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Análise clínica segundo uma ótica comportamental do Filme Coringa

Por:   •  21/6/2021  •  Resenha  •  965 Palavras (4 Páginas)  •  171 Visualizações

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Analise Filme Coringa (2019)

Acadêmico: Julimar Costa Rodrigues Júnior

        O filme se inicia com o protagonista escutando uma noticia sobre a greve dos garis, que estava deixando a cidade cheia de lixos, concidentemente hoje na realidade passamos também por uma crise sanitária, a do corona vírus, e assim também como no filme uma crise política, econômica e social.

        O protagonista trabalha como palhaço, fazendo danças e girando uma placa na rua para anuncio de uma empresa. Durante uma de suas apresentações garotos roubam sua placa e em seguida o protagonista ao tentar recupera-la é encurralado em um beco e sofre agressões físicas dos garotos. O filme explicita logo no inicio uma profissão pouco valorizada e os reforços negativos como a falta de segurança em que o protagonista é exposto. Em seguida em sua consulta com a psicóloga revela um discurso  de desorientação e falta de perspectiva da vida dizendo “ é impressão minha ou o mundo está cada vez mais doido?”, denotando sua insatisfação com a falta de estímulos externos reforçadores que norteiem um sentido para o seu fazer profissional e sua vontade de se sentir parte de uma comunidade, o que leva a especular uma possível anedonia e abulia de acordo com esse primeiro discurso, talvez pelo valor coercitivo do momento sócio-histórico em que vivem, denunciado pela psicóloga ao afirmar que “são tempos difíceis, as pessoas estão procurando emprego”. Quando a psicóloga pega seu diário, ao tremer as pernas, o protagonista expressa um comportamento fisiológico característico da ansiedade, logo denota-se que esse comportamento da psicóloga se trata de um estimulo aversivo para o protagonista. Ao entregar o diário o protagonista avisa a psicóloga que este diário são anotações de pensamentos e algumas piadas para seu projeto de stand-up, mas a psicóloga disse que ele não tinha falado isso pra ela antes, e ele reafirma que sim, observando-se um comportamento de falha na memória.   A psicóloga ao ler o diário, encontra a seguinte frase no diário: “só espero que minha morte faça mais sentido do que minha vida”. A psicóloga pergunta se o protagonista acha que ir até o consultório conversar com ela é positivo, se o ajuda conversar e ele revela um estado um estado psicopatológico anterior dizendo que se sentia melhor no sanatório, logo denota-se que seu comportamento já foi em algum momento considerado socialmente nocivo ou que não se encaixou nos padrões sociais estabelecidos aceitos. A psicóloga pergunta se ele sabe porque ficou preso no sanatório e ele responde não saber, o que da a entender que ele não está ciente das contingências que levar as respostas em seu comportamento. Ela pede que a psicóloga peça ao médico que aumente sua medicação, elas responde que ele já toma sete tipos de remédios, que já deveria estar fazendo algum efeito e ele responde que só não queria se sentir tão mal, o confirma um estado uma intensidade na ausência de reforçadores, um sofrimento.

Ao ir de ônibus pra casa, tenta brincar com uma criança, mas a mãe desconfiada pede pra que ele não “pertube” o garoto, que pelo contrário estava sentindo graça das expressões do protagonista. O protagonista para de brincar com o garoto e começa a rir, um comportamento normal na sociedade que tem um significado e um sentido comum, mas no contexto que que o protagonista riu foi interpretado como deboche, pelo contexto que que a risada foi inserida analisando por um padrão comportamental da normalidade. A mãe da criança se irrita e o Arthur se justifica seu comportamento mostrando um bilhete pra ela, em que está escrito que ele tem uma condição médica especial. Entende-se por aí já a questão do trabalho escolhido por ele, a baixa de reforçadores está relacionada ao seu comportamento atípico, sendo punido socialmente por não ser compreendido. Denota-se que sua risada também é um sintoma de sua ansiedade, uma somatização da sua tristeza que se expressa em seu corpo de forma atípica, em um comportamento reprovável pois está fora de contexto pro senso normativo dos comportamentos socialmente aceitos.

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