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As Estratégias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da política de assistência social à criança e ao adolescente em Montes Claros-MG.

Por:   •  27/7/2019  •  Artigo  •  2.812 Palavras (12 Páginas)  •  221 Visualizações

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As estratégias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da política de assistência social à criança e ao adolescente em Montes Claros-MG.

Simone Alves Guimarães

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo investigar, compreender e analisar como são desenvolvidas as estratégias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, integrante da política de assistência social à criança e ao adolescente na cidade de Montes Claros – MG. Visando a convivência e o fortalecimento de vínculos familiares além do serviço de proteção básica de assistência social. Este estudo foi realizado na Escola Estadual Dom Aristides Porto no bairro Morrinhos, local onde o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS Central acontece, pelos estagiários do 5°período de psicologia das FIP – MOC e teve como seu público alvo crianças e adolescentes com idade de 10 a 17 anos. Tendo como objetivo geral “Analisar como são desenvolvidas as estratégias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da política de assistência social à criança e ao adolescente” e os objetivos específicos propostos em consonância com a fundamentação teórica estudada. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa participante, porém esta ação ocorreu por meio de grupos durante oito encontros de modo através da socialização, trocas de saberes, com intuito de promover a construção identitária, de pertencimento , favorecendo o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários.

PALAVRAS CHAVE: Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos. Proteção Básica. Centro de Referência de assistência social.

INTRODUÇÃO

Na contemporaneidade, as crianças e os adolescentes brasileiros tem uma legislação que rege por seus direitos e deveres que é o Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, lei n° 8.069 de 1990. Segundo esta lei no art° 2, é considerado criança, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade, sendo assim, neste aparato legal são assegurados seus direitos e deveres. No entanto, na atual conjuntura muitos dos seus direitos são violados. Para atender este público, é criado políticas e equipamentos sociais com objetivo de prevenir e proteger as mesmas. O Centro de Referência de assistência social – Cras, faz parte do Sistema Único de assistência social – SUAS, que tem como um dos objetivos a promoção social, neste sentido originou- se o Serviço de Convivência e fortalecimento de vínculos que é executado no Cras, para que assim possa realizar a proteção social, garantindo a segurança do convívio, acolhida, sobrevivência, evitando e prevenindo riscos sociais, perigos, incertezas para grupos vulneráveis tanto do ponto de vista material quanto do ponto de vista relacional.

Fundamentado no ideário da política de assistência social – PNAS e com objetivo de efetivar a Proteção Social Básica, os estagiários do 5°período de Psicologia das FIP-MOC, realizaram este estudo a fim de refletir, analisar e discutir como são desenvolvidas as estratégias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da política de assistência social à criança e ao adolescente. O local da pesquisa foi na Escola Estadual Dom Aristides Porto no bairro Morrinhos em Montes Claros - MG, local onde o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos do CRAS Central acontece. Tendo como seu público alvo crianças e adolescentes com idade de 10 a 17 anos em que se encontra em situação de vulnerabilidade social em decorrência as questões sociais diversas apresentadas no território.

As temáticas escolhidas para serem trabalhadas nos encontros eram assuntos que atraiam o público em questão, sendo temas da realidade juvenil como esporte, música, paródias, televisão e relacionamentos. Foi realizado um planejamento, observando os interesses da demanda e da Proteção Social Básica.

REFERENCIAL TEÓRICO

Nas relações sociais são constituídos vínculos com o outro e por essas relações, conexões estas estabelecidas por outras pessoas, tendo-as também como referência na contribuição do coletivo as formas de intervenção que promovam encontros que afetam as pessoas, mobilizando-as e provocando transformações. A capacidade de afetar e ser afetado podem ser ditos analogamente. Neste aspecto, os espaços sociais, como a escola está perdendo momentos de socialização e sim focando somente no aspecto dos conteúdos escolares. Por isso, precisa ser trabalho as habilidades e funções executivas.

Para Diamond (2011) destacou em sua palestra que as funções executivas dependem do córtex pré-frontal e que estas estão compostas de três habilidades essenciais: o Controle de Inibição (autocontrole), Memória de Trabalho e Flexibilidade Cognitiva. Respectivamente, a primeira refere-se à capacidade de resistir a um impulso para se fazer uma coisa, e, em vez disso, fazer o que é necessário. Dessa forma, “prestar atenção envolve, por exemplo, suprimir o que as outras estão dizendo, ou outros itens visíveis que não sejam o que é mais relevante.” (DIAMOND, 2011, p.146).

Já, no que se refere segunda competência, a Memória de Trabalho, esta se refere a manter informações na memória enquanto trabalhamos e processamos tal informação. Sendo assim, a Memória de Trabalho “é necessária para entender causa e efeito, para compreensão e para fazer cálculos mentais (por exemplo, adição ou subtração), na sequência de uma conversa, mantendo em mente o que você quer dizer.” (DIAMOND, 2011, p.146). Por fim, no que se refere à terceira competência, Flexibilidade Cognitiva, esta se refere à capacidade de mudar rapidamente e facilmente as perspectivas ou o foco de atenção. Ou seja, “a flexibilidade de ajuste às exigências de alterações do ambiente, ou prioridades- ser capaz de “pensar fora da caixa”. (DIAMOND, 2011, p.146).

Alguns autores defendem a idéia de que as atividades lúdicas são fundamentais para tais competências. Dessa forma, Vigotsky (apud DIAMOND, 2011), defende a idéia de engajar brincadeiras no desenvolvimento dessas competências. Afirmando ainda,

“Durante a brincadeira social, as crianças devem desenvolver o seu próprio papel e manter o dos outros em mente (memória de trabalho). Eles devem inibir ações fora do seu personagem (empregam o controle inibitório), e ter flexibilidade para ajustar as voltas e reviravoltas à medida que a trama evolui (flexibilidade cognitiva).” (VIGOTSKY apud DIAMOND, 2011,

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