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O discurso da pulsão

Por:   •  7/4/2016  •  Pesquisas Acadêmicas  •  718 Palavras (3 Páginas)  •  981 Visualizações

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Universidade Federal do Maranhão - UFMA

Centro de Ciências Humanas – CCH

Psicologia do Desenvolvimento I – Profª Draª Júlia Soares-Vasques

Discente: Caroline Martins Dias

Fichamento Comentado

GARCIA-ROZA, L.A. O discurso da pulsão: Os Três ensaios sobre a sexualidade. In: GARCIA-ROZA, L.A. Freud e o Inconsciente. 24. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2009. Cap. 4. p. 93-111.

“As teorias existentes assentavam-se todas elas na noção de instinto, noção essa que vai ser substituída em Freud pelo conceito de pulsão.” (GARCIA-ROZA, p. 96)

As teorias até então existentes no século XIV diziam que o instinto era inerente ao ser humano e necessário para o desenvolvimento e continuidade da espécie. Qualquer desvio de conduta que fugisse do padrão com o intuito de reprodução era considerado anormal. Todo ser humano que não atendesse as regras impostas era considerado uma aberração, portador da perversão, até então considerada uma patologia. Para Freud, pulsão seria tudo aquilo que é considerado perversão, tudo aquilo que leve ao prazer e não a reprodução, não há uma definição exata.

“Se a sexualidade infantil não era ainda colocada em discurso, ela já se fazia notar de forma evidente através de um conjunto de práticas exercidas pelo social no sentido de conjurar a ameação que ela representava.” (GARCIA-ROZA, p. 98)

A sexualidade infantil ainda era imposta como tabu pela sociedade daquela época, pois era um território desconhecido e inexplorável pelo campo da ciência. Para Freud, a ameaça que ela trazia consigo se dava no fato da negação da própria sexualidade infantil, pois a criança era vista como um ser imaculado e o fato de pensar que este ser possui uma sexualidade era algo considerado abominável, e também pelo fato de não nos lembrarmos desses primeiros anos de nossa vida. O ser humano tende a se recusar a pensar na sexualidade infantil pois isso significa aceitar que ele também teve esses impulsos sexuais pervertidos.

“ Freud não admitia aind auma organização da sexualidade anterior à puberdade. O que havia até essa fase era uma sexualidade anárquica ligada a zonas erógeneas.” (GARCIA-ROZA, p. 101)

A noção de organização sexual aparece primeiramente a respeito da fase sádico-anal, em 1913, e em 1915 se aplifica para as fases oral, anal-sádica e fálica. Freud elabora as zonas erógeneas a partir do referencial anatomofisiológico, na qual diz que o corpo humano possui áreas expecificas que proporcionam mais prazer, e por tanto são predestinadas a serem sexuais. Para Freud, as zonas erógeneas se encontravam em algumas áreas do corpo, porém mais fortemente no revestimento cutanêo-mucoso, consideradas como fontes das pulsões parciais.

 “Inicialmente, Freud distingue, dentre as organizações ‘pré-genitais’, duas fases: a oral (ou organização sexuaç pré-genital canibal) e a sádico-anal. Somente em 1923 ele incluiu uma terceira fase pré-genital, a fálica.” (GARCIA-ROZA, p. 104)

A fase oral é a primeira das fases concentrada nos lábios, lígua, e mais tarde, dentes. Consiste na ingestão de alimentos e excitação da mucosa dos lábios e cavidade bucal. O sujeito tende a querer suprir suas necessidades sexuais por meio de introdução de objetos na boca. Um grande exemplo é o seio materno, no qual o sujeito se satisfaz de sua necessidade primordial, no caso a fome, e em conjunto, se satisfaz de forma autoerótica. A segunda fase é a anal-sádica, que consiste na relação do sujeito com o objeto como ativo ou passivo. É concentrada na zona anal na qual está ligada as fezes. É atribuída às fezes um valor simbólico na polaridade ativo-passivo. A terceira fase é a demoninada fálica, que é após a oral e anal. Nela a criança já reconhece o orgão genital, porém reconhece apenas o masculino. Esta fase é primordial para o declinio do complexo de Édipo e também para a descoberta da castração.

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