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Freud

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Por:   •  25/6/2014  •  Tese  •  2.180 Palavras (9 Páginas)  •  235 Visualizações

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1. Freud nasceu em 1856 na Áustria e faleceu em 1939 em Londres.

2. Fundador da PSICANÁLISE ou TEORIA PSICANALÍTICA que é o campo de hipóteses sobre o funcionamento e desenvolvimento da mente no homem. Se interessa tanto pelo funcionamento mental normal como pelo patológico.

3. Freud demonstrou que o homem não é apenas um ser racional. Há impulsos irracionais que nos influenciam.

4. Estes impulsos irracionais se manifestam através do INCONSCIENTE

5. INCONSCIENTE = parte maior de nossa psique, não é uma coisa embutida no fundo da cabeça dos homens e nem um lugar e sim uma energia e uma lógica em tudo oposta à lógica da consciência que é a parte menor e mais frágil da nossa estrutura mental. Podemos imaginar a consciência como a ponta de um iceberg e a montanha submersa abaixo como o inconsciente. "A percepção que temos do mundo é consciência; as lembranças, inclusive a dos sonhos e devaneios são consciência. A memória é consciência e só há memória de fatos mentais conscientes. " (pág. 46, O que é psicanálise, Fábio Herrmann)

6. Características do INCONSCIENTE: opostas às características da consciência. Por isso desconhece o tempo, a negação e a contradição. Suas manifestações não são percebidas diretamente pela consciência por isso requer deciframento e interpretação. (Exemplo: nos sonhos o inconsciente se revela através de um conteúdo manifesto = o que aparece na consciência - e de um conteúdo latente = o conteúdo real e oculto). "O inconsciente... é uma interpretação ao contrário" (pág. 40, O que é psicanálise, Fábio Herrmann). Se como veremos o princípio básico do funcionamento da mente é, segundo Freud, o de evitar desprazer, o INCONSCIENTE é então o lugar teórico das representações recalcadas ou o próprio processo de recalcamento, que impede certas idéias de emergir na consciência.

7. A sexualidade tem uma importância fundamental na psicanálise mas não tem um sentido restrito, ou seja, apenas genital. Tem um sentido mais amplo = toda e qualquer forma de gratificação ou busca do prazer. Então a sexualidade neste sentido amplo existe em nós desde o nosso nascimento.

8. A partir deste sentido amplo da sexualidade podemos entender os princípios antagônicos que fazem parte da teoria psicanalítica freudiana: A) EROS (do grego clássico, vida) X THANATOS (do grego clássico, morte) B) Princípio do Prazer X Princípio da Realidade

- Eros = ligado às pulsões de vida, impulsiona ao contato, ao embate com o outro e com a realidade. Sendo a vida tensão permanente, conflito permanente coloca-nos no interior de afetos conflitantes e pode não ser a realização do princípio do prazer.

- Thanatos = é o princípio profundo do desejo de não separação, de retorno à situação uterina ou fetal, quer o repouso, a aniquilação das tensões. Está vinculado às pulsões da morte pois somente esta poderá satisfazer o desejo de equilíbrio, repouso e paz absolutos.

- Princípio do Prazer = é o querer imediatamente algo satisfatório e querê-lo cada vez mais. "É a tendência que, em busca da descarga imediata da energia psíquica, não quer saber de mais nada - nem do real, nem do outro, nem mesmo da sobrevivência do próprio sujeito" (pág. 95, "Sobre Ética e Psicanálise", Maria Rita Kehl). Não está necessariamente ligado a Eros mas de forma mais profunda a Thanatos pois "se o desejo do homem for o repouso, o imutável, a fuga do conflito, somente a morte (Thanatos) poderá satisfazer tal desejo." (pág. 63, "Repressão Sexual", Marilena Chauí)

- Princípio da Realidade = princípio que nos faz "compreender e aceitar que nem tudo o que se deseja é possível, que se for possível nem sempre é imediato, que nem sempre pode ser conservado e muitas vezes não pode ser aumentado." (pág. 63, op. Cit., Marilena Chauí). Impõe-nos limites internos e externos.

9. Psicanálise e Agressividade - Freud presumiu na nossa vida mental a existência de doisimpulsos, o sexual e o agressivo. Os dois impulsos se encontram normalmente fundidos. Assim um ato de crueldade pode possuir um significado sexual inconsciente como um ato de amor pode ser um meio inconsciente de descarga do impulso agressivo. A agressividade tem uma origem biológica e social na teoria freudiana. A agressividade faz parte das pulsões de morte mas não está ligada exclusivamente a Thanatos. Está também ligada a Eros fazendo parte das pulsões eróticas. Isto acontece por exemplo quando tentamos modificar o outro ou o mundo para torná-los mais compatíveis com o princípio do prazer. No limite é uma tendência destrutiva mas também "representa a vocação humana para a rebeldia." (pág. 473, Os sentidos da Paixão, Maria Rita Kehl). Toda civilização faz um pacto pelo qual se reprime grande parte da agressividade em troca das vantagens da convivência humana. Mas o preço que pagamos é o de um rebaixamento geral dos instintos de vida e o excesso de repressão pode levar às doenças psíquicas. O ideal para Freud "seria um equilíbrio entre a realidade psíquica do homem e as exigências da vida em sociedade". (pág. 116 da apostila, Texto: O caso de Romualdo e a violência)

10. A nossa vida psíquica tem três instâncias segundo Freud: 1ª) ID = parte inconsciente formada por instintos e impulsos orgânicos e desejos inconscientes, (ou pulsões) que são regidas pelo Princípio do Prazer e são de natureza sexual no sentido amplo já explicitado acima. O Centro do ID é o Complexo de Édipo. 2ª) SUPEREGO = parte inconsciente. Instância repressora do ID e do EGO, proveniente tanto das proibições culturais e sociais interiorizadas "quanto das proibições que cada um de nós elabora inconscientemente sobre os afetos." (M. Chauí, op. cit., pág. 66). É o agente da civilização que tem o papel de dominar o perigoso desejo de agressão do indivíduo. Através dele a civilização consegue inibir a agressividade humana introjetando-a para o interior do sujeito propiciando o SENTIMENTO DE CULPA. 3ª) EGO = é a consciência submetida aos desejos do ID e repressão do SUPEREGO. Obedece ao Princípio da Realidade. Vive sob angústia constante pois busca um equilíbrio entre os desejo do ID e a repressão do SUPEREGO, busca satisfazer ao mesmo tempo o ID e o SUPEREGO. Quando o conflito é muito grande e o EGO não consegue satisfazer o ID este é rejeitado determinando o processo chamado REPRESSÃO. Mas o que foi reprimido não permanece no inconsciente e reaparece então sob a forma de SINTOMAS (=representantes do reprimido).

11. MECANISMOS DE DEFESA: O Ego não é somente consciência. Há funções inconscientes

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