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Fichamento psicologia comunitaria

Por:   •  31/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.081 Palavras (5 Páginas)  •  516 Visualizações

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Fichamento de citação: Psicologia Comunitária

GOIS, cezar Wagner de Lima. Psicologia comunitária: Atividade e consciência. Fortaleza, CE: Publicações Instituto Paulo freire de estudos Psicossociais, 2005.

  • Estudos de comunidades rurais afetadas pela industrialização rápida (industrias e fazendas modernizadas), mostraram como consequência desse fato um fluxo migratório campo-cidade (substituição do trabalho agrícola pelo fabril), desajustes sociais e econômicos, desorganização e desintegração de comunidades inteiras e a decadência de suas instituições básicas. (pag. 22)
  • A Ditadura Militar, por meio de seus órgãos de ação social, implantou programas assistenciais com o objetivo de aproximar-se dos jovens universitários e da população pobre, pretendendo com isso gerar uma opinião pública uma percepção favorável do regime ditatorial. (pag. 24)
  • Os movimentos sociais de saúde mental comunitária, e geral, evidenciaram aspectos culturais (diferenças culturais) e políticos (minorias, excluídos sociais) que não só influíram em seu próprio desenvolvimento, senão também contribuíram para o surgimento de uma psicologia mais contextualizada, preocupada com os problemas sociais e questões ideológicas. (pag. 27)
  • Ao longo desse processo de luta e reconhecimento, enquanto a saúde mental comunitária se desenvolvia através de equipes interdisciplinares (psiquiatra, psicólogo, enfermeira, terapeuta ocupacional e outros), a psicologia comunitária seguia seu rumo, alimentando-se dessas contribuições, mas caminhando nessa perspectiva sócio-política, isto é, preocupada com o individuo participante do seu tempo (sujeito histórico) e responsável por mudanças que correspondem ás suas necessidades e sonhos de uma vida melhor em comunidade. (pag. 28)
  • A luta pela autodeterminação dos povos e pela participação popular era cada vez maior. A população pobre do mundo, os trabalhadores, uma parte dessa classe média, os negros (principalmente Estados Unidos e África do Sul), os povos colonizados, os jovens, todos eles pressionavam as estruturas de poder dominante, exigiam seus direitos e melhores condições de vida. (pag. 30)
  • Podemos dizer que a Psicologia Comunitária compreende hoje um conjunto de concepções relevantes para o esforço de delimitar seu campo de análise e aplicação. (pag. 33)
  • ‘’ A Psicologia Comunitária, cada vez mais, segue tendo uma especial preferencia por aqueles grupos e comunidades mais carentes, mais privados, mais afastados dos serviços de saúde. Não se trata de uma preferencia instalada sobre algum principio teórico decisivo, senão sobre duas convicções amplamente corroboradas: são as classes e grupos mais desfavorecidos, cultural e socialmente os que menos recursos possuem (nível educativo mais baixo, hábitos alimentares menos sadios, habitat muito pequeno e deteriorado, recursos econômicos mais reduzidos, menor acesso a informação, maior incidência de castigos sociais, etc.) e tudo isso conduz uma maior probabilidade a que as consequências do seu meio passam a ser mais danosas. ’’ (Blanco Abarta, 1989: 30). (pag. 36)
  •  Os trabalhos em Psicologia Comunitária podem ser compreendidos a partir de dois modelos básicos: o clínico-comunitário e o sócio comunitário. O primeiro fundamenta-se no pondo de vista de saúde mental comunitária, enquanto o segundo enfoca a psicologia comunitária a partir de uma visão sócio-política dos problemas sociais e humanos. (pag.36)
  • Os psicólogos comunitários dos países do Hemisfério Sul carregam o peso de uma longa história de colonização de governos autoritários, de exploração e de miséria, até hoje, enquanto psicólogos comunitários dos países do Norte, não. São razões fortes para que o modelo sócio comunitário (ou sócio-político) e concepções baseadas nas condições de opressão, exploração e miséria da maioria de nossa população sejam predominantes na psicologia comunitária latino-americana. (pag. 36)
  • Enquanto nos Estados Unidos a Psicologia Comunitária se originou, principalmente, como negação ao modelo médico tradicional, a partir de concepções sobre saúde mental comunitária, na América Latina surgiu da problematização social da própria psicologia social (Anthropos,1994). (pag. 38)
  • Podemos dizer que a Teologia da Libertação, a Pedagogia do Oprimido e a própria saúde mental comunitária continuam sendo importantes na articulação teoria-prática-compromisso social em Psicologia Comunitária e no que buscamos como objetivos maiores da área. (pag. 40)
  • Nosso pais é rico, não só potencialmente, pois produz riqueza, não obstante o modelo econômico vigente gerou uma grande concentração da riqueza produzida. Podemos dizer que o Brasil é um pais de contrastes, uma ‘’Belíndia’’ uma mistura de Bélgica e Índia. (pag. 41)
  • O Brasil, apesar de ter uma população de 170 milhões de habitantes e uma economia forte, ainda está longe de uma situação razoável de justiça social, como bem mostram os dados do IBGE (2004). (pag. 42)
  • As desigualdades absolutas são graves, pois cerca de 44% da população do Nordeste estão em situação de pobreza. Isto representa mais de 50% da população brasileira em estado de pobreza absoluta. No NE se encontra mais da metade dos analfabetos brasileiros, além de uma mortalidade infantil quase 40% maior que a região Sudeste e mais de 60% dos brasileiros sub-alimentados, com déficit alimentar superior a 200 calorias/dia. (pag. 42)
  • A situação de grande parte dos brasileiros é de miséria e injustiça, tanto na cidade como no campo. (pag. 42)
  • O problema agrário do nosso país está na concentração de terra, uma das maiores do mundo, no latifúndio improdutivo e no poder político das oligarquias rurais, que bloqueia a realização de uma profunda reforma do campo, baseada numa política agrícola, ao mesmo tempo, produtiva e de inclusão social. (pag. 43)
  • Atualmente, a Psicologia Comunitária continua sua luta por um reconhecimento maior, não obstante sua presença nos cursos de Psicologia (graduação e pós-graduação0, em instituições oficiais de ação social, em prefeituras, em ONGs e nos movimentos sociais. (pag. 47)
  • A Psicologia Comunitária no Ceará começou como engajamento social do autor, de profissionais de educação e de outras áreas identificados com o tema, além de estudantes do curso de psicologia da universidade federal do Ceará, sob coordenação do primeiro e em conjunto com a educação popular Ruth Cavalcante. (pag. 48)
  • A psicologia comunitária do Ceará se constituiu contextualizada e foi, dentro do processo político de derrubada ditadura e da participação popular, que começou a crescer, tanto no meio acadêmico (disciplina curricular de graduação, Encontros de psicologia Comunitária, Núcleo de Psicologia Comunitária e praticas de extensão), como no interior dos movimentos sociais urbanos e rurais do estado (assessoria, facilitação de grupos de lideranças e organização comunitária). (pag. 48)
  • O município é um lugar de participação social direta, efetiva e afetiva, lugar de mediações diretas entre o individuo e sua realidade, entre pessoas, entre grupos, espaço visível de relações comunitárias e intercomunitárias, no interior dos movimentos sociais e com as próprias instituições legais. (pag. 50)
  • Psicologia Comunitária convém, também, valores arraigados nas ciências sociais acerca do desenvolvimento humano e social em nosso país, valores baseados na história, no sofrimento e miséria de nosso povo, bem como numa ideologia de mudança social radical. (pag. 53)

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