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ESTRESS NO LUTO: O SOFRIMENTO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

Por:   •  26/8/2016  •  Relatório de pesquisa  •  898 Palavras (4 Páginas)  •  613 Visualizações

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ESTRESS NO LUTO: O SOFRIMENTO DO PROFISSIONAL DA SAÚDE

A morte é integrante do desenvolvimento humano tanto quanto nascer, entretanto, a sociedade ainda encara o luto como uma etapa dolorosa, onde buscamos a todo custo evita-la. Atualmente, enxerga-se a morte como um fenômeno capaz de produzir reações emocionais tanto no individuo que esta entrando em fase final da vida, que são os considerados pacientes terminais, quanto nos que o cercam, sendo geralmente os familiares mais próximos, amigos e a equipe hospitalar.

Inevitavelmente, a morte gera um processo de luto, e com ele muitos sintomas oriundos da negação do fato, da resistência a encarar os fatos e conviver com a ausência de um ente querido, ou mesmo derivados de sensibilização com a situação do falecido, que causam desconforto emocional, tristezas profundas, insônia, entre outros sintomas, sendo que o mais comum e conhecido dentre estes sintomas é a depressão. A depressão manifesta-se não somente em familiares e amigos, mas também se encontra presente dentro da equipe hospitalar, visto que muitos pacientes em fase terminal, ou em casos de grande sensibilização (pacientes terminais infantis, ou em casos de acidentes muito violentos) médicos, enfermeiros e psicólogos estão expostos a vulnerabilidade emocional frente a estas contingências e consequentemente, expostos ao stress e aos desconfortáveis sintomas que o luto trás consigo.

Atualmente, tem aumentado os casos de profissionais hospitalares que apresentam distúrbios psicopatológicos e esgotamento profissional diante do contato tão direto que eles tem com a morte de seus pacientes. Sabemos que os impactos emocionais produzidos após a exposição a morte pode trazer sérios prejuízos psicológicos nos profissionais hospitalares prejudicando não só no bem estar no trabalho, mas em muitos casos, interferindo na qualidade de vida deste profissional. Diante disso, podemos considerar de suma importância o desenvolvimento de técnicas e métodos, para minimizar os danos causados por esta exposição do profissional da saúde ante ao luto.

O luto ainda é muito estigmatizado, o que contribui ainda mais para sua repercussão negativa nestes trabalhadores. KOVACS (2005) explica que “entender a morte como parte natural da vida, aceita-la e auxiliar o enfermo e sua família a admitir esta terminalidade, pode influenciar positivamente na atitude e prática do profissional da saúde, prevenindo doenças psíquicas e outros agravos” KOVACS (2005)

O trabalho no contexto hospitalar tem contato direto com morte quase que diariamente, pois expõem os profissionais a sentimentos como o de frustração e fracasso, ou até remeter a emoções vividas, traumas e perdas não superadas. O que ocorre mais comumente quando um profissional da saúde depara-se com a morte é um paciente é a negação, ou seja, busca-se reprimir o contato com experiência de ruptura e dor, trazendo a sensação de desvinculação com o fato. A morte inevitavelmente expõe toda equipe a angustia, ela representa de fato um trabalho, pois os cuidados da equipe não cessam com o término da vida. Para os psicólogos tem se a espera do reconforto dos familiares e amigos, para os enfermeiros e médicos o cuidar do corpo, desligar e desconectar aparelho, retirar sondas e agulhas, limpar e dar banho. Nesse momento, aparecem com nitidez os sentimentos de fracasso e culpa que são notáveis para o enfrentamento de tal carga emocional.

COMBINATO & QUEIROZ, (2006) explicam que “os comportamentos e emoções, aos qual o profissional vivencia no cuidado com pacientes e o vínculo destes com os pacientes, pode provocar series de perturbações, stress ocupacional e adquirir comportamentos autodestrutivos. O ambiente de trabalho torna um campo em que se evita o tempo todo o contato com suas emoções e afasta defensivamente a toda e qualquer demonstração de emoção do paciente” COMBINATO & QUEIROZ,(2006), pg. 209 - 216.

Expostos a fatores estressores, muitos profissionais apresentam a síndrome de Burnout, que é definida como um fenômeno psicossocial, que surge em resposta crônica diante dos estressores voltados ao ambiente de trabalho, é basicamente o desgaste profissional, facilmente observado em profissionais que lidam com pessoas.

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