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Abuso Sexual E Transtorno Alimentar

Artigo: Abuso Sexual E Transtorno Alimentar. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  21/8/2014  •  1.785 Palavras (8 Páginas)  •  540 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Tema: Abuso Sexual

De acordo com Azevedo e Guerra (2001) a definição de Abuso Sexual é “...uma situação em que uma criança ou adolescente é usado para gratificação de um adulto ou mesmo de um adolescente mais velho, baseado em uma relação de poder que pode incluir desde carícias, manipulação de genitália, mama ou ânus, ‘voyeurismo’, e exibicionismo, até o ato sexual com ou sem penetração, com ou sem violência.” Assim, abuso sexual é, por definição, um comportamento sexual vinculado ao desrespeito ao indivíduo e aos seus limites. Carícias no órgão genital, relações sexuais, incesto, estupro, sodomia, exibicionismo e exploração sexual são alguns dos tipos de abuso sexual que as crianças, os adolescentes e os adultos podem sofrer, seja por parte de familiares ou conhecidos, seja por pessoas estranhas.

Assim, segundo Mathews (1993) o abuso pode ocorrer tanto dentro como fora do ambiente familiar, e isso gera graus de impacto diferentes no indivíduo abusado que pode estar influenciado pelos seguintes fatores:

- o relacionamento próximo entre a vítima e o agressor, normalmente o agressor incentiva a vitima a mentir e isso pode gerar desconfiança por parte do abusado;

- a idade da vítima e a duração do abuso podem agravar o desenvolvimento sexual da mesma;

- o tipo de atividade sexual que ocorre no abuso, se não houver contato físico e agressão, os traumas parecem ser menores;

- ausência de figuras parentais protetoras e etc.

Ainda segundo Mathews, geralmente a interação sexual se dá pelo fato do agressor estar ciente da proximidade da criança e se utiliza disso, dessa confiança e vulnerabilidade para manipulá-la, começa muitas vezes com brincadeiras infantis que incluem desde a exposição do corpo (adulto, criança e/ou ambos) passando por toques que vão progredindo gradativamente para outras formas de contato, chegando, muitas vezes, ao sexo anal, oral ou até mesmo a conjunção carnal.

A decepção e o silêncio são os resultados do esforço do vitimado em guardar o segredo. Normalmente sente-se obrigado a isso, também costuma gostar de atenção e carinho. Em alguns casos a atividade sexual pode ser a única interação “carinhosa” que o individuo tem sendo então a única via para se sentir importante ou estimado. É comum a utilização de ameaças visando à manutenção do sigilo pela criança. A criança pode achar que a culpa do abuso é sua, sentindo-se amedrontada e envergonhada.

O abuso sexual afeta física e emocionalmente. A literatura registra 3 tipos de abuso:

1- O abuso físico, diretamente ligado a negligencia e a castigos corporais (forma de bater descontrolada, não acolher, o abandono, etc).

2- O abuso sexual, forçar o individuo a ter atividades sexuais, como citado no primeiro parágrafo, ciente ou não do que está fazendo, podendo ou não haver penetração.

3- O abuso psicológico e/ou emocional, causa sofrimento através da parte emocional, fala e/ou gestos que inibam a auto-aceitação do individuo.

O abuso sexual contra meninos, de acordo com Pinto Jr. (2005, p. 02), é pouco compreendido pela sociedade devido ao fato de que “As estatísticas (...) colocam o sexo masculino, quase sempre como o agressor. No imaginário das pessoas parece existir a idéia de que meninos e homens não são vitimizados sexualmente e que este é um problema de mulheres.”

Como afirma Finkelhor (1984) citado por Pinto Jr. (2005, p. 42), um silêncio rodeia o abuso sexual masculino. Este silêncio é também devido à sociedade e as crenças errôneas voltadas para a vitimização sexual. Duas crenças errôneas são descritas pelo autor:

- os meninos freqüentemente tendem a iniciar as atividades sexuais com adultos;

- os contatos sexuais com adultos afetam menos os meninos negativamente.

Assim, aumenta a necessidade de trabalhar os mitos que envolvem o abuso sexual masculino.

Outro fator importante apontado por Pinto Jr (2005, p. 43) é que “(...) a respeito dos efeitos a longo prazo da experiência de vitimizaçao sexual de meninos apontam varias conseqüências negativas, principalmente quanto a auto estima e à identidade sexual.”

IMAGEM CORPORAL

A imagem corporal é entendida como o relacionamento do individuo com seu próprio corpo (Castilho 2001).

De acordo com Castilho (2001, p. 03) “O corpo concretiza nossa existência. Através dele percebemos, somos percebidos e interagimos com o mundo que nos cerca. Fronteira entre o eu e o mundo, o corpo é linguagem e comunicação.” A imagem corporal pode ser estudada através de duas perspectivas, uma voltada para o lado cultural que, ao longo da história vem se modificando e priorizando o padrão de beleza, a imagem social. A segunda voltada para o aspecto interno, onde o indivíduo se percebe de forma mais negativa.

O entendimento de aspectos da construção da imagem corporal envolve a interação de conhecimentos sobre a formação de imagens/representações na mente humana, sobre o tônus/postura/organização espacial do corpo humano e também sobre a realidade existencial do indivíduo, envolvendo percepção, memória, sentimentos e aspectos simbólicos da interação com o ambiente.

Para Tavares (2003, p.29), a imagem mental "integra várias modalidades sensoriais e diversos processos psíquicos que estão continuamente em intercâmbio". Dessa forma são formadas imagens de objetos externos e internos. Schilder (1994, p.11) conceitua imagem (esquema) corporal afirmando que "Entende-se por imagem do corpo humano a figuração de nossos corpos formada em nossa mente, ou seja, o modo pelo qual o corpo se apresenta para nós".

Nesse processo de construção, os sentidos humanos (como visão, tato, etc.) dão informações importantes sobre o desenho/silhueta corporal, além de interferirem diretamente no controle da postura, no tônus muscular e na organização espacial do ser humano no mundo. De fato, vale ressaltar que a percepção difere qualitativamente das propriedades físicas dos estímulos, pois o sistema nervoso central extrai apenas certas informações perante os estímulos e interpreta estas informações no contexto de cada experiência (MARTIN, 1991). Deve-se lembrar, contudo, que a percepção, mesmo que individual, em muitas situações pode ser diretamente proporcional à magnitude

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