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O BULLYING ESCOLAR

Por:   •  31/8/2018  •  Artigo  •  1.631 Palavras (7 Páginas)  •  232 Visualizações

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BULLYING ESCOLAR[pic 1]

Vívian Thaís Rocha Alves¹

Eva Alessandra Rolim

        

¹Aluna do Curso de Psicologia - Faculdade Sul Fluminense

Professora da FaSF - Faculdade Sul Fluminense 

RESUMO

A palavra bullying é um termo de origem inglesa que sintetiza todas as formas de violência, sejam elas físicas ou emocionais, praticadas entre alunos no ambiente escolar. O bullying causa prejuízos a curto e longo prazos e afeta toda a comunidade escolar, o que justifica o aumento do número de pesquisas sobre o tema e seu destaque na mídia. O objetivo deste trabalho é abordar o bullying escolar. A metodologia utilizada fundamenta-se na pesquisa bibliográfica sobre o tema, apresentado conceitos, características, causas, consequências e as medidas preventivas.

Palavras chaves: Bullying, Violência, Escola.

1. INTRODUÇÃO

O Brasil depara-se com o aumento da violência, fato que pode ser constatado por reportagens na mídia onde destacam-se os crimes violentos, e há grande repercussão quando a violência ocorre nas escolas, entre os próprios estudantes, vitimando crianças e adolescentes. Em muitos casos, a violência é uma retaliação de uma agressão sofrida entre os pares, uma clara demonstração dos danos psicológicos e possíveis consequências que alguns estudantes podem vir a tomar ao serem vítimas de bullying, o que evidencia a importância deste tema. De origem inglesa e sem termo equivalente em português, a palavra bullying sintetiza todos os tipos de comportamento negativos entre estudantes, que ocorrem de maneira repetitiva com a intenção de infligir lesão ou desconforto a outro (FELIZARDO, 2017).

O bullying não deve ser considerado como normal ou brincadeira de criança, e sim como uma agressão, uma maldade transformada em ações concretas que levam diversas crianças e adolescentes a cometerem assassinatos ou até mesmo suicídio por serem vítimas deste tipo de violência (MEIER; ROLIM, 2013).

Em 1973 foi publicado o primeiro estudo sistemático sobre o bullying escolar, desenvolvido pelo norueguês Dan Olweus, que é reconhecido pela comunidade científica como o pioneiro nos estudos sobre o bullying (FELIZARDO, 2017). De acordo com Antunes (2010), o aumento de pesquisas e reportagens na mídia sobre o bullying escolar demonstra que este é um tema que está cada vez mais em pauta. Entretanto, apesar da atual visibilidade, o fenômeno bullying sempre existiu (PEDRO-SILVA, 2013), “[..] apenas não havia sido nomeado e estudado como é hoje.” (MEIER; ROLIM, 2013, p.14).

O propósito deste trabalho é abordar acerca do fenômeno bullying no ambiente escolar. A metodologia adotada fundamenta-se em uma pesquisa bibliográfica sobre o tema, apresentando o conceito, características, causas e consequências, o perfil das vítimas e dos agressores, bem como medidas preventivas descritas na literatura.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 - CONCEITO E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

De acordo com Antunes (2010) a palavra bullying representa um conceito que se refere a determinadas situações de violência, sejam físicas ou psicológicas entre pares no ambiente escolar. São comportamentos agressivos e cruéis, realizados por um ou mais estudantes, de ambos os sexos, com a intenção de maltratar e intimidar outra pessoa ou grupo.

O que diferencia o bullying de outras formas de violência, são suas caraterísticas peculiares: é um ato agressivo e intencional, repetitivo e sem motivação evidente, em que há um desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima (FELIZARDO, 2017). Meier e Rolim (2013, p.22) definem o bullying como “[...] um conjunto de agressões intencionais e repetidas provocadas por um agressor de maior poder ou força, que causa na vítima dor física ou emocional.” Estas três características precisam estar presentes para que a ação seja considerada bullying (MEIR; ROLIM, 2013).

O ato do bullying envolve diversos comportamentos, dos quais Antunes (2010, p.36) destaca:

[...] agressões físicas, roubar ou estragar objetivos, extorsão de dinheiro, forcar comportamentos sexuais, obrigas a realização de atividades servir, insultar, apelidar, debochar de características e do comportamento do outro, fazer comentários racistas ou que digam a respeito a qualquer diferença no outro, exclusão sistemática de uma pessoa, realizar fofocas e boatos, ameaçar excluí-lo do grupo com o objetivo de obter algum favorecimento [...]

Meier e Rolim (2013) classificam o bullying em dois tipos, que são o bullying direto e o indireto.

No bullying direto, há a identificação do autor dos insultos ou das agressões. Isto é, o agressor pratica a ação de forma direta, seja ela física, verbal, moral, sexual, psicológica, material ou virtual. A vítima sabe identificar exatamente quem cometeu o bullying.

No bullying indireto, a ação é realizada por outras pessoas que não o mentor das agressões. Este pede para uma criança intimidar, espalhar fofocas, provocar, agredir fisicamente, humilhar e excluir outra de determinadas atividades, entre outras ações. (MEIER; ROLIM, 2013, p.34).

Existe também o cyberbullying, que é uma forma de bullying indireto, que utiliza o meio virtual para a prática das agressões (MEIER; ROLIM, 2013).

 Outra característica do bullying é ligada aos papéis que cada indivíduo representa durante o ato, que são os papéis de agressor, vítima e expectador (ANTUNES, 2010).

2.2- CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

Diversas autores procuram apontar os motivos pelos quais alguns estudantes agridem os outros. Vários fatores são apontados como motivadores do comportamento agressivo, dos quais destacam-se influências econômicas, sociais e culturais, carência afetiva, ausência de limites, baixa resistência às frustrações, intolerância à diferença, reprodução contra outros de maus-tratos sofridos dentro da família e na escola, autoritarismo dos pais e influência da violência mostrada na mídia. O ambiente e a política escolar, bem como às sanções contra a prática de bullying influenciam a probabilidade de ocorrência deste tipo de violência (ANTUNES, 2010). “Importantes pesquisas têm evidenciado o bullying também como um problema moral, em que a falta de sensibilidade moral do agressor faz com que ele tenha dificuldade de se colocar no lugar do outro e perceber a dor deste.” (TOGNETTA, 2005 apud MEIER; ROLIM, 2013, p.31).

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