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Dificuldades de aprendizagem e intervenção educacional

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Por:   •  16/9/2013  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.429 Palavras (10 Páginas)  •  504 Visualizações

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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM E INTERVENÇÃO EDUCACIONAL

OS ATRASOS MATURATIVOS E AS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

As dificuldades de aprendizagem podem originar-se por hereditariedade; por lesões cerebrais; por influências familiares; por falta de recursos educacionais ou por uma combinação de mais de um destes fatores.

O aluno vai construindo sua aprendizagem por meio da maturação biológica, adquirindo conhecimentos e habilidades necessárias para as suas interações com o ambiente em que vive. Para cada idade, o aluno desenvolve capacidades, que vão desde o controle motor até a formulação de hipóteses, que permitem que ele resolva seus problemas.

Todos podem atingir os vários níveis de aprendizagem, porém, quando há fatores dificultadores, como os acima mencionados, há um atraso, em termos de ritmo, na aquisição de conhecimentos e habilidades.

A integridade do Sistema Nervoso Central (SNC) é um requisito indispensável à aprendizagem normal. A disfunção do SNC (atrasos na maturação neurológica) apresenta, em termos de comportamento, vários efeitos que se traduzem por dificuldades de aprendizagem tais como problemas de percepção e aquisição da linguagem (afasia, dislexia etc.).

Os atrasos na maturação das funções psicológicas estão associados à motricidade e à psicomotricidade. Além das confusões visíveis na desorganização da sua atividade motora, o aluno não consegue integrar perceptiva, consciente e cognitivamente o seu corpo, não o reconhecendo em termo de orientação (pouca aptidão para a leitura e outras aprendizagens escolares).

Avaliação das dificuldades de aprendizagem - objetiva tomada de decisões educacionais adequadas; baseia-se nos resultados apresentados pelo aluno e informação complementar sobre o histórico educacional e problemas apresentados.

Tratamento das dificuldades de aprendizagem - Desenvolver estratégias de aprendizagem eficazes, envolvendo o aluno em atividades interacionais significativas, mediando a realidade do aluno.

Implicações educacionais - acima dos pressupostos teóricos sobre a capacidade cognitiva do aluno, deve-se trabalhar a sua prontidão e suas potencialidades.

RELAÇÕES SOCIAIS DAS CRIANÇAS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

No lar – despertam menos interesse nos pais, dão mais trabalho.

Na escola – problemas disciplinares e de comunicação

Com os colegas – atitude exclusiva por parte dos outros.

Com os professores – pouco hábeis para as atividades de classe.

Quanto às tarefas escolares – participam, mas de maneira medíocre.

Quanto às tarefas não escolares – pouco participam.

Quanto a testes – pouca sociabilidade, baixa auto-estima.

Impressão que causam – rejeição

Evolução da criança com DA (dificuldade de aprendizagem) – apoio dos pais desde a constatação do problema, idade, sexo, são fatores diferenciais na competência comunicativa (devido a atrasos e ambiente).

As alterações sociais do aluno com DA são difíceis de avaliar, pois envolvem fatores educacionais, atrasos cognitivos, distúrbios, histórico etc. O papel do professor é fundamental, pois, conhecendo a situação real do aluno com DA (observações, busca de informações), ele pode propiciar o ajuste social por meio do tratamento individual e coletivo, trabalhando interações sociais e atividades individuais. Quanto mais cedo se conhecer e avaliar as alterações, mais cedo se iniciará o tratamento, que deve ser interativista.

OS PROBLEMAS DE LINGUAGEM NA ESCOLA

A aquisição da linguagem capacita o aluno para a sua interação com o meio na reprodução e produção de conhecimento. Desde que nasce, a criança tem contato com a linguagem. O contato dos pais é essencial e acontece desde o início ( diálogo visual e sons). As brincadeiras ampliam a capacidade lingüística, permitem a aquisição de regras de comunicação. Crianças antes de falar, já utiliza gestos para mostrar suas intenções. A funcionabilidade comunicativa pré-verbal é a base para o desenvolvimento da linguagem. Aos 8 ou 9 anos, o sistema fonológico já foi adquirido, domina-se a relação de sons e símbolos; símbolos e significados (fase mais difícil), pois, precisa-se sair do concreto e trabalhar o abstrato. A linguagem vai evoluindo em bases formais, suportada pelas regras. Para que se comunicar? Para buscar atingir desejos (função reguladora); informar, compartilhar (função declarativa); se informar (função interrogativa). Até os dois anos de idade a criança já desenvolveu todas estas funções.

Problemas de comunicação, fala e linguagem – podem ser graves (autismo) ou pouco freqüentes (mutismo).

Os mais comuns são: gagueira (comum aos 3 anos), dislalia (perturbações orgânicas ou funcionais da palavra), disglossias (problemas nos órgãos articulatórios), atraso da fala ( desajuste no sistema fonológico), atraso da linguagem (lesão cerebral), afasia (atraso no processo de comunicação).

As causas dos problemas estão no próprio aluno ou no ambiente em que vive. Por meio da observação, na escola, pode-se detectar tais problemas, trabalhando as informações com colegas e especialistas.

No caso de intervenção especializada, deve-se envolver a família, propiciando variadas experiências ao aluno, sempre dentro de sua realidade, utilizando recursos vários, trabalhando o erro, o tempo, as potencialidades, permitindo a aquisição de conhecimentos significativos.

A APRENDIZAGEM DA LEITURA E SEUS PROBLEMAS

Para lermos precisamos reconhecer as palavras e seus significados e, então, interpretar o texto produzindo comunicação.

Para reconhecer uma palavra utilizamos nossa estrutura mental (dicionário mental) que possui detectores de palavras que trabalham símbolos e sons para dar significado.

Na interpretação de um texto, trabalhamos as palavras e sua relação com o meio, buscando uma compreensão significativa e intencional.

Ao identificar palavras construímos proposições, generalizamos, sintetizamos (estratégias de leitura), buscamos coesão, intencionalidade etc.

Pode-se ter dificuldade numa leitura quando se tem deficiências perceptivas, problemas psicolingüísticos, dislexias etc. Lê mal aquele que apenas decodifica as palavras, sem se

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