Aplicação Da Terapia Dos Esquemas No Contexto Escolar
Por: alyssardg • 10/9/2025 • Trabalho acadêmico • 5.721 Palavras (23 Páginas) • 209 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID WYDEN CAMPUS - HORTO II
PSICOEDUCAÇÃO PARA O MANEJO DA ANSIEDADE NA ADOLESCÊNCIA: APLICAÇÃO DA TERAPIA DOS ESQUEMAS NO CONTEXTO ESCOLAR
Nome do(s) discente(s):
Alex Gomes Correia Alyssa Roanny Dantas Guerra
Amanda Shede da Silva Menezes Karla Emanuelly Alves Policarpo Maria Vitória de Moura Andrade Nalanda Santos Lacerda
Nome do(a) professor(a) orientador:
Antonino José de Melo
TERESINA-PI 2025
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID WYDEN CAMPUS - HORTO II
PSICOEDUCAÇÃO PARA O MANEJO DA ANSIEDADE NA ADOLESCÊNCIA:
APLICAÇÃO DA TERAPIA DOS ESQUEMAS NO CONTEXTO ESCOLAR
Relatório em grupo, conforme exigência acadêmica da disciplina de ARA1244, “Teorias e Técnicas Psicoterápicas”, pertencente ao curso de Psicologia da Unifacid Wyden.
Orientador: Prof. Antonino José de Melo
TERESINA-PI 2025
- DIAGNÓSTICO E TEORIZAÇÃO
Identificação das partes envolvidas e parceiros
O projeto de extensão foi realizado pelos alunos Alex Gomes Correia, Alyssa Roanny Dantas Guerra, Amanda Shede da Silva Menezes, Karla Emanuelly Alves Policarpo, Nalanda Santos Lacerda e Maria Vitória de Moura Andrade, devidamente matriculados na disciplina de Teorias e Técnicas Psicoterápicas. A intervenção ocorreu no Grupo Educacional CEV - Unidade Sul, onde são ofertadas turmas de educação infantil, ensino fundamental e médio com, aproximadamente, 300 alunos matriculados. Se trata de uma instituição privada, mas que oferece bolsas de estudos. Para a realização do projeto, foi escolhida a turma do 2° ano do ensino médio devido demandas relacionadas à saúde mental, apresentadas pela psicóloga da unidade, Daulas Andresa e Silva Costa. Fizeram parte da intervenção cerca de 40 alunos, com idades variando entre 15 e 17 anos, jovens de classe média, sendo em parte naturais do interior do estado, residindo em Teresina para fins educacionais. Foi cedido para a realização da atividade de intervenção na unidade escolar um horário, cerca de 50 minutos, da disciplina “Conviver”, que trouxe como tema principal o desenvolvimento de habilidades socioemocionais.
Problemática(s) identificada(s)
O levantamento das demandas ocorreu no dia 28 de março de 2025, na escola CEV, Unidade Sul. Após conhecer as dependências da instituição, observar profissionais em campo e o público-alvo em interação no intervalo, foi separado um momento de diálogo com Daulas Andresa e Silva Costa, psicóloga responsável na instituição. Segundo ela, os adolescentes necessitam, cada vez mais, de acompanhamento e estratégias para enfrentar e prevenir o transtorno de ansiedade. Na definição do público composto por alunos do 2º ano do ensino médio, foi informado que, em sua maioria, são pertencentes à classe média, naturais do interior do Piauí ou de fora do estado, que residem na cidade para estudar. Na escola, a psicóloga alertou que poderiam ser encontradas algumas demandas frequentes para sintomas ansiosos, como o desempenho escolar, as comparações, as expectativas frustradas e as dificuldades com os pares, sejam por isolamento, bullying ou relacionamentos.
A intervenção desempenharia um papel fundamental na capacitação dos estudantes para reconhecer e compreender suas próprias emoções. Essa autocompreensão é essencial para lidar com os sintomas da ansiedade, uma vez que permitiria aos alunos a identificação de “gatilhos” emocionais que desencadeiam sentimentos de apreensão e tensão. Com a execução do projeto, nosso momento destinado ao socioemocional cria um espaço onde os alunos se sentiram apoiados e compreendidos, o que é essencial para enfrentar de forma participativa a ansiedade.
Demanda sócio comunitária e justificativa acadêmica
A demanda esteve propriamente relacionada à necessidade gradativa de estratégias eficazes para lidar com a ansiedade entre adolescentes, singularmente no contexto da escola CEV, unidade sul. Com base na conversa com a psicóloga escolar, a realidade analisada indicou uma crescente nos casos de ansiedade dentre os alunos do 2° ano do Ensino Médio. Esse panorama exigiu intervenções que pudessem ir além de um acompanhamento psicológico individual, mas uma promoção de saúde emocional coletiva.
Diante desta análise, a relevância de uma intervenção se estabeleceu tanto no âmbito comunitário e escolar quanto no acadêmico. No contexto do estudo da Psicologia, a iniciativa possibilitou a aplicação prática de conhecimentos adquiridos sobre saúde mental e técnicas psicoterápicas, a abordagem Terapia dos Esquemas (TE), o desenvolvimento socioemocional e a psicoeducação preventiva no contexto de preparação para o futuro. Cabe ressaltar que, reforçou a importância da escuta ativa, do acolhimento psicológico, da autocompaixão e do autocuidado como estratégias fundamentais para a promoção do bem-estar deles, evidenciando os benefícios da psicoterapia sob a ótica da Terapia dos Esquemas de Jeffrey Young.
A interação direta com a unidade escolar permitiu compreender, de maneira presencial, os desafios enfrentados pelos estudantes, conforme apontado pela equipe de psicologia que os acompanha. Dessa forma, as propostas foram alinhadas às necessidades encontradas, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades que os ajudem a lidar de forma autônoma com situações desafiadoras, especialmente na ausência de apoio imediato. Segundo Fontenele (2024), fatores como a pressão acadêmica, a influência familiar e as interações sociais podem contribuir significativamente para o aumento da ansiedade e do estresse entre os estudantes, impactando seu desempenho escolar e bem-estar emocional. Assim, o projeto forneceu suporte aos estudantes envolvidos e favoreceu a construção de uma trajetória mais saudável em outros
âmbitos da vida, considerando que, nessa fase, grande parte do tempo é ou deve ser dedicada aos estudos.
Objetivos a serem alcançados
- Demonstrar como os esquemas são padrões emocionais e cognitivos estabelecidos precocemente influenciam a forma como o indivíduo percebe e responde à realidade, contribuindo para o desenvolvimento de psicopatologias, como a ansiedade
- Empregar técnicas da Terapia dos Esquemas para favorecer o desenvolvimento da capacidade do paciente de compreender, identificar e modificar esquemas disfuncionais que perpetuam a ansiedade e outras dificuldades enfrentadas, com enfoque nos domínios de esquemas mais recorrentes na faixa etária identificada.
Referencial teórico
A Teoria dos Esquemas, proposta por Jeffrey Young (1999), é uma extensão da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) que se concentra nos esquemas iniciais desadaptativos (EID), os quais são padrões de crenças e atitudes que se formam durante a infância e adolescência. Esses esquemas emergem de experiências de interação com os cuidadores, como abusos, negligência ou falta de afeto, assim como da percepção que o adolescente tem dessas experiências (Young, Klosko & Weishaar, 2008). De acordo com Young (1999), os esquemas disfuncionais podem ser divididos em categorias, como abandono, desconfiança, fracasso e insuficiência, que acabam por influenciar negativamente a visão que o indivíduo tem de si mesmo e do mundo.
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