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BULLYNG NA ESCOLA

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Por:   •  22/11/2013  •  4.075 Palavras (17 Páginas)  •  431 Visualizações

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BULLYNG NA ESCOLA

RESUMO

O interesse pelo tema da pesquisa, “Bullyng na Escola” se deve a constatação de que a escola contemporânea tem se apresentado, cada vez mais, como um espaço de confrontos que em muito ultrapassam aos embates que deveriam ser os normais no espaço escola: os intelectuais/culturais. A crise da escola se estende para o campo da ética e das Relações Humanas, cruzando as fronteiras dos limites professor/aluno, pois essa divisória já foi derrubada pelas crises profissionais que enfrentam os professores, que vivem do estresse de greves e reivindicações não atendidas e ainda a violência que enfrentam no seu dia a dia no ambiente de trabalho. Essa realidade está mais presente em escolas das grandes cidades, com bastante fluência de crianças e jovens de todas as classes sociais e culturais. Com a divulgação na mídia e acesso à Internet o problema da violência no espaço escola, passa a ser de toda a sociedade, e as escolas que estão localizadas em comunidades menores começam a se alertar com medidas de prevenção, com uma pedagogia voltada ao resgate de valores.

Palavras chave: Violência - Bullying – Escola

1 INTRODUÇÃO

A sociedade atual tem enfrentado grandes transtornos gerados pela violência e, atualmente, o Bullying surge para caracterizar um novo tipo de agressão que é o conjunto de atividades repetitivas, adotadas por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento. Ao invadir o espaço escola, causam sérios contratempos, chegando a gerar atos de extrema gravidade, como se vê quase que diariamente noticiados na mídia. São atitudes consideradas como indisciplina dentro da escola, sem que se tome atitude repressora e mais adiante volta como transtorno psicológico com fatos e acontecimentos originados na escola, e na maioria das vezes, quem sofre as consequencias é a própria escola.

Mas ainda existe a dificuldade de se reconhecer o Bullying como algo sério, a tendência é encarar como brincadeira de crianças, mesmo com toda a repercussão que alguns casos ao serem vinculados pela mídia, quando o resultado do Bullying toma a proporção de agressões e crimes, pois o Bullying pode causar graves transtornos mentais e de personalidade em suas vítimas.

2 O COTIDIANO DA VIOLÊNCIA

A violência vem assustando cada vez mais a sociedade de forma geral, tornando-se um problema crônico cada dia mais difícil de controlar. Cenas de assalto, guerras, assassinato dentro de escolas, sequestros, brigas de torcidas e os mais diversos tipos de crimes são cada vez mais comuns.

Souza (2007, p.59) relata que:

É importante para entender as causas que levam a violência, refletir sobre as relações familiares e da escola em relação ao aluno. E principalmente, estabelecer as noções de cidadania, direitos e deveres de todos os cidadãos que vivem em sociedade.

Nota-se que a principal dificuldade dos professores refere-se à ausência da família no comportamento do processo educacional. A família é o núcleo fundamental na formação dos seres para o convívio social e tem um papel que a ela cabe introduzir as primeiras lições de cidadania e de respeito ao próximo, além orientar diante de condutas inadequadas. São esses valores éticos, anteriores a etapa de escolarização da criança, que permitirão que ela se torne capaz de conviver harmonicamente com outras pessoas, obedecendo aos princípios da responsabilidade, solidariedade, reconhecimento dos direitos dos outros e compreensão de regras comuns.

Portanto, a família e a escola têm sido historicamente a base da educação de crianças, adolescentes e jovens e da inserção social desse grupo. Com a desestruturação do ambiente familiar aliada a falta de dialogo e as diversas formas de violência familiar, sendo muita das vezes essa violência refletida no comportamento dos alunos, desafiando os educadores a lidarem com essa problemática. O lugar da escola, como fonte privilegiada de mediação, assim como o da família possibilita uma atuação ampla no campo da prevenção da violência. Mas, é necessário que essas instituições caminhem juntas, buscando principalmente estabelecer uma relação respeitosa com os jovens, entretanto o que se percebe é o afastamento da família da função de educar os jovens, sobrecarregando a escola (NJAINE; MINAYO, 2003).

Atualmente o grande foco da crítica e da atribuição de responsabilidade pelos problemas da violência na escola está sendo o aluno e, especialmente sua família. De fato, percebem-se muitas famílias desestruturadas, desorientadas, com hierarquia de valores invertida em relação à escola, transferindo responsabilidades para a escola, entre outros. Tudo isso é verdade, pois, objetivamente, uma grande maioria das famílias que tem filhos na escola, não está cumprindo sua tarefa de fazer a iniciação civilizatória: estabelecer limites, desenvolver hábitos básicos. Neste sentido, os educadores têm razão em levantar esta falha.

Sabe-se que a família realmente é o primeiro contexto socializador da criança, não se pode ignorar este fator, mas não se pode lhe atribuir toda a culpa pela indisciplina e violência da criança. Em casa, como na escola, também há modos diferentes de promover a disciplina.

A função de ensinar deve ser compartilhada pelos adultos que convivem com a criança, uma vez que a intensidade da fantasia autoagressiva exige determinado acúmulo de autoridade até que a noção ministrada seja internalizada pela criança. Segundo Juska (1995, p.44)

É importante que a criança expresse seus sentimentos e aprenda que os sentimentos não são um problema, mas que o mau comportamento é, sim, um problema”.Os pais poderão impor limites aos atos, não aos desejos...Não diga: Pare de chorar, você não devia estar se sentindo assim. Diga que seu filho tem o direito de sentir, mas pode ser que haja formas mais adequadas de expressar o que sente.

Segundo Juska (1995) a permissividade paternal na expressão da agressividade pode estimular sua manutenção nos filhos, bem como desentendimentos frequentes entre os pais que poderão deixar sequelas nos filhos, podendo eles se tornar agressiva.

Portanto, com a nova face da escola, onde a violência e o Bullying estão presente, se torna necessário construir novos modelos de convivência, educar em valores, construir sentidos acoplados a uma visão crítica da sociedade, visão que, como se sabe condiciona suas práticas. Nesse processo, a participação

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