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Banalização do uso de medicamentos para crianças com dificuldades escolares

Por:   •  24/3/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  732 Palavras (3 Páginas)  •  152 Visualizações

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FERNANDO MARTINS SUTIL - 2019

  1. Fazendo a relação entre banalização do uso de medicamentos para crianças com dificuldades escolares (aprendizagem ou comportamento) X senso comum preconceitos e cotidiano escolar diga: o que estes casos representam, ou seja, o que os profissionais estão tentando alertar, na reportagem e nas considerações acima prestados?

Essa banalização é uma realidade cotidiana, em função do imediatismo e impaciência de pais e professores, diante de comportamentos ou dificuldade de aprendizagem das crianças. Se a mesma for irrequieta, falar em demasia, interromper conversas e ter dificuldade de esperar, já são rotuladas como doente. Se não se adequa a um jeito e ritmo de aprendizagem, já recebem o diagnóstico de TDAH, que muitas vezes, já chega definido pelos pais, ou recomendados pela escola, à um psiquiatra, para que o mesmo a medique, tratando quimicamente. Este senso comum, preconceituoso do cotidiano escolar, gera diagnósticos precoces, estimulando a medicalização. Embora seja eficiente nos casos, devidamente investigados e confirmados da doença (ainda que o diagnóstico seja bastante impreciso e de difícil conclusão), a Ritalina é uma droga que deixa dependente a criança, a família e os professores, que se acostumam com o equilíbrio apresentado, da criança, sob o efeito dela. Crianças domadas à base de psicotrópicos. Especialistas recomendam que quanto mais retardar o uso do medicamento, melhor, indicando antes, métodos menos invasivos, que devem ser tentados, como terapia e atividades físicas. E também alertam sobre o fato de o problema estar na escola, e não na criança, recomendando que seja feita uma análise criteriosa de todo o ambiente escolar, que pode estar ignorando o ritmo biológico de cada criança, padronizando o jeito e ritmo do aprendizado.

  1. As abordagens psicológicas “tradicionais” dos problemas de aprendizagem têm uma visão sobre suas causas, segundo Tanamachi e Meira?

No século XIX a contradição vivida pela burguesia atinge o apogeu, intensificando-se o abismo entre acumulação de riquezas e as pequenas conquistas do proletariado que, segregado pela burguesia, já não é mais seu aliado. A psicologia, para explicar os ajustes da ordem social capitalista em função das exigências dos novos momentos históricos de sua recomposição, transitou entre teorias e abordagens que nada mais são do que recursos da psicologia como ciência para a reordenação de status quo da própria sociedade, da filosofia, da sociologia. Embora reconhecendo a forma extremamente simplificada de apresentação dos dados, é possível identificar que a heterogeneidade revelada é apenas aparente. Embora por caminhos teórico-práticos diferentes, a psicologia em suas relações com a educação tem sido conduzida por finalidades semelhantes. Referenda o status quo da educação e da própria psicologia como ciência, por meio da ênfase em aspectos particulares dos indivíduos, das famílias ou do meio sociocultural que caracterizam a maioria de suas explicações. Neste caso, a única pergunta possível ao psicólogo refere-se a "porque os indivíduos não aprendem", apontando para uma ausência de compromisso da psicologia com a condição multideterminada das circunstâncias nas quais os indivíduos se humanizam.

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