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Objetos de estudo da psicologia

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Por:   •  9/9/2013  •  Tese  •  1.768 Palavras (8 Páginas)  •  765 Visualizações

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Prof. Domingos Isidório da Silva Júnior

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Semana 1

Psicologia científica e senso comum

Objetos de estudo da psicologia

Fenômenos psicológicos

Ciência e senso comum

Usamos o termo psicologia no nosso cotidiano com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de “psicologia” para vender seu produto; e quando procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que tem “psicologia” para entender as pessoas.

Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia. O que estamos querendo dizer é que as pessoas, normalmente, têm um domínio, mesmo que pequeno e superficial, do conhecimento acumulado pela psicologia científica, o que lhes permite explicar ou compreender seus problemas cotidianos de um ponto de vista psicológico.

O senso comum: conhecimento da realidade

A dona de casa, quando usa a garrafa

térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ela faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico. E nós mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida movimentada, com tráfego de veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente medir a distância e a velocidade do automóvel que vem em nossa direção. Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de senso comum.

Leva certo tempo para que o conhecimento mais sofisticado e especializado seja absorvido pelo senso comum, e nunca o é totalmente. Quando utilizamos termos como “rapaz complexado”, “menina histérica”, “ficar neurótico”, estamos usando termos definidos pela psicologia científica. Não nos preocupamos em definir palavras usadas e nem por isso deixamos de ser entendidos pelo outro. Podemos estar muito próximos do conceito científico, mas, na maioria das vezes, nem sabemos. Esses são exemplos da apropriação que o senso comum faz da ciência.

A psicologia científica

A ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira, sistemática e controlados, para que se permita a verificação de sua validade. Assim, podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado, utilizado e desenvolvido.

A ciência tem ainda uma característica fundamental: ela aspira à objetividade. Suas conclusões devem ser passíveis de verificação isentas de emoção, para, assim, tornaram-se válidas para todos.

Objeto específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo de conhecimento, objetividade fazem da ciência uma forma de conhecimento que supera em muito o conhecimento espontâneo do senso comum. Esse conjunto de características é o que permite que denominemos científico um conjunto de conhecimentos.

Objeto de estudo da psicologia

Como dissemos anteriormente, um conhecimento, para ser considerado científico, requer um objeto específico de estudo. O objeto da astronomia são os astros, e o objeto da biologia são os seres vivos. Essa classificação bem geral demonstra que é possível tratar o objeto dessas ciências com uma certa distância, ou seja, é possível isolar o objeto de estudo. No caso da astronomia o cientista-observador está, por exemplo, num observatório e, o astro observado, a anos-luz de distância de seu telescópio. Esse cientista não corre o mínimo risco de confundir-se com o fenômeno que está estudando.

A subjetividade como objeto de estudo da psicologia

A identidade da psicologia é o que a diferencia dos demais ramos das ciências humanas, e pode ser obtida consideram-se que cada um desses ramos enfoca o homem de maneira particular. Assim, cada especialidade – a Economia, a Política, a História, etc. – trabalha essa matéria-prima de maneira particular, construindo conhecimentos distintos e específicos a respeito dela. A psicologia colabora com o estudo da subjetividade: é essa a sua forma particular, específica de contribuição para a compreensão da totalidade da vida humana.

Nossa matéria-prima, portanto, é o homem em todas as suas expressões, as visíveis (nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singularidades (porque somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) – é o homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado no campo da subjetividade.

A subjetividade é o mundo das idéias, significados e emoções construídos internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais.

A subjetividade é amaneira de sentir, pensar, fantasiar, sonhar, amar e fazer de cada um. É o que constitui o nosso modo de ser: sou filho de japonês e militante de um grupo ecológico, detesto matemática, adoro samba e black music, pratico ioga, tenho vontade, mas não consigo ter uma namorada. Meu melhor amigo é filho de descendentes de italianos, primeiro aluno da classe em matemática, trabalha e estuda, adora comer sushi e navegar pela internet. Ou seja, cada qual é o que é: sua singularidade.

A psicologia enquanto ciência e suas interfaces com o Direito. Primórdios da psicologia aplicada ao Direito

Início da relação entre a psicologia e o Direito

Psicologia do testemunho

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