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Memória , psicologia e neurociência

Por:   •  8/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  766 Palavras (4 Páginas)  •  195 Visualizações

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O documentário “Em busca da memória” de Eric Kandel (Viena, 7 de novembro de 1929) traz em si uma reflexão que é muito discutida em todo o mundo atualmente, que é a possibilidade de estabelecer uma relação entre a neurociência e a psicologia.

Inicialmente, faz-se necessário entender melhor os dois:

A neurociência é uma ciência cujo objeto de pesquisa é o sistema nervoso, assim como seu funcionamento, desenvolvimento e os possíveis desvios que podem ocorrer em sua formação. É uma área extremamente complexa e que envolve muitos campos do conhecimento, sendo, portanto, uma área multidisciplinar; justificada pela complexidade, por exemplo, do cérebro, que é ponto de encontro em várias neurociências.

Já a psicologia tem como objeto de estudo o comportamento e as funções mentais, sendo esses, multideterminados por uma série de elementos, e um deles é o sistema nervoso, foco de estudo da neurociência.

O estudo direto do sistema nervoso feito pela psicologia é um fato muito recente, uma vez que, historicamente, para se formar como ciência, foi preciso que a psicologia se distanciasse da medicina e buscasse seu próprio objeto de estudo.

Hoje, com o avanço dos estudos, sabe-se que muitas das estruturas do sistema nervoso humano estão diretamente relacionadas à objetos de estudo da psicologia, assim como a memória e obtenção do conhecimento. Como exemplo, temos o Hipocampo, que armazena a memória e informações mais complexas. A memória, quando analisada do ponto de vista da psicologia, é o que constitui o sujeito pelo que ele é, o que o forma como indivíduo e a que carrega suas marcas, que são analisadas em uma psicoterapia, em qualquer uma das linhas. Além disso, a memória também está relacionada aos efeitos da psicoterapia, que são para vida toda; sem a memória de longa distância (memória é classificada de acordo com o tempo com que a informação fica armazenada no sistema nervoso central), por exemplo, isso não seria possível.

Somado a isso, sabe-se que esses mesmos eventos que eram considerados frutos do complexo sistema nervoso, assim como a memória e a aprendizagem, também alteram a estrutura do sistema nervoso, biologicamente. Um exemplo, presente no documentário de Kandel, é o de quando um indivíduo passa por um evento significativo/ gosta muito de um evento, ele ativa um sistema modulatório no cérebro através da dopamina ou da serotonina, liberando uma substância química que age na fortificação da conexão sináptica, tendo como resultado uma forte impressão desse acontecimento na minha mente. A aprendizagem também envolve uma alteração nas conexões sinápticas.

Além disso, sabe-se que a psicoterapia altera o tecido neural, mudando os padrões da comunicação sináptica assim como algumas drogas que afetam o sistema nervoso, fazendo com que esse seja lócus de intervenção tanto psicológica quanto médica.

O estudo dos mecanismos neurais envolvidos na psicoterapia parte do princípio de que as várias técnicas psicoterapêuticas, sejam elas humanista-existenciais, cognitivo-comportamentais ou psicodinâmicas, representam intervenções capazes de produzir alterações de longo prazo na emoção, na cognição e no comportamento de pacientes. Esses efeitos estão relacionados a processos de aprendizagem adquiridos ao

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