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Filme Estrelas além do tempo (maioria/minoria)

Por:   •  24/9/2018  •  Resenha  •  1.279 Palavras (6 Páginas)  •  683 Visualizações

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FILME: ESTRELAS ALÉM DO TEMPO

A história é centrada em Katherine Johnson (Henson), uma brilhante matemática afroamericana que, ao lado das colegas Dorothy Vaughn e Mary Jackson, foi peça fundamental numa das maiores operações da história dos Estados Unidos: o lançamento do astronauta John Glenn para a órbita da Terra e seu retorno em segurança. Junto, o trio ultrapassou todos os limites de gênero, raça e profissionais para embarcar e serem muito bem-sucedidas nessa missão pioneira.  O filme mostra o drama que se passa nos EUA entre a década de 50 e 60, na mesma época em que ocorria a corrida espacial entre a União Soviética e EUA. Estas três mulheres eram os chamados “computadores humanos” – pois as mulheres negras eram contratadas para fazer contas e análises de trajetórias – as mesmas eram muito inteligentes e lutavam para conseguir uma promoção, mas por serem negras e por viverem na época em que a segregação era uma realidade ninguém conseguia alcançar o tão sonhado objetivo.

Katherine consegue uma oportunidade de reverter sua realidade após ser levada para o setor de cálculos de trajetória. Lá a personagem tem que revisar cálculos e acaba descobrindo que os mesmos estão errados, sendo assim Kath refaz os cálculos e começa a subir no conceito do chefe. Mary é bacharel em física e matemática e quer se tornar engenheira mas por ser mulher e negra isso não é possível porém a mesma é quem ajuda os engenheiros da Nasa a projetarem as cápsulas do foguete. Dorothy se esforça muito para ser promovida a supervisor dos “computadores humanos” mas isso nunca acontece, ao saber que uma nova máquina havia chegado ao seu local de trabalho a personagem passa a estudar e a ensinar as outras mulheres negras a mexer no novo equipamento,

O filme é baseado em fatos reais e mostra a realidade das mulheres negras durante a segregação. 

        A partir dos textos vemos que pensar criticamente a exclusão como um mecanismo de produção da desigualdade social impõe um mergulho na complexidade e nas controvérsias do mundo atual, trazendo a reflexão para o campo ético, o que implica uma discussão de valores e dos efeitos da ordem capitalista sobre a vida das pessoas.

Nos anos 80, as questões de ordem política serão evidenciadas em relação à problemática do combate às situações de exclusão. As discussões que entram em cena enfatizam os movimentos sociais pela democratização da sociedade, a segregação urbana e a análise da falência das políticas sociais em todos os sentidos. É a cidadania mutilada para muitos que ganha relevo, polemizando os agravamentos dos contrastes da população. Tem uma cena do filme em que Dorothy esta na rua com seus filhos e presencia uma espécie de protesto contra a segregação que exemplifica esses movimentos sociais.

Os textos também nos fala sobre os mecanismos que agenciam diversas circunstâncias em que pessoas e grupos vivem a situação de exclusão como no direito ao trabalho, educação, saúde, habitação, desconstruindo a simplificação da relação entre exclusão e desigualdade social, vinculada à oposição ordem/desordem, apontando para uma outra organização social, ou seja, para uma sociedade fragmentada, em que os valores não se vinculam mais a um modelo único, mas a múltiplos processos sociais excludentes – processos de inclusão precária e instável – e múltiplos movimentos sociais por cidadania – movimentos ético-políticos que discutem o tipo de sociedade que está em construção. Muitas cenas nos mostra essa problemática como a cena que Mary Jackson vai diante do juiz pedir o direito para estudar engenharia na escola de brancos buscando por cidadania e construindo uma nova sociedade, a exclusão no trabalho que as três personagens sofrem por serrem mulheres e negras e o quanto elas devem se sobressair para serem percebidas ou ate valorizada em algum nível.

No caso brasileiro a situação possui componentes estruturais. Segundo Aldaíza Spozatti (1996), no Brasil a discriminação é econômica, cultural e política, além de ética e caracteriza-se por exclusão social e não individual (embora atinja as pessoas), pois impossibilita um conjunto significativo da população de poder partilhar o que leva à vivência da privação, da recusa e do abandono e da expulsão, inclusive com violência. Em uma das cenas, na casa de Mary Jackson, sua família assiste na TV a violência de brancos com negros sem motivo aparente, e retrata a indignação de seu marido permitindo que seus filhos vejam a noticia.

A exclusão contemporânea é diferente das formas anteriores de discriminação e segregação, pois cria globalmente uma massa de indivíduos desnecessários ao processo produtivo. A eles são atribuídos os males da sociedade: despreparo para o emprego e a violência social, por exemplo. Assim, pobreza e exclusão no Brasil são faces da mesma moeda.O tema da exclusão social no Brasil não é recente. Porém, o processo de globalização vem dando novos contornos para o conceito de marginalidade social. 

O primeiro ponto, para a realização de uma reflexão crítica, é compreender que o atual problema está afirmado no que chamamos de inclusão, e que portanto não há o que poderia se chamar de exclusão em si. O que chamamos de exclusão, seria o conjunto das dificuldades, dos modos e dos problemas de uma inclusão precária e instável. O autor diz que, sociologicamente, exclusão não existe, é um momento insuficiente para se explicar todos os problemas que a exclusão realmente produz na sociedade atual.
Para tanto, o autor recusa o conceito fetichizado de exclusão, pois é “inconceitual”, impróprio, e distorce o próprio problema que pretende explicar. Além disso, este conceito empobrece a perspectiva da prática que se desenvolvem.

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