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Orientação Psicopedagógica Frente as Dificuldades de Aprendizagem ou Metodologias Inadequadas

Pesquisas Acadêmicas: Orientação Psicopedagógica Frente as Dificuldades de Aprendizagem ou Metodologias Inadequadas. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  15/5/2014  •  Pesquisas Acadêmicas  •  9.108 Palavras (37 Páginas)  •  333 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O Tema “Orientação Psicopedagógica Frente as Dificuldades de Aprendizagem ou Metodologias Inadequadas”, busca trazer uma reflexão sobre as reais necessidades das crianças em fase de aprendizagem. Com uma pesquisa quantitativa, pautada em autores que têm seus trabalhos voltados para orientar a prática da docência. Mostrando a importância fundamental, de estar o profissional da educação em constante busca de aperfeiçoar habilidades e competências, para a partir daí, ser capaz de visualizar em seus alunos a real necessidade. Podendo assim encaminha-los a profissionais especializados como o Psicopedagogo, que estará auxiliando na conduta, na prática pedagógica e trabalhando na criança a sua cognição, sua percepção, sua orientação e suas dificuldades sejam elas de que ordem forem. Tipos afetivas, biológicas, culturais, inclusivas etc.

Segundo José & Coelho (2002, p.23), existem inúmeros fatores que podem desencadear problemas ou distúrbios de aprendizagem.

Sendo assim o trabalho traz a temática destes fatores, que segundo as autoras seriam: orgânicos, psicológicos e ambientais.

O objetivo principal da pesquisa é ampliar o conhecimento a respeito do assunto, dando ao educador uma base mais relevante em sua observação do aluno e o motivo do encaminhamento ao especialista.

Dentro da proposta se faz necessário pensar o currículo escolar, a proposta pedagógica da escola, como a didática trabalha a perspectiva do baixo rendimento do aluno. E as alternativas oferecidas para sanar as dificuldades dos que não se incluem, nas necessidades especiais de tratamento de um Psicopedagogo.

Conforme (ALTERTHUM, 2005), é preciso atentar para a corporeidade das crianças, compreendendo-a como uma das várias formas de sinalização dos meninos e das meninas.

Isto é, partir dos indícios dados pela criança, de como se sentem em relação ao planejamento das aulas, como o professor situa a criança dentro deste plano, que importância têm o papel da criança dentro deste contexto (suas experiências, imaginação, relação com o conhecimento, sua ludicidade criativa etc.). Ao observar e valorizar está sinalização o professor pode construir sua prática pedagógica, onde as crianças como cidadãs de direitos e seres produtivos, produzidos na e pela cultura são participantes.

[...] depende muito mais do adulto acolher as contribuições da criança do que de um movimento consciente da criança de trazer elementos para a pesquisa e para a prática educativa. Ao ser tocado pela experiência da criança, o adulto passa a assimilar as sinalizações que ela traz, num movimento profundo de compreensão que pode remetê-lo, inclusive, a sua própria infância (ALTERTHUM, 2005, p.106).

Sendo necessário, da parte do profissional muita sensibilidade para diferenciar, e estabelecer o grau de desenvolvimento da aprendizagem do aluno, ou o baixo rendimento e suas causas.

Alicia Fernández (2001) relata que todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.

Já Piaget (1976) busca subsídios na linha cognitivista para desenvolver uma caracterização do processo de aprendizagem. Ele afirma que a aprendizagem é um processo necessariamente equilibrante, pois faz com que o sistema cognitivo busque novas formas de interpretar e compreender a realidade enquanto o aluno aprende.

A aprendizagem é um fruto da história de cada sujeito e das relações que ele consegue estabelecer com o conhecimento ao longo da vida, afirma Bossa (2000).

Porém, quando falamos em aprendizagem, não podemos relacionar o problema simplesmente com o aluno, pois, a aprendizagem não é um processo individual, ou seja, não depende só do esforço de quem aprende, mas sim de um processo coletivo.

É o que ainda nos mostra Fernández (2001) a importância da família, que por sua vez, também é responsável pela aprendizagem da criança, já que os pais são os primeiros ensinam-te e os mesmos determinam algumas modalidades de aprendizagem dos filhos.

Esta consideração também nos remete a relação professor-aluno, para essa mesma autora, “quando aprendemos, aprendemos com alguém, aprendemos daquele a quem outorgamos confiança e direito de ensinar.”.

Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com alguém”. É no campo das relações que se estabelecem entre professor e o aluno que se criam às condições para o aprendizado, sejam quais forem os objetos de conhecimentos trabalhados.

Após verificarmos as considerações de alguns autores sobre o processo de aprendizagem, na visão psicopedagógico, pretendemos agora abordar o problema de aprendizagem, analisando as contribuições da psicopedagogia na melhoria do processo de aprendizagem, ou seja, na orientação para possíveis soluções da dificuldade de aprendizagem.

CAPÍTULO I

I-1 A HISTÓRIA DEFININDO PSICOPEDAGOGIA

Os primeiros centros psicopedagógicos foram fundados na Europa, em 1946, por J. Boutonier e George Mauco, com direção médica e pedagógica. Estes centros uniam conhecimentos da área de Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, onde tentavam readaptar crianças com comportamentos socialmente inadequados na escola ou no lar, e atender crianças com dificuldades de aprendizagem, apesar de serem inteligentes. (MERY apud BOSSA, 2000, p.39)

Já na época, podemos observar a formação de equipes multidisciplinares por meio da união Psicologia, Psicanálise, Pedagogia, com o objetivo de conhecer a criança e o seu meio, na tentativa de compreender o caso para determinar uma ação reeducadora por meio de um plano de intervenção.

A psicopedagogia por contar com a contribuição de várias área de conhecimento assume o papel de desmistificadora do fracasso escolar, entendendo o erro apresentado pelo indivíduo no processo de construção do seu conhecimento (Piaget), e as interações (Vygotsky), como fator importante no desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Foi na Argentina que iniciou, efetivamente, a prática da Psicopedagogia qual a conhecemos hoje. Na Argentina, foi criada a graduação em psicopedagogia, sendo esta uma profissão tão antiga quanto a psicologia, naquele país. Seu surgimento se

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