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CONTEXTOS EDUCACIONAIS

Por:   •  5/12/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.377 Palavras (10 Páginas)  •  329 Visualizações

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Propostas de intervenção no geral

  • Alguns dispositivos de análise e de intervenção, que sejam:
  1. a conversação com grupos de professores e de alunos considerados por estes como problemas em função de suas atitudes no ambiente escolar,
  2. a aplicação do diagnóstico clínico-pedagógico
  3. a intervenção pedagógica com os multirepetentes e;
  4. a entrevista de orientação psicanalítica com os alunos considerados como crianças-problema. O conjunto desta metodologia mantém em comum a necessidade de investigar e de intervir sobre as formações sintomáticas pelas quais respondem os sujeitos coletivos e individuais e resulta em uma análise e em intervenções que buscam “desidentificar” tanto o aluno quanto os professores dos impasses enfrentados nos processos de escolarização.

  • Também a partir do referencial sócio histórico defende que a queixa escolar decorrente do processo de escolarização seja analisada a partir de um pensamento dialético e que contemple ações em planos micro e macroestruturais afim de se reverter o eixo de estabelecimento da queixa. Assim, torna-se necessário direcionar questões que identifiquem em que tipo classe o aluno está inserido; quantas professoras ele já teve no decorrer do ano; onde ele se senta na classe, qual seria a frequência com que ocorrem faltas e afastamento de professores e em que momento do processo de escolarização emergiu a queixa escolar.

  • Sua respectiva análise estabelecem a sistematização de todo o processo de escolarização, pois envolve os aspectos concernentes ao universo do aluno e sua relação institucional (âmbito institucional; âmbito do professor; âmbito familiar; âmbito do aluno). Para a autora torna-se necessário que a investigação psicológica aos problemas de escolarização atinjam o conceito de trajetória escolar, entendido como um “instrumento que permite compreender a estruturação e o funcionamento de um conjunto de relações que culminam com o não aprendizado, ou com o chamado aluno indisciplinado”
  • Torna-se então necessário a utilização de uma orientação formativa que privilegie não somente os aspectos clínicos e mesmo patológicos que podem ser encontrados em alguns problemas de escolarização, como também a análise das instituições escolares de onde provém as queixas que tais problemas suportam.
  • na identificação e resolução de problemas, deve considerar seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.

Psicanaliticas

  • Investigam-se, junto aos professores, os sintomas na escola. Diagnostica-se, junto aos alunos considerados "criança-problema", se um determinado sintoma - de aprendizagem ou de comportamento - sobressai de questões cognitivas, subjetivas ou de saúde e saúde mental.
  • as propostas de intervenção: (1) Realização de conversação com os professores para a abordagem do mal-estar docente; (2) aplicação do diagnóstico clínico-pedagógico para verificar se o problema de aprendizagem sobressai de uma questão cognitiva ou subjetiva; (3) intervenção pedagógica junto aos alunos com três anos de escolaridade, ainda não alfabéticos; (4) entrevista clínica de orientação psicanalítica com os alunos considerados "crianças-problema"; (5) outras intervenções propostas a partir das conversações: orientação profissional para jovens; trabalho com familiares; uso de jogos teatrais com fins na alfabetização de jovens e conversações com turmas de crianças consideradas problema.
  • A conversação3 é uma prática da palavra para tratar as manifestações indesejadas que produzem insucessos e fracassos. Busca-se uma mutação do falar livremente sobre os problemas. O ponto de partida para as conversações é "o que não vai bem", formulado por meio das queixas.
  • O diagnóstico clínico-pedagógico4 é um processo de investigação-intervenção que parte da dificuldade da criança com a aprendizagem escolar e visa à identificação circunscrita de seus impasses em duas esferas distintas: O) conceitual e pedagógica; (2) relativos à subjetividade. Busca-se esclarecer a trajetória intelectual da criança até o ponto de seu impasse. Considera-se que a própria criança é quem tem o que dizer sobre sua dificuldade.
  • A intervenção clínica de orientação psicanalítica5 consiste em realizar uma ou duas entrevistas com a criança-problema. Em alguns casos, os pais são convocados também para uma entrevista. Parte-se da queixa dos professores sobre os problemas da criança

Caso G

  • Diagnosticado com um quadro de déficit cognitivo associado a transtorno comportamental com estereotipias e dificuldades de socialização (laudo psiquiátrico).
  • Escola constava como características de G.: as dificuldades de aprendizagem e de socialização da criança, seus distúrbios de comportamento com a presença de estereotipias, a labilidade de humor e o baixo limiar à frustração. O relatório médico ainda faz observar a precária situação sociofamiliar em que G. encontra-se inserido, a pouca estimulação oferecida a ele em casa e sua frequência irregular à escola.
  • criança como aluno com necessidades educativas especiais.
  • desde que retornou à Escola, no início do ano de 2010, o jovem passou a frequentar o Projeto de Intervenção Pedagógica – PIPE. objetiva corrigir os fluxos de aprendizagem para aqueles que se encontram com defasagens significativas, verificadas segundo a tríade idade-ciclo-série.
  • A criança não era presente na escola então também não frequentava o PIPE
  • Família desestruturada financeiramente, G não teve contato com o pai, pois o mesmo faleceu quando a criança tinha 4 anos.
  • G não ia a escola para ajudar a mãe com os afazeres familiares e ainda cuidar do irmão (era 4 irmaos)
  • gosta de música e dança e, principalmente, mostra-se um exímio desenhista, talento reconhecido por todos na escola e por ele mesmo, sonha em ir para a faculdade.
  • nos cálculos matemáticos ele apresenta dificuldades, reconhecendo os símbolos e elementos numéricos, mas não efetuando cálculos simples (se a soma fosse feita usando objetos, o menino conseguia efetuar).
  • Conhece todas as letras do alfabeto mas não Le, apesar dizer que tem muita vontade de aprender.
  • uma criança mais agressiva e, com uma sexualidade bastante aflorada e provocativa às colegas, vem se tranquilizando ao longo dos anos. Aparentemente, a provocação física e as agressões neste nível têm se apresentado sob a forma de provocações verbais a todos, o que, apesar dos desconfortos, já não causa tanto embaraço como antes.
  • No geral se da bem com os colegas e com uma colega negra em especifico, não aceita que os colegas o apelidem, apesar de ele apelidar alguns
  • Hipóteses de que seja a mãe que faz os deveres escolares que G leva para casa.
  • o aluno é identificado pelos educadores como sendo uma “incógnita” para todos, na medida em que ele demonstra essa vontade para a aprendizagem, mas que encontra obstáculos extremos para efetivá-la e para os quais os profissionais não encontram resposta.
  • Mãe não é nem um pouco frequente na escola, o que dificulta ainda mais o processo de ensino aprendizagem do aluno.
  • Mãe assume gritar muito com o G, o que pode explicar sua postura agressiva diante dos seus colegas.
  • G não gosta de falar sobre suas dificuldades, apesar de assumi-las
  • criança encerrada em ‘um tipo de relação fantasmática com a mãe’
  • evidencia-se uma posição debilizada da criança diante de uma mãe que recusa a escola como transmissora do saber
  • G se recusava a participar do PEPI constando que já sabia ler e escrever, dessa forma, a intervenção não estava adiantando.
  • À inclusão escolar deste aluno se coloca a partir de sua aprendizagem, de sua frequência à escola e dos impasses na socialização frequentemente enfrentados por ele.
  • Prevalece como proposta de intervenção o encaminhamento do aluno para um novo diagnóstico psiquiátrico ou a um diagnóstico psicológico. Justificam esta estratégia com a expectativa de que um novo laudo poderia ser determinante para que a Escola α estabeleça junto ao Núcleo de Inclusão o pleito por um auxiliar de inclusão que possa estar constantemente com o aluno, apontando-lhe os caminhos necessários de forma mais individualizada, a fim de lhe oferecerem uma atenção mais particularizada.
  • Professores encontrem para discutir a situação pedagógica do aluno, considerada necessária de ser debatida como estratégia para se efetivar os processos de inclusão do aluno. Destacam que estes encontros seriam interessantes para que elas pudessem saber se, nos momentos de intervenção, há algum progresso que em sala de aula não é notado.
  • É preciso pensar num projeto de atendimento constante para o aluno que vise, inclusive, o aperfeiçoamento de habilidades que não sejam acadêmicas, o que exige um projeto específico; como com o desenho livre, fazendo uma alusão de que a escola e um suposto projeto inclusivo para este jovem deveriam considerar esta particularidade para se pensar um projeto de escolarização que, por fim, visasse à sua inclusão social.
  • Um acompanhamento a ser realizado de forma compartilhada entre os professores e um monitor de apoio à inclusão
  • Nesta medida e de forma mais ou menos explícita, a estratégia para lidar com este mal-estar encontra na proposição em torno de outra avaliação psiquiátrica, que possa esclarecer o educador sobre os impasses do aluno.

Propostas no caso Souleymane

  •         trabalhar com os professores uma forma de inibir esses comportamentos desagradáveis dos alunos. Uma forma, poderia ser a partir desses comportamentos, observar o que os geram e porque os alunos agem assim.

        Outra maneira, é abrir espaço paras os debates, de uma forma controlada, mas menos repressora, já que muitos vezes haverá, durante os debates, a aparição do “choque cultural”, pois cada um traz consigo uma maneira diferente de vivenciar os fatos, mas abrindo o caminho do debate, os alunos podem apresentar seus sentimentos, crenças e histórias, aprendendo uns com os outros. Consequentemente, os insultos verbais entre os alunos, poderão diminuir, já que se criaria uma relação empática, de saber o que o outro sente e como ele se sente em determinadas situações.

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