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CATEDRALIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL POR SKINNER: OPERADORES PRIMÁRIOS VERBAL

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Por:   •  23/11/2014  •  Projeto de pesquisa  •  1.312 Palavras (6 Páginas)  •  306 Visualizações

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RESUMO

O AUTOCLÍTICO

Iniciamos O AUTOCLÍTICO com a apresentação do comportamento verbal como um repertório de respostas, algumas de dimensões mínimas, outras complexas, mas suscetíveis do ambiente e da história do falante.

O comportamento verbalmente controlado pode ser verbal quanto não verbal. É por meio do comportamento verbal que o homem estabelece uma relação nova com o meio, e esta relação dá-se pela alteração de outra pessoa, qual seja o comportamento do ouvinte. O comportamento verbal pode ser compreendido como comportamento modelado por suas consequências de maneira semelhante aos demais comportamentos operantes. Sua particularidade está no fato de que as consequências do comportamento verbal são produzidas por meio de um ouvinte cujo comportamento de responder ao comportamento do falante foi previamente treinado por uma comunidade verbal. (Skinner, 1957/1978; Medeiros, 2002; Barros, 2003).

Na definição de comportamento verbal, as descrições interligadas do comportamento do ouvinte e do falante descrevem uma explicação de contingência social do episódio verbal. Skinner (1957/1992) exemplifica o conceito dizendo que ao atentar para o comportamento do falante, a reação de um ouvinte pode servir simultaneamente como estímulo reforçador e estímulo discriminativo (SD) para uma nova emissão verbal do falante. Assim, durante uma refeição, e frente a um pedido do falante para passar o sal (SD), um ouvinte verbalmente habilidoso se comporta passando o saleiro. O pedido é reforçado com a ajuda do ouvinte e essa consequência de receber o saleiro funcionará como novo SD para um “obrigado” do falante. O “obrigado” do falante reforça o comportamento de passar o saleiro do ouvinte e estabelece um novo SD para uma resposta “de nada” do ouvinte. Quando relacionamos o comportamento do falante ao do ouvinte, analisamos um episódio verbal total. Na concepção de Skinner (1957/1992), portanto, o comportamento verbal do falante tornou-se interdependente do comportamento do ouvinte.

A CATEGORIZAÇÃO DO COMPORTAMENTO VERBAL POR SKINNER: OPERANTES VERBAIS ELEMENTARES

Embora o comportamento verbal tenha sido definido com ênfase na importância da análise funcional para a descrição de suas variáveis de controle e verificação da unidade verbal, ao classificar as categorias básicas de comportamento verbal, Skinner (1957) baseou-se principalmente na identificação da natureza do controle dos estímulos antecedentes e sua relação com as características dos produtos das respostas do organismo que o referido estímulo controla (no que concerne à presença ou ausência de similaridade formal (SF) ou correspondência ponto-a-ponto (CPP) com o estímulo controlador. As categorias de comportamento verbal elementares, controladas por estímulos verbais antecedentes definidas por Skinner (1957), foram as seguintes:

1) o comportamento ecóico, definido como comportamento verbal controlado por estímulo auditivo antecedente produto da resposta verbal de outrem, cujo produto da resposta, também audível, apresentaria SF e CPP com seu antecedente;

2) o comportamento de copiar, cujo antecedente seria um texto escrito ou impresso, e cujo produto da resposta, também um texto escrito ou impresso, apresentaria SF e CPP com seu antecedente;

3) o comportamento de (tomar) ditado, cujo antecedente seria um estímulo auditivo produto da resposta vocal de outrem, o qual controlaria uma resposta escrita que, desta forma, apresentaria CPP com seu antecedente, mas não SF;

4) o comportamento textual, cujo antecedente seria um texto impresso, que evocaria uma resposta vocal, havendo, deste modo, CPP entre antecedente e produto de resposta, mas não SF;

5) o comportamento intraverbal, no qual um estímulo verbal antecedente controla uma resposta verbal, mas sem que exista CPP nem SF entre o antecedente e a resposta.

O reforço generalizado seria a conseqüência social responsável pelo estabelecimento e manutenção de todos estes tipos de operantes verbais. Além dos operantes verbais primários controlados por estímulos verbais antecedentes, outras duas classes de operantes verbais primários foram definidas: o mando e o tacto.

O tacto, também estabelecido e mantido via reforçamento generalizado, apresentaria como estímulo controlador antecedente um estímulo não-verbal, ou seja, um objeto ou evento ou aspectos de objetos e eventos do ambiente. Um exemplo seria, dada a presença da mãe, uma criança emitir a resposta verbal mãe, e não a resposta verbal pai, em uma comunidade verbal cuja língua é o Português. Uma característica comumente atribuída a essa categoria de operante verbal é que a resposta refere-se a ou descreve diretamente o seu evento controlador.

O mando, diferentemente de todas as outras categorias, teria sua análise funcional vinculada a condições de privação ou estimulação aversiva às quais o organismo pode ser exposto, e seu estabelecimento dependeria de um reforçador específico. Por exemplo, uma pessoa com febre, em uma sala de aula com ar condicionado ligado, poderia pedir ao professor que desligue o ar. Nesse caso, dada uma estimulação aversiva presente (a variável motivacional, o evento que altera o valor de certo reforçador), a resposta verbal apontaria um reforçador específico.

O comportamento textual e o de cópia referentes a uma mesma palavra escrita, apresentariam os mesmo antecedentes e o mesmo tipo de conseqüência

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