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PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO: DESCRIÇÃO DAS INTERVENÇÕES EM ESTÁGIO ACADÊMICO

Por:   •  30/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  3.092 Palavras (13 Páginas)  •  151 Visualizações

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Psicologia: Teoria e Prática 1999, 1(2): 64-70 64 PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO: DESCRIÇÃO DAS INTERVENÇÕES EM ESTÁGIO ACADÊMICO1 Leda Gomes Jumara Sílvia Van De Velde Vieira Universidade Presbiteriana Mackenzie Resumo: Este artigo tem como objetivos redimensionar os requisitos técnicos e a dimensão do saber a serem enfatizados na formação acadêmica do psicólogo, desenvolvendo-se compromisso social, habilidades analíticas interpessoais. A partir de discussões da literatura acerca das questões do cenário escolar e da identidade do Psicólogo Escolar fez-se uma análise descritiva dos estágios desenvolvidos entre 1994 a 1998 pelos estagiários da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Descreve-se as 304 instituições escolares e os respectivos projetos nelas desenvolvidos, categorizando-se as atuações realizadas respondendo-se às questões: onde, com quem e como tem-se trabalhado na área de Psicologia Escolar. Os resultados mostram que apesar dos esforços dos estagiários e dos supervisores as escolas ainda esperam dos Psicólogos que estes resolvam os conflitos diários de relações interpessoais e de alunos - problema. A atuação propriamente dita, realizada corresponde às mesmas demandas encontradas há dez anos atrás. Palavras-chave : Psicologia Escolar, Identidade do Psicólogo, Estágio Acadêmico. PSYCHOLOGY IN THE EDUCATION: DESCRIPTION OF THE INTERVENTIONS AT THE ACADEMICAL PROBATION. Abstract: This article has as objective the technical resize requirements and the dimension of the knowledge they be she emphasized in the psychologist's academic formation, being developed social commitment, abilities analytic interpersonal. Starting from discussions of the literature concerning the subjects of the school scenery and of the School Psychologist's identity made himself a descriptive analysis of the trainee developed between 1994 to 1998 by the trainees of the Presbiterian Mackenzie University. It is described the 304 school institutions and the respective projects in them developed, being classified the accomplished performances being answered to the subjects: where, with who and has been working him in the area of School Psychology. The results show that in spite of the trainees' efforts and of the supervisors the schools still wait of the Psychologists that this solves the daily conflicts of relationships interpersonal and of trouble-makers. The performance properly said, accomplished it corresponds to the same demands found ten years ago . Keywords: School psychology, Psychologist Identity, Trainee Academic. 1 Este tema foi apresentado no ***** Congresso Ibero-Americano de Psicologia em Junho de 1999, em Caracas , Venezuela. Introdução. “A Psicologia só pode ser, ou deve ser, como ciência, o conjunto de conhecimentos que nos permite conhecer e atuar sobre a vida humana e sobre um agente da mesma: o ser humano.” ( Bleger,1984: 213) Trata-se de uma reflexão teórico- prática sobre a atuação dos estágiários no contexto escolar preparando -se para ser Psicólogo Escolar. Busca -se responder as questões clássicas da Psicologia Escolar: “quem somos”, “onde Psicologia na Educação: Descrição das Intervenções em Estágio Acadêmico 65 trabalhamos”, “o que fazemos e o que vislumbramos para o futuro do nosso trabalho”. A prática da Psicologia na escola tem um caráter essencialmente social, articulado a outros fazeres da instituição (dos especialistas, dos professores, da administração, da família, etc.) e do contexto extra – escolar (pesquisadores, políticos, profissionais de diferentes áreas) resultando em um produto educacional coletivo (Del Prette e col.,1996). A partir dessa perspectiva o aluno da graduação em Psicologia – formação de Psicólogo da Faculdade de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie é levado a desenvolver sua capacidade analítica para aprender as múltiplas relações que caracterizam a instituição escolar e os agentes nela envolvidos. O estágio supervisionado de Psicologia Escolar organizado através de 170 horas de atuação dentro das escolas e cinco horas semanais de supervisão em grupo permite que o futuro profissional identifique necessidades e possibilidades de aperfeiçoamento das relações interpessoais e multiprofissionais e desenvolva capacidade instrumental (técnica e interpessoal) para participar de interações construtivas com todos os agentes. Além de analisar o tipo e grau de dinâmica da instituição escolar (a instituição como grupo e os grupos na instituição) o estagiário deve ser capaz de contribuir para criar condições de interação com e entre esses agentes, no sentido de (re)definir o projeto pedagógico da escola e o papel de cada um deles na consecução desse projeto. Deve-se propiciar ao estudante estagiário reflexão crítica do papel do Psicólogo na educação para que assim ele possa promover a capacidade crítica e criativa da própria instituição. O estágio supervisionado de Psicologia Escolar – Mackenzie têm se destacado por oportunizar as escolas o recebimento de serviços psicológicos, em caráter não clínico, contribuindo para que as mesmas possam alcançar de forma sadia seus objetivos. O estagiário intervém num cenário que já foi muitas vezes descrito na literatura. O professor é o agente que submete o aluno. Via de regra, este aluno é porta-voz das queixas sobre a "loucura" ou "burrice" dos mesmos. Atuar no contexto escolar é intervir num mar de despreparo, intransigência, estereotipias e massificação. O pedido da escola é por um diagnóstico escolar individual feito por testes de inteligência e prontidão que validem o que o professor já sabe de antemão que vai acontecer, ou seja, repetência e rótulos de deficiência mental ou " imaturidade" (GOLDEBERG, 1985 citada por ABROMOVICH,1985). "Fazer pensar, sem fugir para os escapismos; aprender com a experiência integrando-a como conhecimento; restringir ao necessário o uso da memória, previlegiando o pensar; cuidar do desenvolvimento e do equilíbrio emocional do aluno, ajustando -o quando for preciso, é isso que se espera de uma escola realmente comprometida com a sociedade" (SANCHES, SD:53). Orienta -se o aluno para tentar desenvolver temas psicopedagógicos e de desenvolvimento para criar condições para que o aluno possa desenvolver suas potencialidades e para que a escola seja genuinamente um lugar de pensar e crescer. Da mesma forma , LEITE,1979 , mostra as relações interpessoais enquanto produto e processo da educação, conforme descreve: "... a educação como processo de formação através das relações interpessoais; a educação como processo de preparação para Leda Gomes Jumara Sílvia Van De Velde Vieira 66 relações interpessoais". ( LEITE,1979:157) É neste nicho que os estágios encontram seu lugar preferencial de trabalho, uma vez que buscam aprimorar e desenvolver nos professores a função de agentes educativos e formadores de indivíduos capazes de estabelecer relações interpessoais saudáveis. Para tanto é necessário resgatar uma relação professor - aluno personalizada, com dinâmica própria e relações interpessoais intensas, vivificantes. Em seu artigo "Atuação do Psicólogo Escolar: alguns dados históricos" YASLLE, 1997 ilustra a história da Psicologia Escolar como uma transposição simples das práticas de consultório clínico, individual para o espaço escolar, uma vez que os psicólogos ainda vêem a área escolar como "uma atividade de passagem" para ganhar experiência profissional e se sentirem seguros para abrir sua clínica. Portanto, esses profissionais evitam atividades de um projeto mais amplo e institucional. Cabe o questionamento: isto hoje em dia ainda é verdadeiro? Yammamoto, 1990, fez um trabalho de pesquisa sobre a Psicologia Escolar em Natal e mostrou que poucos psicólogos vão para esta área (8,1%) e que o foco principal de trabalho é o aluno. configura-se um modelo clínico de atuação, como se o aluno devesse ser enquadrado, adaptado à escola de modo que deixasse de criar problemas. A mesma autora se refere a análise feita pelos profissionais que falam de faltas: falta de apoio institucional, de recursos materiais e o reconhecimento da indefinição da função do Psicólogo Escolar. Tendo ainda um papel eminentemente curativo e pouco preventivo. Além disso a Psicologia Escolar ainda teria um caráter secundário ou, melhor dizendo, seria um lugar onde o profissional "faria hora" enquanto espero pelo consultório, este sim uma atividade nobre. Caberia a pergunta: se não sabemos ainda quem somos, parece ser difícil explicar isto ao outro, muito mais para uma instituição inteira. Método. Amostra: durante os anos de 1994 a 1998, foram atendidas 304 instituições públicas e particulares,que compuseram a amostra estudada. Os estagiários de 9º e 10º semestres, sob supervisão de uma equipe que conta atualmente com sete supervisores, desenvolveram as atividades de estágio acadêmico de Psicologia Escolar. Procedimentos de coleta de dados: fez-se uma descrição do estágio através da categorização do conteúdo dos relatórios finais. Categorias: · tipo de instituição · clientela atendida · temas dos projetos desenvolvidos Procedimentos de análise dos dados: através de leitura flutuante os conteúdos categorizados, a partir das recomendações de BARDIN, receberam um tratamento estatístico por meio de frequência simples inter e intra categorias. Resultados. Foi possível analisar as angústias vivenciadas pelos estagiários tanto por sua inexperiência como pela (desmotivação geral dos profissionais de educação (equipe técnica – administrativa, docentes) e alunos. A análise temática das intervenções realizadas pelos estagiários objetivou redimensionar os requisitos técnicos e a dimensão do saber a serem enfatizados na formação acadêmica do Psicologia na Educação: Descrição das Intervenções em Estágio Acadêmico 67 psicólogo, desenvolvendo-se compromisso social, habilidades analíticas e interpessoais. Espera -se que esse levantamento possa contribuir no sentido de elucidar o que fazemos e promover reflexões sobre o estágio acadêmico supervisionado, tanto no que diz respeito ao aproveitamento das instituições, quanto no que diz respeito a como podemos aprimorar nosso trabalho de supervisão. 1.Caracterização das Escolas: “Onde trabalhou -se”. A nomenclatura utilizada para a caracterização das escolas é a indicada na Nova LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação em vigor no Brasil. A educação infantil corresponde ao que antigamente era denominado de pré-escola e representa 24,24% das escolas atendidas. Dentro desse percentual são 94,59% públicas, mantidas pelo município, ou seja, as antigas EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil), enquanto que apenas 5,41% são particulares. O Ensino Fundamental e Médio é o que anteriormente denominava-se de 1º e 2º grau, respectivamente, e representa 66,12% dos locais atendidos. No Brasil as escolas públicas que atendem essas idades estiveram divididas em EEPG (Escola Estadual de Primeiro Grau), EESG (Escola Estadual de Segundo Grau) e EEPSG (Escola Estadual de Primeiro e Segundo Grau). Da amostra total 31,58% dos atendimentos eram em escolas de 1º grau das quais 79,17% públicas e 20,85% particulares, seguindo a tendências das EMEIs, em que a maior freqüência dos estágios foi em escolas públicas. O ensino do antigo 2º grau representou 6,91% do total de estágios e também aqui repete-se a tendência, sendo que 76,19% dos atendimentos foi em escolas públicas e 23,81% em particulares. Algumas das escolas atendem ao 1º e 2º graus, sendo que correspondem a 27,63% da amostra total. E aqui novamente a maioria das escolas atendidas é pública, 83,33% delas, enquanto que 16,67% são particulares. Os outros atendimentos referidos dizem respeito a Orfanatos, Creches, Centros de Juventude e outros locais de convivência infantil e/ou adolescente; perfazem 9,54% do total de atendimentos, mas mantém-se a tendência anterior, com 89,66% das instituições públicas e somente 10,34% particulares. De um modo geral, se somados os valores, tem-se que 84,87% dos atendimentos foram em instituições públicas e 15,13% em particulares. Esses dados corroboram inúmeras pesquisas anteriores, mostrando a carência da rede pública no que se refere a atendimentos escolares especializados e também a abertura dessas instituições ao trabalho de estágio acadêmico. Procura-se com esse trabalho minimizar essa lacuna de modo que a atuação seja socialmente relevante e adequada tecnicamente. 2. Caracterização Da Clientela Atendida: “A quem serve realmente o psicólogo escolar”. Ao caracterizar-se a clientela, verifica-se a gritante discrepância entre a frequência de atendimentos exclusivamente a alunos, 54,67% e qualquer outra das categorias listadas. Essa ocorrência coincide com os dados apontados por YASLLE (1997) ao referir que a Psicologia Escolar enquanto área específica de atendimento se caracteriza por “ práticas ajustatórias”, ainda dentro de um modelo médico, uma vez que atender exclusivamente a alunos pode estar sendo entendido pela escola como Leda Gomes Jumara Sílvia Van De Velde Vieira 68 uma tentativa de ajustá-los ao que a mesma considera o ideal de comportamento e desempenho escolar. O segundo trabalho mais freqüente (16,67%) diz respeito a professores e pajens e alcança essa freqüência, provavelmente, devido às pajens, que, nas creches, são o alvo preferencial dos trabalhos. Nessas instituições evita-se o trabalho exclusivamente com as crianças, pois considera-se que os estagiários correm o risco de acabar fazendo o trabalho das pajens, que com freqüência procuram seduzir as estagiárias com as “gracinhas” dos bebês. O terceiro colocado é o trabalho com alunos e professores, mas atinge apenas 10,54% do total e costuma depender da “boa vontade” dos professores em participar, além do que em geral o trabalho com alunos é considerado um momento de “recreio” pelos professores que aproveitam para “fugir” para a Sala de Professores e fazer tarefas de sua rotina de trabalho. Todos os outros trabalhos que envolvem equipe técnica (direção, secretaria, coordenadores) são raros e os que envolvem comunidade mais raros ainda. Esses dados ajustam-se como luvas aos coletados por YAMAMOTO (1990) e apontam que quase 10 anos depois, pouco andamos em direção a um sentido mais comunitário e institucional e talvez seja esse o caminho em termos de perspectiva futura. Cabe ressaltar ainda que só em 0,34% da amostra foi realizado um trabalho “completo”, com alunos, pais, professores e equipe técnica, portanto em 395 atuações, apenas 1 contemplou todos os personagens do cenário escolar. 3. Temas Desenvolvidos: “De que modo contribui -se no processo e nas relações educativas”. Os temas desenvolvidos foram classificados: temas de relações interpessoais, orientação vocacional, temas de desenvolvimento, distúrbios de conduta, temas psicopedagógicos, pesquisa e outros. O tema Relações Interpessoais envolve os projetos que trabalham comunicação interpessoal, integração alunos/professores e motivação, e perfez 30,92% dos trabalhos, mostrando que a expectativa da escola seria “sossegar” os alunos, ainda dentro de um resquício do modelo médico, buscando “enquadrar” as crianças ou “tornar motivados” adolescentes, todos dentro de uma escola que está longe de ser atraente e desafiadora. É o que GOLDBERG (1985) chama de “escola - quartel”, na qual todos, alunos e professores, devem seguir ordens restritas e concordar com tudo o que é determinado nas relações verticais estabelecidas. Os temas psicopedagógicos (recreio dirigido, orientação a professores, aula de biblioteca) somam 25% dos trabalhos desenvolvidos e podem ser entendidos como o pronto-socorro para professores ou ainda atividades que ocupem crianças durante horários ociosos como as aulas de artes e/ou educação física. Quase empatados em terceiro lugar estão os Temas de desenvolvimento com 15,13% dos trabalhos e Distúrbios de Conduta, com 15,46% dos projetos permitem-nos construir uma analogia interessante. Os Temas de Desenvolvimento referem-se a adolescência, sexualidade e o crescimento em geral, enquanto que os Distúrbios de Conduta englobam trabalhos com indisciplina, agressividade e drogas. Ora, pode-se pensar que crescer está assemelhando-se a desvio, a distúrbio, como se a escola só conseguisse conter os pequenos, e só as crianças pequenas fossem “boazinhas” e controláveis, enquanto que os adolescentes são “doentes” e a descoberta Psicologia na Educação: Descrição das Intervenções em Estágio Acadêmico 69 da sexualidade, sua doença. Nesse sentido SANCHES (S/D) comenta a importância da escola ajudar o adolescente a encontrar sua identidade e questiona se a escola não estaria protegendo-se no conservadorismo e com isso distanciando-se da mudança constante da sociedade em que está inserida. A Orientação Vocacional, com 8,88% de freqüência é um recurso usado pelos supervisores nas escolas mais resistentes, uma vez que a mesma envolve apenas os alunos, sem qualquer envolvimento de professores ou equipe técnica. Dessa forma, para as autoras, é um sinal de que não foi possível fazer qualquer trabalho de ordem mais institucional. Conclusão: “O que se vislumbra para o futuro do trabalho”. Os resultados indicam que as escolas analisadas possuem pouca informação sobre o papel do Psicólogo Escolar, mas entendem que ele pode auxiliá-las como um “bombeiro” e um “calmante” nos conflitos diários de relações interpessoais e dos distúrbios de conduta dos alunos (distúrbios no conceito de professores e da escola e não da Psicologia como ciência). O Psicólogo Escolar é um “objeto de desejo”, pois as escolas, apesar de não contarem sistematicamente com este profissional, abrem suas portas aos estagiários, mas apresentam resistências para ações em um enfoque institucional, psicopedagógico com professores e comunitário. Os professores, apesar das atitudes favoráveis ao Psicólogo Escolar, têm expectativas de um trabalho clínico de alunos-problema. Verifica-se que os psicólogos ainda estão tentando analisar e desafiar a situação opressora que ocorre no interior das escolas, em função das mesmas e dele próprio ainda não compreenderem as diferenças culturais e de capacidades individuais. Assim, tanto Psicólogos escolares quanto as próprias escolas parecem ainda não saber como trabalhar com a heterogeneidade. Os prejuízos psicológicos conseqüentes das inadequadas ações de professores não podem sequer ser avaliados, confirmando a análise crítica já realizada por autores como Rogers e Bursztyn (1995). Pode-se afirmar que o foco das atividades desempenhadas pelos estagiários de Psicologia escolar na grande São Paulo correspondem às mesmas demandas do estudo de YAMAMOTO (1990) . Passados quase dez anos desta pesquisa vê-se que o Psicólogo Escolar não exerce ainda influência sobre as políticas sociais e educacionais que deveriam assegurar a criação de ambientes educacionais capazes de respeitar, valorizar e proteger crianças, adolescentes e suas famílias. As escolas não têm esse ambiente e o Psicólogo Escolar é um agente que reforça a ação discriminatória e pouco integradora. A angústia do estagiário apreendida e trabalhada em supervisão refere-se às contradições entre o seu pensar a atuação da forma estudada na graduação sob enfoque institucional, psicopedagógico e comunitário, e a prática possível, demandada sob pressão pela escola. Este estagiário aceita esse papel por sua inexperiência e pela desmotivação da escola em pensar sua prática e construir um projeto pedagógico coletivo. Referências Bibliográficas. ARIÈS. P. História Social da Criança e da Família. RJ, LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. ,1981, 2ª edição. Leda Gomes Jumara Sílvia Van De Velde Vieira 70 BLEGER, J. Psicologia da Conduta; Porto Alegre; Artes Médicas; 1984; 2ª ed. DEL PRETTE, Z.ªP. & DEL PRETTE; Habilidades envolvidas na atuação do Psicólogo Escolar/Educacional in: Weschler, S.M. (org.) Psicologia Escolar: Pesquisa, Formação e Prática; Campinas, Ed. Alínea; 1996. GOLDBERG, M.A. A. ; Que escola é esta? In: ABRAMOVICH, F. Ritos de passagem de nossa infância e adolescência: antologia; São Paulo; Summus; 1985. LEITE, D.M. Educação e Relações Interpessoais. In PATTO,M.H.S. Introdução à Psicologia Escolar. SP: T. A Queiroz Editor,1993, 3ª edição. ROGERS, M.R. & BURSZTYN, A.Cultural diversity in profissional awareness:Reaching a critical threshold at 50.The Scholl Psycholist, 49,4 SANCHES, D.; Pensando a relação professor-aluno; Mudanças – Estudos Psicossociais e Psicoterapia; Ano II, nº2. S/d. YAMAMOTO, O . H. ; A Psicologia Escolar em Natal: características e perspectivas; Psicologia Ciência e Profissão; Nº 2 - 3 - 4/90. YASLLE, E.G. A atuação do Psicólogo Escolar: alguns dados históricos; In: CUNHA et all Psicologia na escola um pouco de história e algumas histórias; São Paulo; Arte e Ciência; 1997. Contatos: Universidade Presbiteriana Mackenzie Faculdade de Psicologia Departamento de Psicologia Escolar e Institucional Rua Itambé, 145 – Prédio 16 - 1° andar Higienópolis – São Paulo – SP 01239-902 e-mail: psicologia@mackenzie.br

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