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O ARTIGO RESUMO

Por:   •  5/12/2022  •  Resenha  •  2.074 Palavras (9 Páginas)  •  76 Visualizações

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Universidade de Brasília

Instituto de Psicologia

Departamento De Psicologia Clínica e Cultura - PCL

Disciplina: Psicologia da Saúde - Turma A

Professora: Dra. Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araujo

Comunicação médico-paciente e adesão ao tratamento em

adolescentes portadores de doenças orgânicas crônicas.

Viviane Ziebell de Oliveira

Hospital de Clínicas de Porto Alegre

William B. Gomes

Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Ana Quezia Ferreira Evangelista  17/0161439

                                                                            Ranieli Carvalho Gomes de Sousa 17/0154912

03 de Junho de 2019.

Resumo

            O artigo trata de um estudo que teve como objetivo conhecer e entender os padrões de comunicação habituais entre pacientes na faixa etária de 12 a 18 anos, seus responsáveis (principalmente a mãe) e seus médicos, verificando se os padrões comunicativos interferem na qualidade da adesão ao tratamento, tendo como base o condicionamento existencial de adolescentes doentes orgânicos crônicos e além da comunicação, constatou-se que programas assistenciais tem sua importância quando o assunto é adesão ao tratamento.

            Com o avanço da medicina, tem se visto que crianças portadoras de doenças crônicas adquiriram maiores chances de sobreviverem até a vida adulta. Porém, vale ressaltar a importância da comunicação entre médico-paciente e da adesão ao tratamento para se obter resultados satisfatórios na saúde desses pacientes, visto que aqueles pacientes que se encontram inseridos em programas de assistência obtiveram uma melhor comunicação e uma melhor adesão.

            O estudo teve como principal objetivo analisar o quão importante é a comunicação médico-paciente para a adesão ao tratamento e para se obter esses resultados foram entrevistados 18 jovens, 8 rapazes e 10 moças, portadores de doenças crônicas (13 pacientes com fibrose cística 5 pacientes com outras doenças) desde a infância, sendo todos pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Tais entrevistas foram gravadas e posteriormente transcritas e submetidas a análise quantitativa, sendo realizadas somente com o entrevistador e o paciente presentes. Todos os participantes da entrevista estavam tendo atendimento do serviço psicológico durante um período de 8 meses, sendo classificados com uma boa ou má adesão ao tratamento em que somente 9 desses pacientes apresentaram uma boa adesão.

            Desde o diagnóstico, a mãe tinha o papel de intermediária nesta comunicação do paciente com o médico, mas como analisado, é visto que esta ação prejudica o desenvolvimento psicológico desses jovens, impedindo-os de assumirem a doença e o tratamento e consequentemente levando-os a assumirem riscos de vida. A presença das mães era importante, pois era com as falas delas que os pacientes buscavam saber sobre sua doença, visto que quando elas não estavam, eles tiravam suas próprias conclusões através da lógica, devido ao fato de não entenderem as explicações médicas.  

            É importante ressaltar que quando o paciente adere ao tratamento de forma cooperada com a equipe médica as chances de bons resultados aumentam consideravelmente. Porém, mesmo com resultados positivos quando se adere ao tratamento, é visto que aproximadamente 50% dos portadores de doenças crônicas apresentam baixo comprometimento com o tratamento. Os pacientes com fibrose cística foram os que melhor aderiram às recomendações médicas, porque eles tinham vontade de viver com qualidade, enquanto que para aqueles que não aderiram, tinham justificativas como preguiça, falta de vontade e por não acreditar que o tratamento traria resultados eficientes.

             É preciso que durante o tratamento seja estimulado a comunicação entre pais e filhos, médicos e pacientes, porque uma boa comunicação pode modificar a forma com que o paciente lida com a doença, pois assim ele pode compartilhar suas opiniões, falar dos seus medos, transmitir informações e conhecer a opinião das outras pessoas. Os programas assistenciais contribuem para que esta comunicação e uma maior adesão ao tratamento venham a acontecer, entretanto, somente alguns pacientes é que participam desses programas.

          O artigo deixa explícito a diferença tanto no diagnóstico quanto no tratamento daqueles pacientes com fibrose cística e dos pacientes com as demais enfermidades. Os pacientes fibrocísticos tem a doença diagnosticada logo assim que nascem, nos primeiros meses ou anos de vida, sendo acompanhados por uma equipe multidisciplinar, estabelecendo uma relação com o médico gradualmente e seu tratamento se dá através de medicamentos, exercícios físicos e fisioterapia que precisam  ser realizados diariamente em casa. Os outros pacientes, por sua vez, nem sempre tem um diagnóstico tão precoce, esperando muitas vezes até anos para que a doença venha a ser diagnosticada, sendo acompanhados por uma equipe com diversas especialidades e com isso acabam não criando vínculos com os médicos, visto que eles mudam com frequência, já seu tratamento se resume em consultas médicas e a medicamentos quando ocorrem episódios de crise.

        As entrevistas mostraram o sentimento de insatisfação e descontentamento desses pacientes  com a conduta dos médicos, sentindo-se carentes de uma maior aproximação com esses profissionais, sendo uma fala bastante presente naqueles pacientes com as demais enfermidades, pois eles acabam não desenvolvendo vínculos com esses médicos. Segundo o que eles falaram, eles preferem médicos simpáticos, que conversem bastante, transmitindo seriedade e confiança para eles, o que acaba fortalecendo a adesão a todo o tratamento.

           Por fim, vale ressaltar a importância de socialização desses pacientes com o meio ao qual estão inseridos, de forma a favorecer uma boa aceitação ao tratamento, com amigos, familiares e médicos desempenhando um papel ativo para que isto aconteça. É preciso que programas que auxiliem esses pacientes a fazerem novas amizades e que ajudem a escola a facilitar essa aproximação sejam incrementados no tratamento, podendo ser realizados através de grupos de desenvolvimento de habilidades comunicativas, sociais e auto-afirmativas, de forma que o desenvolvimento educativo e comunicacional esteja presente na vida de todos esses pacientes para que os mesmos tenham uma maior adesão ao tratamento.

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