Exaust„o Emocional: RelaÁıes Com A PercepÁ„o De Suporte Organizacional E Com As EstratÈgias De Coping No Trabalho

O papel ambÌguo e conflituoso e a sobrecarga no trabalho

tambÈm foram identificados como preditores da exaust„o

emocional em uma amostra de enfermeiros (Zohar, 1997) e

em uma amostra de vendedores (Babakus, Cravens, Johnston

& Moncrief, 1999). Neste ˙ltimo estudo, a vari·vel exaust„o

emocional tambÈm foi considerada como fator de mediaÁ„o

entre o papel ambÌguo e o papel conflituoso, o comprometimento

organizacional, a satisfaÁ„o e o desempenho no trabalho

e a intenÁ„o de deixar a organizaÁ„o.

No Brasil, alguns estudos tÍm apontado para a associa-

Á„o entre a exaust„o emocional com vari·veis da organiza-

Á„o, da natureza do trabalho e do indivÌduo. Tamayo (1997)

verificou, em uma amostra de 229 enfermeiros, que os

valores organizacionais de autonomia, conservaÁ„o, estrutura

igualit·ria e harmonia s„o preditores significativos

da exaust„o emocional. Outros autores evidenciaram que o

tipo de profiss„o (dentista e controlador de vÙo) e as prioridades

axiolÛgicas do indivÌduo (tipos motivacionais de valores:

tradiÁ„o, poder, estimulaÁ„o e benevolÍncia) tambÈm

s„o preditores significativos da exaust„o emocional (Tamayo

et al., 2000).

Os resultados dessas pesquisas e de outros estudos sobre

burnout e exaust„o emocional tÍm apontado para a import‚ncia

de investigar vari·veis envolvidas na transaÁ„o entre

o indivÌduo e o seu ambiente laboral. Duas dessas vari·veis

s„o o suporte organizacional percebido e as estratÈgias de

coping utilizadas pelo trabalhador para lidar com o estresse

ocupacional.

PercepÁ„o de Suporte Organizacional (PSO)

As crenÁas e as expectativas do indivÌduo acerca da

retribuiÁ„o e do reconhecimento dado pela organizaÁ„o

ao seu trabalho s„o questıes diretamente relacionadas ‡

percepÁ„o de suporte organizacional. Este constructo foi

definido por Eisenberger, Huntington, Hutchison e Sowa

(1986) como ìas crenÁas globais desenvolvidas pelo empregado

sobre a extens„o em que a organizaÁ„o valoriza

as suas contribuiÁıes e cuida do seu bem-estarî (p. 501).

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