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Exercícios de revisão de análise do comportamento

Por:   •  9/7/2017  •  Exam  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  2.078 Visualizações

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Universidade Federal de Goiás

Campus Avançado Catalão                                                            Curso: Psicologia

Disciplina: Teorias e Técnicas Psicoterápicas 1

Prof. Me. Cristiane Alves        

Discente: Emanuela Virgínia das Neves                

Estudo Dirigido 2

Texto 1: “Noção de Psicopatologia na Análise do Comportamento” – Maura Gongora

Texto 2: “As principais correntes dentro da terapia comportamental: uma taxonomia” – Luc Vandenberghe

Questões

  1. O que significa dizer que os “princípios do comportamento são neutros”?

Que em si mesmos os princípios não são nem normais nem anormais, nem patológicos nem saudáveis, são neutros. A diferença no que pode ser considerado normal ou anormal esta no produto da aprendizagem, os critérios para que um comportamento seja considerado patológico são de origem social e seguem regras socioculturais.  

  1. Com base em quais argumentos a autora do texto 1 afirma que a “normalidade é relativa”?

Ela baseia-se no social, pois o mesmo comportamento que em uma cultura é considerado normal, em outra pode ser considerado anormal. Assim, não há uma forma de comportamento que seja anormal em si mesmo, só podendo ser interpretado levando-se em conta a cultura e o contexto em que está inserido.

  1. Descreva um dos principais objetivos do processo terapêutico segundo a autora do texto 1 e relacione com a afirmação de que “a pessoa é autônoma”.

Os principais objetivos do processo terapêutico é fazer com que o cliente consiga analisar e compreender o comportamento-problema e agir de maneira mais eficaz em relação às normas de seu próprio contexto social. Deve-se levar em conta que o cliente é autônomo e por isso não cabe ao terapeuta o papel de ajustá-lo no sistema social vigente, mas de auxiliá-lo no caminho de transformação do ambiente sociocultural ao qual está inserido.

  1. Por que a Análise do Comportamento não poderia trabalhar com a “psicopatologia” definida tradicionalmente?

Porque a psicopatologia tradicional se baseia no modelo médico e apresenta pressupostos diferentes da Análise do Comportamento, que utiliza o modelo psicológico. Entre as principais diferenças destes modelos nota-se que o modelo médico é universal, há uma dicotomia entre o “normal e o anormal”, o diagnóstico é uma atividade técnica e se baseia na análise topográfica do comportamento, aplica-se o termo patologia tanto para normas biológicas quanto sociais, o enfoque do tratamento é sobre a queixa, há uma visão dualista do homem (corpo e mente separados), o conceito de comportamento é restrito a comportamentos observáveis e o comportamento em si mesmo não é objeto de estudo, é considerado apenas como um sintoma. Já no modelo psicológico a “anormalidade” de ordem social é um critério relativo, o diagnóstico não se baseia na dicotomia “normal e anormal” e não é condição para tratamento, além de ser um procedimento técnico e ético, as análises de comportamentos-problemas se baseiam em análises funcionais, o conceito de patologia é aplicado apenas em desvios de ordem biológica, o enfoque do tratamento nem sempre é sobre a queixa, não há dicotomia entre corpo e comportamento, o conceito de comportamento também inclui comportamentos encobertos como sentimentos e pensamentos e o comportamento é um objeto de estudo.

  1. O que é um comportamento-problema para a Análise do Comportamento? E o que o terapeuta deve fazer a partir deste conceito?

Entendendo que o que é socialmente desejável é relativo, o comportamento “anormal” passou a ser chamado de comportamento-problema (nem patológico, nem anormal). A partir disso, o terapeuta deve auxiliar o cliente a analisar, compreender e agir de maneira mais eficaz em relação às normas de seu próprio contexto social.

  1. Descreva diferenças fundamentais entre a primeira e a terceira ondas da terapia comportamental.

A primeira onda da terapia comportamental é representada pela Terapia comportamental clássica que se baseou nos princípios de Watson e Pavlov, que unificou pensamentos de Wolpe e Eysenck (anos 50 à 80). Tem como principais pressupostos a aprendizagem por processos de condicionamento clássico e a exposição prolongada e intensa ao estimulo condicionado para promover o bloqueio da resposta condicionada indesejada, visando à mudança nos mecanismos internos dos clientes. Já a terceira onda é representada pela Análise clínica do comportamento que se baseia na filosofia Behaviorista Radical do Skinner (a partir dos anos 80). Tem o comportamento como produto das contingencias de nossa vida e se contrapõe a visão mecanicista da primeira onda, tendo uma visão multideterminada das situações. Acreditam que os pensamentos e sentimentos são comportamentos que indicam o funcionamento das relações interpessoais e, portanto, não devem ser “corrigidos”. A terapia utiliza dois conceitos importantes que são o de aceitação e mindfulness, e serve para que o cliente consiga aprender novas respostas, fazendo escolhas. Também mantém seu foco nos eventos externos para que o processo terapêutico flua de modo natural, e fazem-se menos usos de técnicas e mais da atenção e da fala.  

  1.  O que é e qual a importância do processo terapêutico para a terceira onda da terapia comportamental?

O processo terapêutico pode ser compreendido como uma sequência lógica e organizada de procedimentos psicológicos que produzem mudanças comportamentais graduais no cliente, as quais ao longo do curso da terapia vão se alterando e subsidiando a implementação de novos procedimentos por parte do terapeuta, sempre com vistas à meta final de melhora do cliente. Se quem organiza e programa a aplicação de procedimentos clínicos é o terapeuta, então o processo terapêutico pode ser entendido a partir da descrição das ações do terapeuta frente às mudanças de seu cliente, segundo Moura e Venturelli. Em geral o processo terapêutico segue os seguintes passos: explicação do funcionamento da terapia, definição dos problemas a serem trabalhados (objetivos), trabalho da identificação e expressão de sentimentos e auto-exposição, análise de consequências e levantamento de alternativas comportamentais, treinamento de habilidades específicas em sessão, incentivo da ocorrência do novo comportamento fora da sessão, análise e refinamento das tentativas de mudanças e fortalecimento das mudanças ocorridas: inicio do processo de alta.

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