OS PROCESSOS MENTAIS, USANDO TRÊS DIMENSÕES: COGNITIVAS, AFETIVAS E COMPORTAMENTAIS

Escolas	Conceito	Objetivo	Objeto de estudo	Método	Influências
Psicologia científica	É a ciência que estuda os processos mentais, usando três dimensões: cognitivas, afetivas e comportamentais. A Psicologia Científica nasceu no século XIX e estuda objetos específicos da psicologia seguindo uma linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas. Com a psicofísica, que visa medir o mental de forma quantitativa e procura estabelecer uma ligação entre o físico e o psicológico, a psicologia passou a fazer parte das ciências objetivas.	Estudar os processos mentais através dos métodos experimentais e quantitativos que eram pertinentes às outras ciências, mostrando, nessa sua preferência, a influência da raiz ou fonte científica.     Busca uma conexão entre o plano emocional e o plano físico, pois, corpo e mente interagem de forma constante.	Investiga a relação causa e efeito ao melhor estilo científico. Experiência imediata dos sujeitos.	Científico. Wilhelm Wundt em Leipzig (Alemanha).	Filosofia (Consciência) e Fisiologia (Sensações)
Estruturalismo	É uma corrente de pensamento nas ciências humanas que se inspirou do modelo da linguística e que apreende a realidade social como um conjunto formal de relações. O estruturalismo Wundtiano florescia na rígida sistematização do TITCHENER.	Descobrir quais são os elementos mentais, o conteúdo e a maneira pela qual se estrutura.	Estrutura consciente da mente, as sensações. Introspecção.  Experiência consciente.	Introsecção experimental sistemática, valendo-se de observadores rigorosamente treinados para descrever os elementos de seu estado consciente.	Teoria da Evolução de Charles Darwin. William James (1842-1910): Precursor da Psicologia Funcional
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Funcionalismo	A psicologia funcional se interessa pela mente, tal como esta funciona ou é usada na adaptação do organismo em seu ambiente. O movimento funcionalista se concentrou numa questão prática: o que os processos mentais realizam? Os funcionalistas estudavam a mente não do ponto de vista como sua composição (estrutura de elementos mentais), mas como um conglomerado de funções ou processos que levam as consequências práticas do mundo. É o modelo que substituí o Estruturalismo na evolução histórica da Psicologia, sendo o seu principal impulsionador William James.	Estudar os processos, operações e atos mentais como formas de interação adaptativa, no sentido de descobrir sua função.	Processos mentais: memória, percepção, sentimento, imaginação, julgamento e vontade.	Introspecção.	Charles Darwin, Francis Galton e dos primeiros estudiosos do comportamento animal.
Behaviorismo	Comportamentismo é o conjunto das teorias psicológicas que postulam o comportamento como o mais adequado objeto de estudo da Psicologia. A maior escola de pensamento americana surgiu no início do século XX, sendo influenciada por teorias sobre o comportamento e fisiologia animal. John B. Watson (Behaviorismo Metodológico).	Seu foco está na aprendizagem. Estuda os papeis das forças ambientais na produção do comportamento.	Comportamento observável	Condicionamento operante e a modificação do comportamento	Derivada de uma corrente positivista. Pelas teorias de Ivan Pavlov e Edward Thorndike. E, posteriormente, pelas teorias do operacionismo. Despreza o estudo da consciência e concentra-se por JOHN B. WATSON e amadureceu com LASHLEY, HUNTER. GUTHRIE, HULL, TOLMAN e SKINNER.  Foi Burrhus Frederic Skinner o maior autor neo-comportamentalista.
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Gestalt	A palavra Gestalt tem origem alemã e surgiu em 1523 de uma tradução da Bíblia, significando "o que é colocado diante dos olhos, exposto aos olhares". Hoje adotada no mundo inteiro significa um processo de dar forma ou configuração.  Uma integração de partes em oposição à soma do "todo". forma, figura, todo, padrão e etc.	Analisar elementos essenciais que existam nessa organização.  Na visão holística do homem e do mundo.	Percepção.	compreender o indivíduo como um ser uno, considerando, então, não somente o seu discurso, o seu corpo ou o seu comportamento, mas todas as manifestações de suas dimensões sensoriais, afetivas, intelectuais, corporais, sociais e espirituais.	Os trabalhos experimentais de Wertheimer, Kohler e Kofca deram início a escola de pensamento da Gestalt na Europa, mais precisamente na Alemanha. Considera-se que Cristian Von Ehrenfels, filósofo austríaco de fins do século XIX, foi o precursor da Gestalt. Mais tarde, por volta de 1910, teve seu início mais efetivo por meio de três nomes principais: Max Wertheimer (1880 / 1943), Wolfgang Kohler (1887 / 1967), Kurt Koffka (1886 / 1941), da universidade de Frankfurt. (FILHO, João Gomes. 2009.p, 18).  Immanuel Kant (1724-1804), Franz Brentano, Ernst Mach (1838-1916), Christian von Ehrenfels (1859-1932), William James, a fenomenologia de Edmund Husserl, Zeitgeist, Wertheimer, Kohler (1887-1967, etc.
Psicanálise	É um método de autoconhecimento criado pelo médico e neurologista austríaco Sigmund Freud (1856-1939). Tem por base a análise dos conflitos sexuais inconscientes que são originados durante a infância. Freud ficou impressionado com o método hipnótico e o estudo da histeria. Passou, então a praticar o método de Charcot, que mais tarde ganhou um diferencial, a catarse, estudado conjuntamente com seu colega Breuer. Com o livro dos dois,	Investigação e o tratamento das doenças mentais, psicopatologia ou comportamento anormal.   O objetivo parece ter sido a fala, a comunicação verbal e o descobrimento do Trauma, na visão freudiana, sempre referente à vida infantil e às experiências traumáticas.	Inconsciente. Psicopatologia ou comportamento anormal.	Psicanalítico. Consiste em buscar o significado inconsciente das palavras, ações e produções imaginárias de um indivíduo. Este método é baseado em associações livres do indivíduo, que dão validade às interpretações. Observação clínica. Associações livres ou espontâneas e análise dos sonhos.	Filosóficas, a respeito do fenômeno psicológico inconsciente. Teoria da evolução – Darwin. Teoria da mente inconsciente. Teoria de Leibnitz. Fechner, Wundt. Originária de diferentes tradições, a psicanálise procurou uma compreensão completa da mente humana em toda sua complexidade, com intricadas teorias desenvolvidas por FREVO, Jung e Adler, os neofreudianos enfatizaram as determinantes sociais dos fenômenos da personalidade profunda.
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Psicologia social	Psicologia social é um ramo da psicologia que estuda como as pessoas pensam, influenciam e se relacionam umas com as outras. Surgiu nos últimos anos do séc.XIX, junto ao processo de psicologização da Sociologia. A Psicologia Social como ciência independente nasce entre 1930-1940. O primeiro período, duas tendências são notadas: uma vê a psicologia do indivíduo como produto da sociedade; outra está centrada no indivíduo (psico-individual), e tenta explicar tanto a psicologia da sociedade como todas as outras manifestações da vida social. Dentro desta tendência, encontram-se duas correntes: a organicista e da psicologia profunda. A psicologia social aborda as relações entre os membros de um grupo social, portanto se encontra na fronteira entre a psicologia e a sociologia. Ela busca compreender como o homem se comporta nas suas interações sociais.	Tem por objetivo explicar como o ser humano pode conhecer e interpretar a si mesmo e como pode interpretar e conhecer o mundo em que vive (aí incluídas a interação dos indivíduos entre si, a interação com a natureza com os objetos e com os sistemas sociais, econômicos e políticos dos quais façam parte).	A psicologia social, como área de conhecimento, passa a estudar o psiquismo humano, objeto da psicologia, buscando compreender como se dá a construção desse mundo interno a partir das relações sociais vividas pelo homem. O mundo objetivo passa a ser visto, não como fator de influência para o desenvolvimento da subjetividade, mas como fator construtivo.	Uma das características desta corrente é a tentativa de fundamentar o empirismo como método fundamental de investigação. Na perspectiva psicológica, a experimentação foi o método que foi facilmente assimilado, inspirado nos métodos da física, assim como a própria Psicologia. Na perspectiva sociológica, predominou o pragmatismo, e os sociólogos não utilizavam os métodos da física, apenas a investigação naturalista da Biologia. Segundo o psicossociólogo Curtis, atualmente os psicólogos sociais burgueses defendem a ideia de interação (sociedade – indivíduo). Influenciada pelo positivismo, a Psicologia aceitou em definitivo a tese da unidade da ciência, em que não havia diferença entre as ciências naturais e as ciências sociais. O neopositivismo teve importância nessa fase, fazendo com que houvesse a intensificação da tendência experimentalista. Mas os autores não deixam de apontar as duas formas distintas para se compreender a experimentação nas ciências sociais.	Gustave Le Bon (1841-1931, Sigmund Freud, Carl Gustav Jung (1875-1961), Wilhelm Reich, Ruth Benedict Margaret Mead Malinowski Lévi-Strauss, Wilhelm Wundt (1832-1920), G. H Mead e Herbert Blumer, Kurt Lewin (1890-1947), Leon Festinger (1919-1979), William McDougall (1871-1938), George Hebert Mead (1863-1931, James (1842-1910) Peirce (1839-1931) e Dewey (1859-1952, Erving Goffman, Pepitone, A. (1981), Nina Rodrigues em 1900, Arthur Ramos (1903-1949), Hiran Pinel (2005), Silvia Tatiana Maurer Lane e Aniela Ginsberg, o psicólogo bielorrusso Vygotsky. Podemos localizar as primeiras bases da orientação psicossocial na Psicologia nos trabalhos de Baudouin e McDougall, Wundt e Ribot. G. Tarde, Le Bon e Sighele elaboraram a Psicologia Social como instrumento ideológico, tratando os povos como anarquistas e bandidos, destruidores da ordem. Ideias da teoria da evolução de Darwin e a lei do uso e desuso de Lamarck foram introduzidas por Herbert Spencer, ao apresentar uma teoria psicológica evolucionista. Influíram também a Lingüística, através dos trabalhos de Lazarus, Stheinthal, e até mesmo de Wilhelm Wundt, a Antropologia, a Etnografia, a Arqueologia, Psicologia Geral e da Psiquiatria.

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