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Filme Número 23

Por:   •  27/9/2015  •  Artigo  •  3.132 Palavras (13 Páginas)  •  286 Visualizações

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Centro de Ciências da Saúde-CCS

Curso de Psicologia

Psicopatologia Comportamental

Professor Maira Gondim

TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO E SUA RELAÇÃO COM O FILME “NÚMERO 23”

Carolina Castelo Branco, Jessyka Herbster, Rafaela Santos, Sarah Cardoso e Stephanie Lima

Fortaleza

Novembro de 2014

INTRODUÇÃO:

O presente trabalho de pesquisa foi realizado para atender os requisitos da disciplina de Psicopatologia Comportamental, do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), entender a parte teórica de como a terapia analítico comportamental analisa os transtornos psicopatológicos e articular a relação da teoria com o filme escolhido e estudado.

O objeto de pesquisa escolhido para a realização do trabalho foi o Filme “número 23” que retrata a história de um simples pai de família, que ganhou um livro de presente de sua esposa, chamado "O Número 23", o livro narra a obsessão de um homem com este número e como isto começa a modificar sua vida. Ao lê-lo Walter reconhece várias de passagens do livro como sendo situações que ele próprio viveu. Aos poucos ele nota a presença do número 23 em seu passado e também no presente, tornando-se cada vez mais paranoico. Como o livro termina com uma morte brutal, Walter passa a temer que ele esteja se tornando um assassino.

Aborda como tema principal o TOC – Transtorno Obsessivo compulsivo que será analisado pelo grupo sob enfoque da Terapia Analítico Comportamental. De acordo com Widiger e Frances (1992), os indivíduos com transtornos da personalidade obsessivo-compulsiva se caracterizam por apresentar aquele padrão permanente de comportamentos ao longo de toda sua vida. Por sua vez, o TOC se caracteriza por ser um estado crônico e homogêneo em que ocorrem pensamentos encobertos súbitos e recorrentes (obsessões) seguidos por comportamentos estereotipados que o indivíduo se sente compelido a emitir (compulsões).

O interesse pelo tema partiu por parte do Grupo, pois no decorrer do semestre mediante leituras de textos, atividades, identificamos dentre nossas áreas de interesse, um assunto que nos despertou maior curiosidade para nos reforçar diante escolha do filme. No âmbito da nossa área de interesse através da realização deste trabalho, pretendemos apresentar informações sobre a patologia TOC embasado pela análise do comportamento, relacionando com cenas e falas do filme número 23. Para isso utilizamos observações e análises do filme, leituras do conteúdo teórico, artigos “tratamento analítico comportamental do transtorno obsessivo”, “TOC e análise do comportamento” a fim de relacionar o observado com os conceitos aprendidos na disciplina teórica e ampliando a compreensão a respeito da psicopatologia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

        De acordo com Dalgalarrondo (2008) a psicopatologia significa o estudo das doenças da mente. É um conjunto de sinais e sintomas específicos que se agrupam de forma recorrente e são observadas na prática clínica diária. Tem como objetivo decifrar a essência da doença em seu aspecto geral, compreender e estudar os fenômenos psíquicos.

        A psicopatologia é uma noção de totalidade psicológica; uma alteração intrínseca da personalidade, uma desorganização interna de suas estruturas e um desvio progressivo de seu desenvolvimento. É uma situação global do indivíduo no mundo; é uma reação geral do sujeito tomado na sua totalidade psicológica.

        A realidade do doente não permite um conceito semelhante à de outra pessoa, cada indivíduo deve ser entendido através da sua individualidade e das práticas do meio a seu respeito, determinando o caráter próprio de suas reações patológicas. É preciso, então, ter um olhar mais cauteloso sob o próprio homem, observá-lo como um todo e não o que já está inscrito sob a doença, é necessário analisar a especificidade do sujeito e buscar as formas concretas que a psicologia pode atribuir-lhe; depois determinar as condições que tornaram possível o aparecimento da doença.

        De acordo com HUBNER e MOREIRA (2012):

        “A análise do comportamento considera que a psicopatologia seja apenas um problema de excesso ou déficit comportamental. Ou seja, o comportamento psicopatológico pode ser descrito como uma série de comportamentos excessivos ou a falta de alguns deles.” (Pág. 155)

        Tem sido vista como uma junção de comportamentos que seriam disfuncionais, prejudiciais e anormais. Os excessos ou déficits comportamentais presentes nos transtornos psicopatológicos foram selecionados na relação que determinado indivíduo estabelece com o seu ambiente (relação adaptativa), que gera sofrimento em algum grau e que apresenta reações emocionais bastante intensas.

        E complementa:

        “Os fenômenos psicopatológicos são como comportamentos que causam sofrimento ao próprio indivíduo que os apresenta, ou a outros que com ele convivem. Tem como busca por esclarecer contingências em três níveis de seleção de comportamentos, no nível filogenético abordando a sensibilidade diferenciada a estímulos que cada indivíduo apresenta em relação aos outros; no nível ontogenético, em que os estímulos são peculiares em histórias de vida de algumas pessoas e no nível cultural, as práticas culturais que os indivíduos estão inseridos.” (pág. 165)

De acordo com DSM IV (1997), o Transtorno Obsessivo-Compulsivo, conhecido como TOC, é um problema crônico em que o indivíduo sofre desconforto e ansiedade, por não conseguir interromper pensamentos ou rituais obsessivos.  Acomete na mesma proporção homens, mulheres e crianças.

O transtorno obsessivo compulsivo é um quadro psicopatológico muito específico, que é vivenciadocom certa pressão exercida sobre o sujeito, portanto pode ser facilmente confundida com atitudes impulsivas, fobias, entre outros; pois a pessoa pode ter, por exemplo, uma obsessão por limpeza ou uma fobia de sujeira ou contaminação, o limite entre os dois é tênue. É específico em relação ao ritual que o individuo portador apresenta; este não muda, é sempre o mesmo por trás do qual existe uma estóriacriada por ele (sujeito).

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