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PDCV - OBSERVAÇÃO DE CRIANÇA

Por:   •  2/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.230 Palavras (9 Páginas)  •  184 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO 

Este trabalho tem como objetivo, apresentar a terceira infância através de uma análise do desenvolvimento da criança, foi elaborado a partir de diversos autores e artigos estudados com a finalidade de explicar o desenvolvimento da criança e suas interações com o meio em que vive.

A terceira infância, os anos intermediários dos seis aos doze, num sentido biológico, associando a perda do dente de leite, ou em um sentido cultural, com o deslocamento do ambiente familiar para o escolar.

Neste período temos também o começo da puberdade, adolescência que perdura por cerca de dez anos, até que o indivíduo alcance a maturidade.

Essa fase é marcada pela aprendizagem e novas descobertas, as pressões no ambiente escolar tendem a dificultar e necessitam de atenção quanto às diferenças individuais como as de idade no processo do crescimento, além da criança progredir em forças e em capacidade, a parte intelectual e cognitiva também evoluem.         


  1. DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DE 6 A 12 ANOS

2.1 -         ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO ARNOLD GESSEL

Segundo Gesell, a criança de seis anos está numa fase “bipolar”, descobrindo seu novo ambiente, a escolha e a conciliação entre dois polos, tensões e hesitações, a compreensão de dificuldade e instabilidades.

A criança de sete anos, já começa uma fase dona de si, onde absorve e organiza as novas experiências culturais, estabelece relações mais firmes com os companheiros e os professores, é unipolar, está apta a aceitar o que recebe com menos desequilíbrio.

Aos oito anos, há um equilíbrio de trocas, a criança adquire um fundo de experiência mais sólido, a aptidão em dar e receber é maior, tem iniciativa e espontaneidade com o meio social.

Aos nove desprendem-se das prisões domésticas, saias maternas, vive da cultura de suas próprias escolhas. Entre os nove e dez anos, acentua-se a indiferença pelos mais velhos, quando se encontra afastada deles, a identificação com grupos juvenis, desencadeia o processo de desprendimento familiar, o que faz parte do crescimento normal.

Na idade dos dez anos, as diferenças entre os dois sexos vão acentuando-se, a tendência para segregação é bem definida, as meninas entram na puberdade um pouco mais cedo que os meninos, caracterizado por modificação nas proporções dos corpos, metabolismo e na parte endócrina.

A adolescência é quase tão longa quanto à infância e meninice juntas, a partir dos onze anos, do ponto de vista cultural é um período crítico, é uma altura da vida em que a juventude se inicia nas responsabilidades da cidadania e no significado do casamento.


2.2 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO HENRI WALLON

Na teoria de Henri Wallon, há cinco respectivas fases do desenvolvimento infantil, cada qual em uma respectiva idade com predominância afetiva e cognitiva.

É importante salientar as emoções têm papel preponderante no desenvolvimento indivíduo. É por meio delas que o indivíduo exterioriza seus desejos e suas vontades.

As transformações fisiológicas de uma criança revelam traços importantes de caráter e personalidade.

Segundo Heloysa Dantas, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, estudiosa da obra de Henri Wallon há mais 20 anos "A emoção é altamente orgânica, altera a respiração, os batimentos cardíacos e até o tônus muscular, tem momentos de tensão e distensão que ajudam o ser humano a se conhecer", explica:·.

“[...] As emoções, são a exteriorização da afetividade. Nelas que assentam os exercícios gregários, que são uma forma primitiva de comunhão e de comunidade. As relações que elas tornam possíveis afinam os seus meios de expressão, e fazem deles instrumentos de sociabilidade cada vez mais especializados.” (Wallon, 1995, p. 143).

Das cinco fases descritas por Wallon, usaremos de forma específica a 4°fase denominada por ele de Categorial.

Essa fase, dos seis aos onze anos é onde a criança passa a ter maior domínio do universo simbólico, ela consegue se dirigir a objetos que não estejam necessariamente presentes, operando e pensando sobre eles usando apenas a representação. Os progressos intelectuais dirigem o interesse da criança para as coisas, para o conhecimento, conquista do mundo exterior.

Desta forma Wallon, nos coloca a importância dos progressos intelectuais e sociais nesta fase para a formação do autoconhecimento da criança tanto quanto sua conquista de mundo exterior.

2.3 ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL SEGUNDO PIAGET

Na idade de sete anos, as crianças entram em um novo estágio de desenvolvimento cognitivo chamado de: Operações Concretas. As crianças são menos egocêntricas e podem usar o pensamento (operações mentais) para resolver problemas concretos (reais). Passam a pensar logicamente porque podem levar em conta vários aspectos de uma situação ao invés de focalizar apenas um. Nesse estágio ainda estão limitadas a pensar sobre situações do aqui e agora, não tendo a capacidade de pensar hipoteticamente. Por operações Piaget queria expressar fazer relação com poderosos esquemas internos abstratos, tal como reversibilidade, adição, subtração, multiplicação, divisão e seriação; sendo todas elas importantes no nos blocos construtores de um pensamento lógico.

Os avanços nas habilidades cognitivas são perceptuais ao ponto de que as crianças podem realizar diversas tarefas em um nível mais elevado, tendo melhor compreensão da conservação, da diferença entre aparência e realidade, e dos relacionamentos entre os objetos; elas são mais eficientes com números; e são mais capazes de distinguir fantasias da realidade.

A realidade será entendida pela razão e não pelo egocentrismo, a aceita com ela é, independente da sua vontade, desejo ou atividade.

Desta forma, o ingresso da criança no ensino fundamental constitui um ponto de transição importante em sua vida, sendo um período de inúmeras mudanças e influências que podem afetar o senso de produção e realização.

É neste percurso que a criança irá necessitar da rede de suporte externa constituída pela família, pela escola, comunidade e grupo de companheiros (Marturano, 2004). Artigo, p. 8.

A descoberta do mundo extrafamiliar, da importância de outros adultos significativos, dá valor a vínculos que estabelece com professores, tios, primos ou padrinhos.

No artigo, sobre o “DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE DA CRIANÇA: O PAPEL DA EDUCAÇÃO INFANTIL”, a autora faz um estudo juntamente com a Universidade de Ribeirão Preto SP, USP, e percebe que as crianças que não tem a família e recursos que a ajudem no seu desenvolvimento possivelmente passarão por grandes desafios e dificuldades, dependendo do seu desempenho poderá determinar o desenvolvimento intelectual e social de toda uma vida.

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