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Caso Clinico – intervenção hospitalar com Paciente Oncológico

Por:   •  2/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  825 Palavras (4 Páginas)  •  256 Visualizações

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Caso clinico – intervenção hospitalar com Paciente Oncológico

Paciente com 47 anos, procura o atendimento psico hospitalar, por conta própria, pois já estava acostumado a freqüentar o psicólogo desde a sua adolescência.Relatou que sempre foi muito tímido e ansioso. Sempre foi muito indeciso e a carreira militar o deixou muito estressado ao longo dos anos. Da última vez que procurou apoio psicológico, foi por estar muito sem paciência com a esposa e o filho de 15 anos. O estupim foi quando segurou o filho pelos braços gritando que o mataria se ele insistisse em pedir pra passar as férias com os primos em Florianópoles.” Quando dei por mim estava apertando seus braços com força, com muita raiva e minha esposa pedia para mim parar mas senti tanta raiva que queria matá-lo”. Nessa época, há um ano atrás, E.N estava para se aposentar , o que o tornava ainda mais ansioso. Por se sentir muito envergonhado e triste por atacar a quem mais amava ele decidiu procurar por um psicólogo, coisa que não fazia desde os seus 39 anos. Segundo E.N a última terapia lhe fez muito bem. Ele conseguiu controlar a ansiedade e até se reconciliou totalmente com a família. Quando a aposentadoria chegou tudo estava bem, até começarem as dores no estomago, que foram tornando-se cada vez piores, até chegar no diagnóstico da palavra que não consegue dizer e reduz a C.A. “O C.A apareceu com sentença de morte, tenho metástases e o médico me deu no máximo 1 ano”

E.N relata que o que mais lhe incomoda é a insegurança de saber que irá sofrer muito antes de morrer e isso lhe causa terror que o impede até de dormir, mesmo quando não está com dor. O tratamento com quimioterapia o deixou impotente e ele relata “ Ela ainda é jovem e muito bonita, vai acabar conhecendo outra pessoa, sei que não me deixará, mas terá um amante. O que será de meu filho, vai perder o pai muito cedo”, financeiramente eles ficarão bem, temos dois carros, a moto, quando me aposentei comprei casa na praia e um terreno e a casa onde moramos é boa, a pensão dela será alta, com isso não me preocupo. Não sei lidar com a impotência às vezes penso que isso é pior do que o C.A”.

Processo Terapêutico:

Por ser um paciente com diagnóstico grave e risco iminente de óbito, em setting hospitalar foi adotado o uso da Terapia Breve Focal com ênfase na aceitação da patologia e de suas conseqüentes perdas (perda da intimidade sexual com a esposa, perda de suas atividades rotineiras, perda de sua paz e da expectativa de aproveitar a vida com a aposentadoria). Como este paciente está convencido de que morrerá, houve uma abordagem bastante objetiva sobre a morte, onde o paciente foi induzido a conceituar a morte de um modo geral e depois pode trazer para o seu contexto sem tantos medos e quase a vendo como um processo natural. Para a ansiedade foi trabalhado um contraponto chamado “ Aqui e Agora”. Como estou hoje? Importa o hoje, o amanhã virá somente daqui a 24 horas. Se hoje estou bem, por que pensar no que vai ser amanhã? Se hoje estou mal o amanhã funcionará como uma esperança de um dia melhor. Hoje eu tomei um iniciativa importante e produtiva que foi ir ao psicólogo, continuarei assim enquanto tiver forças, amanhã terei outro projeto: Lêr um livro, escrever uma poesia, falar a alguém aquilo que sempre quis dizer

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