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.980 Palavras (8 Páginas)  •  361 Visualizações

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FACULDADE ANHANGUERA EDUCACIONAL

TEORIAS EXISTENCIAIS HUMANISTAS I

TEORIAS EXISTENCIAIS HUMANISTAS I

Relatório apresentado a Universidade Anhanguera Educacional, como parte das exigências para a realização da ATPS da disciplina Teorias Existenciais Humanistas I.

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho vem abordar um pouco sobre as principais contribuições de Sartre para o pensamento psicológico e falar um pouco sobre os principais pontos abordados na inclusão da subjetividade no ensino da psicopatologia.

O MÉTODO BIOGRÁFICO EM SARTRE: CONTRIBUIÇÕES DO EXISTENCIALISMO PARA A PSICOLOGIA

Para Sartre O sujeito só poderia ser compreendido levando se em conta a sua história, fundando assim uma antropologia estrutural e histórica. Sartre buscava compreender o homem de certa forma além do que ele dizia ou refletia ser, além de suas ações, deveria se levar em conta tudo inclusive o contexto em que este estava inserido. Sartre estabelece o método progressivo-regressivo, que consiste compreender a realidade humana como um movimento dialético entre objetivo e o subjetivo.  Em seu método psicanálise existencial propõe uma forma objetiva de investigar a dimensão de ser do sujeito humano, compreendido enquanto ser-no-mundo, como ser-em-situação, um singular/universal. Fazendo com que assim o ponto de partida da investigação fossem os aspectos concretos de sua vida, ou seja, as diferentes dimensões da vida de relações, procurando sempre fazer uma ligação dos fatos concretos da vida individual deste sujeito, com o momento histórico e circunstancial vivido pelo mesmo.

Sartre leva o indeterminismo às suas mais radicais consequências. Porque não há nenhum Deus que determina o que deve acontecer, não há nenhum determinismo. O homem é livre. Não pode desculpar sua ação dizendo que está forçado por circunstâncias ou movido pela paixão ou determinado de alguma maneira a fazer o que ele faz.

Duas das principais contribuições de Sartre para o pensamento psicológico que consideramos foi: Sua critica construtiva e demolidora contra o subjetivismo, mecanicismo e mentalismo reinante na psicologia, principalmente behaviorismo e psicanálise clássica, onde o subjetivismo dava ênfase apenas ao mundo interno do sujeito, ficando assim por demais reducionistas, não considerando o mundo externo e a relação deste com o sujeito, e do sujeito com este, pois o sujeito não é apenas produto do meio, mas produtor também. E sua proposta de uma nova psicologia e psicanálise existencial onde considera como método principal de investigação do individuo, a dialética do contexto amplo, como sua vida privada (singular/universal), não descartando o mundo fora como de dentro, onde o sujeito no final é o responsável absoluto por fazer a síntese entre objetivo e subjetivo, ou seja, ele é aquilo que seu meio te torna.

Portanto finalizando tudo o que vimos à cima, pode se dizer que Sartre nos ensinou que a liberdade humana é total, mostrando que devemos assumir nossas responsabilidades pelo que fazemos e por quem nos tornamos. Para Sartre, é através de nossas escolhas e ações que nos criamos livremente, e a partir dai que vêm as consequências, pois toda escolha tem suas consequências sejam estas para o bem ou para mal e os únicos responsáveis por tudo isso somos nós mesmos.

RESUMO DOS PRINCIPAIS PONTOS APRESENTADOS NO ARTIGO “A INCLUSÃO DA SUBJETIVIDADE NO ENSINO DA PSICOPATOLOGIA”.

Psicopatologia Descritiva ou Psicopatologia Sintomatológica-Criteriológica

No campo da Psicopatologia, é possível observar uma tensão entre duas perspectivas de aproximação do fenômeno psicopatológico que deveriam ser complementares, mas que tem sido estabelecida em termos de hegemonia de uma e quase exclusão de outra. Encontramos na Psicopatologia Descritiva – tendência hegemônica - um adelgaçamento da análise psicopatológica, que se reduz aí a umasintomatologia, no sentido da descrição objetiva de um repertório de sintomas. Isto descola o estudo da Psicopatologia do plano das vivências (subjetivas) e o remete para a objetividade do quadro nosográfico no qual se expressa o diagnóstico.

A forma pela qual a linguagem é implicitamente entendida aqui supõe que se relaciona com o mundo de forma literal, unívoca e independente de contexto (Parnas & Bovet, 1995). Essa abordagem em Psicopatologia caracteriza-se pelo seu operacionalismo (Parnas & Bovet, 1995; Bovet & Parnas, 1993), o qual se refere à organização daquele vocabulário em regras operacionais, ou critérios diagnósticos. Estes, por sua vez, visam à ordenação dos sinais e sintomas descritos, segundo princípios lógicos, produzindo, com isto, o aumento da confiabilidade ou fidedignidade do diagnóstico, deixando em segundo plano a suavalidade. Tal tipo de procedimento conduz a uma seleção das manifestações clínicas, de modo que aquelas que possuem um caráter mais experiencial, subjetivo – como alterações na consciência de si e da sintonização afetiva com o entorno - tendem a ser descartadas, em detrimento daquelas mais exuberantes, objetivas, comportamentais. Uma consulta aos Manuais de Classificação disponíveis (CID 10 e DSM-IV), bem como à maioria dos manuais de Psicopatologia disponíveis, é suficiente para ilustrar esse tipo de procedimento.

Ensino da Psicopatologia e subjetividade

Consideramos que apenas uma Psicopatologia que tome como elemento central do seu campo de práticas e de reflexão a dimensão experiencial e as diferentes narrativas que cada sujeito é capaz de produzir, para tentar dar conta do seu sofrimento psíquico, pode ser relevante em um cenário de transformação da assistência em saúde mental, como o que vivemos nos últimos vinte anos. Neste período, temos testemunhado a progressiva substituição do modelo hospitalocêntrico por serviços substitutivos, que, cada vez mais, se constituem no mercado de trabalho em potencial para os estudantes que pretendem se dedicar às práticas clínicas em saúde mental depois de formados. Neste novo modelo, estabelecem-se outras modalidades relacionais entre os membros da equipe de cuidados e entre estes e aqueles que estão sob seus cuidados: pacientes e seus familiares. Com os usuários estabelecem-se regimes de convivência menos verticais, mais atentos à realidade em que vivem e de onde nasce e aonde se expressa o seu sofrimento. Deles se espera maior implicação no tratamento e, com isso, ganhos em sua autonomia.

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