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DICIPLINA DE CONCEPÇÕES TEÓRICAS COGNITIVO - COMPORTAMENTAIS ATUAÇÃO DA TCC NOS TRATAMENTOS INFANTIS

Por:   •  19/5/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.924 Palavras (8 Páginas)  •  402 Visualizações

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA

CURSO DE PSICOLOGIA

DICIPLINA DE CONCEPÇÕES TEÓRICAS COGNITIVO - COMPORTAMENTAIS

ATUAÇÃO DA TCC NOS TRATAMENTOS INFANTIS

CURITIBA

2016

FERNANDO GOES DOMINGUES

NICOLLE BERTONI RICARTE

ATUAÇÃO DA TCC NOS TRATAMENTOS INFANTIS

Trabalho destinado à disciplina Concepções Teóricas Cognitivo - Comportamental, ministrado pela Prof. Cloves Antônio de Amissis Amorim ,do 7º Período B Noturno, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná.

CURITIBA

2016

Resumo

Este estudo tem o objetivo de realizar uma análise bibliográfica relativa aos estudos atuais na área da Terapia Cognitiva Comportamental (TCC). Os objetivos específicos são analisar os principais temas abordados nos estudos sobre a contribuição da TCC nos tratamentos infantis e investigar como caracterizam-se os participantes dos estudos atuais da TCC. A partir da análise dos estudos pode-se inferir que os principais temas abordados versam sobre a eficácia da TCC. Dentre os temas abordados nos artigos estão: Os instrumentos utilizados na TCC no universo infantil, a modalidade da grupoterápica, a descrição de intervenções cognitivo comportamentais e a eficácia da TCC nos tratamentos na infância.

Palavras-chave: Artigos científicos, crianças, tratamento, ferramentas, terapia cognitiva

Introdução

Na atualidade cada vez mais são comuns problemas sociais e mentais apresentados por crianças e adolescentes. Assim, na intervenção da TCC segundo Ronen (1998, aput FRIEDBERG; MCCLURE, 2004) o foco da abordagem está no tratamento de crianças no interior de seu ambiente, família, escola e grupo de iguais, pois elas agem dentro destes sistemas.

Dessa forma, a abordagem da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) vem apresentando interesse e resultados positivos no estudo de crianças com diversos problemas e transtornos. Essa forma de terapia configura-se como uma abordagem estruturada, que visa trabalhar os aspectos do presente do indivíduo, assim como suas distorções cognitivas. Essas distorções cognitivas são desenvolvidas ao longo de sua vida em decorrência de experiências, modelos ou mesmo eventos estressores, os quais podem estar presentes no desenvolvimento do indivíduo (BECK, 1997).

Desenvolvimento

   No inicio da década de 1960, Aaron Beck desenvolveu uma forma de psicoterapia a qual denominou de “Terapia Cognitiva”. Nos dias atuais o termo “Terapia Cognitiva” é usado para muitos como sinônimo de “Terapia-cognitivo-comportamental”. Todas as formas dessa terapia são derivadas do modelo de Beck, o tratamento está baseado em formulação cognitiva, as crenças e estratégias comportamentos que caracterizam um transtorno especifico. (Alford e Beck, 1997).

 Beck e Alford (2000) definem cognição como a “função que envolve deduções sobre nossas experiências e sobre a ocorrência e o controle de eventos futuros” ou ainda “... o processo de identificar e prever relações complexas entre eventos, de modo a facilitar a adaptação a ambientes passíveis de mudança”.

Assim, de acordo com a Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significado a acontecimentos, pessoas, sentimentos e demais aspectos de sua vida, com base nisso comportam-se de determinada maneira e constroem diferentes hipóteses sobre o futuro e sobre sua própria identidade. Em alguns momentos a resposta habitual pode ser uma característica geral dos indivíduos dentro de determinada cultura, em outros momentos estas respostas podem ser idiossincráticas derivadas de experiências particulares e peculiares a um indivíduo. Em qualquer situação estas respostas seriam manifestações de organizações cognitivas ou estruturas. Uma estrutura cognitiva é um componente da organização cognitiva em contraste com os processos cognitivos que são passageiros (Beck, 1963; 1964). Por isso a terapia cognitivo-comportamental (TCC), tem sido adaptada a pacientes com diferentes níveis de problemas, educação e rendas, também na variedade de culturas e idades, desde crianças pequenas até adultos e idosos.

Pelo fato da significação dada pelas pessoas aos acontecimentos e sentimentos, a psicoterapia esta baseada em uma conceituação, ou compreensão, de cada paciente a cerca de suas crenças especificas e padrões de comportamento. Assim, o terapeuta procura diversas formas para que ocorra uma mudança cognitiva no paciente, como modificação dos pensamentos e no sistema de crenças, para produzir uma mudança emocional e comportamental duradoura.

O tratamento decorrente da Terapia Cognitiva Comportamental também se baseia na ativação de lembranças do trauma, de memórias condicionadas, das visões negativas de si mesmo, do mundo e dos outros e das cognições distorcidas do evento traumático. Essas intervenções visam o desenvolvimento das capacidades de expressar emoções, realizar enfrentamentos, propiciar a monitoração e a modificação de pensamentos automáticos, bem como realizar o treinamento do indivíduo com a finalidade de aumentar sua capacidade de resolução de problemas e promover o desenvolvimento de habilidades sociais (MULLER; PADOIN e LAWAFORD, 2008).

No caso do tratamento na infância, as contribuições da TCC são: aprender a nomear sentimento agradáveis e desagradáveis, representação dos estados emocionais de forma lúdica, treinamento de papeis e soluções de problemas, treinamento de auto avalição, reestruturação cognitiva e identificação e implementação de reforçadores (SILVARES, 2000).

Já no contexto de grupoterapia as principais técnicas utilizadas, durante o processo são: a reestruturação da memória traumática, o treino de inoculação do estresse com a substituição de imagens, o relaxamento e a dessensibilização sistemática relacionada a temática abordada (HABIGZANG et al., 2009).

Com relação a aprender a nomear sentimentos agradáveis e desagradáveis, cabe ao terapeuta utilizar de técnicas, pois as crianças frequentemente precisam de outras formas para expressar seus sentimentos que não a verbal, para obter os ganhos que essa expressão significa para o desenvolvimento da terapia. Essas outras formas de expressão incluem desenhar ou contar histórias, fantasiar, imaginar e interpretar situações, usar bonecos e jogos, pinturas, colagens, argila, massa plástica de modelagem, música, brincadeiras entre outros instrumentos que caracterizam uma situação natural para a criança e um ambiente livre de censura para a exposição de seus sentimentos. O uso desses instrumentos depende de um esforço do terapeuta infantil em identificar quais deles são úteis para proporcionar a identificação de importantes variáveis de controle sobre o comportamento da criança (REGRA, 2000).

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