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Gestalt: A psicologia da boa forma

Por:   •  22/5/2018  •  Resenha  •  1.097 Palavras (5 Páginas)  •  1.296 Visualizações

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Gestalt: A psicologia da boa forma

Uma  breve biografia sobre os autores

 A Psicologia da Gestalt surge na Alemanha entre os anos de 1910 e 1920. Max Wertheimer (1880-1943), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Koffka (1886-1941) são considerados os construtores da base da teoria, fundamentadas nos estudos psicofísicos que relacionaram forma e percepção. Juntos, fundaram a Escola de Berlin de Psicologia da Gestalt.

Wertheimer nasceu em Praga no ano de 1880. Começou a estudar psicologia e filosofia em 1901 na Universidade de Berlim, recebendo seu doutorado em 1905. Em 1910, começou a se interessar pela percepção de movimento. Em 1912, publicou o artigo “Estudos experimentais sobre percepção de movimento”, que era sobre os resultados da percepção aparente de movimento na relação entre luzes que são apresentadas em relação com tempos diferentes.

 Köhler nasceu na Estônia em 1887. Estudou na universidade em Tübinger, Bonn e Berlim. Em 1920 escreveu “Static and Stacionary Physycak Gestalts”, em que afirma que a teoria Gestalt é uma lei geral de toda natureza e que pode ser aplicada em todas as ciências. Em 1929 publicou “Gestalt Psycology”, uma descrição completa do movimento da Gestalt. Chegou a receber o prêmio Prémio de Destaque pela Contribuição Científica da APA (Associação Psicológica Americana), órgão em que acabaria por se tornar presidente poucos anos depois.

 Koffka nasceu em Berlim em 1886. Frequentou a Universidade de Berlim e em 1909 conseguiu Ph.D., no ano seguinte se uniu a Köhler e Wertheimer na Universidade de Frankfurt. Depois da primeira guerra mundial, escreveu um artigo para a revista americana Psychological Bulletin explicando os conceitos básicos da Gestalt e mostrava algumas pesquisas, intitulado “Perception an introduction to the Gestalt-Theorie”. Em 1921, publicou “The growth of the mind”, que tratava sobre o desenvolvimento infantil.

A teoria

Gestalt é uma palavra Alemã, a tradução mais próxima para o Português seria “forma” ou “configuração”. Essa escola tem como objetivo estudar como o seres humanos percebem as coisas (objetos, imagens, sensações), neste sentido, Gestalt pode ser compreendida como Teoria da Percepção.

A percepção é o ponto de partida da Gestalt, em seus experimentos, os pesquisadores, perceberam que entre o estímulo do meio e a resposta do indivíduo, está o processo de percepção, ou seja, como o estímulo é percebido na mente do indivíduo.   Essa concepção de Gestalt vai contra o Behaviorismo que ao estudar o comportamento humano de maneira isolada por meio da relação estímulo-resposta, despreza os conteúdos de “consciência” (percepção).

Outro motivo para a crítica da Gestalt à teoria behaviorista é o fato dessa teoria considerar o comportamento de maneira isolada. Para a Gestalt o comportamento pode perder seu significado e seu entendimento para um psicólogo quando é estudado isolado de seu contexto, visto que ele deveria ser estudado em seus aspectos globais e levando em consideração as condições que alteram a percepção do estímulo. Para Gestalt o todo é sempre mais que a soma de suas partes. Essa linha de pensamento nos diz que não podemos conhecer o todo através das partes, mas sim as partes por meio do conjunto. Tal posição dos gestaltistas é baseada na teoria do isomorfismo.

O isomorfismo supõe uma unidade no universo, em que a parte está sempre relacionada ao todo. Quando um indivíduo vê uma parte de um objeto, há uma tendência à restauração do equilíbrio e da forma, o que garante o seu entendimento do que está percebendo. Tal fenômeno é resultado da busca inconsciente pelo fechamento, simetria e regularidade dos pontos que compõem uma figura, em uma maneira de tornar algo que seja desconexo em um primeiro momento em uma figura familiar à mente do indivíduo. E quando algo faz sentido na mente do indivíduo pode ser considerado que houve um Insight - compreensão súbita de alguma coisa ou determinada situação.

Segundo a Gestalt podemos perceber duas características da forma: as sensíveis (que é inerente ao objeto) e as formais (que incluem as nossas impressões sobre a matéria, a partir dos nossos ideais e da forma que vemos o mundo). Unindo essas sensações, obtemos a percepção. A partir de observações do comportamento do cérebro durante o processo de percepção, foram elaboradas as leis que regem essa faculdade de conhecer os objetos:

  1. Semelhança: Objetos semelhantes tendem a permanecer juntos, seja nas cores, nas texturas ou nas impressões de massa destes elementos. Esta característica pode ser usada como fator de harmonia ou de desarmonia visual.

  1. Proximidade: Partes mais próximas umas das outras, em um certo local, inclinam-se a ser vistas como um grupo.

  1. Continuidade: Alinhamento harmônico das formas
  1. Pregnância: Este é o postulado da simplicidade natural da percepção, para melhor assimilação da imagem. É praticamente a lei mais importante.
  1. Clausura: A boa forma encerra-se sobre si mesma, compondo uma figura que tem limites bem marcados.
  1. Segregação: Capacidade de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em parte desse todo.
  1. Unidade: Capacidade de compreender uma imagem mesmo abstrata, pois a mente humana é capaz de preencher os espaços vazios instintivamente.  

Como a percepção do estímulo determina o conhecimento, o mesmo estará submetido a lei da boa forma.  Esse conjunto de estímulos podem ser denominados meio ou meio ambiental. São conhecido dois tipos de meio:

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