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Freud

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Por:   •  6/11/2013  •  Projeto de pesquisa  •  7.083 Palavras (29 Páginas)  •  313 Visualizações

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Introdução

Sigmund Freud, foi um médico austríaco conhecido por ser o fundador da psicanálise - um método de investigação da mente humana, um conjunto de teorias sobre o funcionamento da vida mental. O método psicanalítico de Freud, enfatizava a importância do inconsciente para a compreensão de comportamentos anormais e a importância da primeira infância (sexualidade infantil), na formação da personalidade. Esses elementos novos, e controversos, introduzidos por Freud na psicologia, causaram e causam ainda hoje, críticas e rejeições por parte de psicólogos e psiquiatras que advogam uma abordagem da "ciência pura" (cientistas de laboratório). Todavia, os que defendem a importância da psicologia prática (aplicada ao comportamento), apoiam as idéias de Freud. De qualquer modo, a influência da psicanálise se faz sentir, hoje, nas obras de muitos escritores, nas ciências humanas, no próprio estilo de vida e nos costumes do século XX, inclusive na liberdade com que se discute os problemas sexuais. E, ainda, ao tornar possível uma compreensão maior da infância, a psicanálise permitiu que pais e professores buscassem práticas mais adequadas na educação das crianças, melhorando a interação entre elas e os adultos que lhes são significativos.Vamos, então, percorrer, neste texto, o caminho de Freud para a realização da Psicanálise: um caminho intimamente ligado com sua própria vida. Freud é chamado "Pai da Psicanálise".

Entre as idades de 28 e 39, por onze anos, Sigmund Freud utilizou regularmente a cocaína em sua forma de alcalóide, em pó. Como jovem neurologista, essa foi sua primeira tentativa experimental fora da prática médica tradicional. Ele estava buscando o reconhecimento público capaz de gerar a clientela que lhe traria fama e recursos financeiros permitindo, assim, que se casasse com sua noiva, de quem estava separado havia dois anos. Durante esse período, Freud publicou três artigos importantes e fez uma apresentação para a Sociedade Psiquiátrica de Viena sobre os usos terapêuticos da cocaína. Embora esse experimento não tenha atingido suas expectativas, e seus artigos sobre a cocaína nunca tivessem aparecido em seus escritos publicados, esses estudos fizeram de Freud, na verdade, um fundador da psicofarmacologia e, provavelmente, influenciaram seu trabalho com os sonhos e o inconsciente.

No início de sua carreira, Freud escreveu três artigos científicos sobre a cocaína. Quando eles foram “descobertos” e tornados públicos, em 1963 e, novamente, em 1974, ampliaram a compreensão do relacionamento de Freud com a droga que, até aquele momento “focalizava dois aspectos do envolvimento de Freud com a cocaína: primeiro, a questão da prioridade na descoberta da anestesia local e, segundo, a defesa ‘equivocada’ que Freud fez da droga como uma... panaceia...”.

O primeiro ponto de importância é que Freud, depois de defrontar-se com uma droga com propriedades psicofarmacológicas singulares, não se satisfez com a mera revisão da experimentação humana e animal que havia sido feita até aquele momento. Ao invés disso, ele imediatamente partiu para a demonstração das propriedades psicofarmacológicas da substância. De fato, alguns anos antes, a droga havia sido estudada. Em 1880, Von Anrep havia pesquisado a farmacologia da cocaína em experiências com animais. Freud, porém, trabalhou com uma substância purificada e fez registros cuidadosos de suas experiências – em si próprio. Ele utilizou os instrumentos de avaliação mais sofisticados disponíveis na época para poder obter os registros psicofisiológicos mais precisos possíveis e, então, correlacionou esses resultados, simultaneamente, com mudanças de humor e percepção, cuidadosamente descritas durante o período de ação da droga. Essas experiências estabeleceram a dosagem apropriada e o tempo de ação da substância – um relacionamento crucial na experimentação humana.

Uma comparação com relatórios de qualquer das experiências modernas com drogas psicoativas, incluindo aquelas realizadas com LSD, mescalina e outros compostos psicodélicos, mostra que o artigo de Freud estabeleceu uma tradição no estudo de substâncias com propriedades psicoativas.

Freud vinha de uma família de recursos modestos. Ele terminou seu curso de Medicina em 1881 e, no ano seguinte, assumiu um cargo no Hospital Geral de Viena e tornou-se noivo de sua futura esposa, Martha Bernays.

Durante os anos de hospital, Freud estava totalmente envolvido no esforço de fazer seu nome, descobrindo algo importante na medicina clínica ou na patologia. Sua motivação não era como poderia supor-se, pura ambição profissional, mas, sim, muito mais, a esperança de um sucesso que lhe rendesse uma boa clientela particular para justificar seu casamento um ou, possivelmente, dois anos mais cedo do que ele ousaria esperar caso o curso dos acontecimentos fosse normal.

Freud estava intensamente apaixonado, como se percebe pelos seguintes trechos de cartas à sua noiva:

“... ter você completamente é a única exigência que eu faço para a vida...”.

“... a busca de dinheiro, posição e reputação, isso tudo quase não permite que eu lhe dedique uma ou duas linhas apaixonadas...”.

“Eu gostaria de ter conseguido algo realmente bom antes de nos encontrarmos novamente.”

“Minha querida namorada, você está mesmo certa. De agora em diante, eu também vou escrever somente sobre a viagem para encontrá-la... Eu devo estar viajando sob efeito de coca a fim de controlar a minha terrível impaciência.”

“Eu também te amo, mais ainda do que durante os nossos melhores dias aqui...”.

Por muitos anos, Freud sofreu de depressões periódicas e de fadiga ou apatia, sintomas neuróticos que, mais tarde, tomaram a forma de ataques de ansiedade antes que fossem dissipados por sua própria análise.

Usou um pouco de cocaína, para soltar a língua, pois visitaria Charcot. Foram para la em uma carruagem, estava terrivelmente nervoso, ou estava bem calmo com a ajuda de uma pequena dose de cocaína. Dizia ele, “essas foram minhas conquistas, ou melhor, as conquistas da cocaína”, que por sinal o deixava muito satisfeito.

Os primeiros anos de Freud como jovem médico no Hospital Geral de Viena foram tempos muito difíceis para ele. Ele buscava reconhecimento, não tinha dinheiro e estava separado de sua noiva:

Nessa situação, cansaço, humor deprimido, ansiedade, preocupações e indigestão repetiam-se, diminuindo

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