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Psicologia do envelhecimento: Uma introdução

Por:   •  8/7/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.516 Palavras (7 Páginas)  •  278 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Conforme elucidado no capítulo um do livro “Psicologia do envelhecimento: Uma introdução” de Ian Stuart-Hamilton, o processo de modernização favoreceu o fenômeno do envelhecimento principalmente por possibilitar que doenças que antes eram mortais fossem agora passiveis de crua ou ao menos um tratamento mais adequado, proporcionando menores índices de mortalidade infantil, além de melhorias no setor de saúde e de qualidade de vida. Porém uma maior expectativa de vida oportuniza uma mudança no padrão da sociedade onde a mesma passa a contar com uma população majoritariamente idosa (que não contribui com impostos e usufrui da sua aposentadoria) e de minoria ativa, o que interfere diretamente na economia e, portanto na vida em sociedade. Para tentar burlar tal efeito os governos procuram aumentar os anos de contribuição para conseguir a aposentadoria, porém tal medida causa insatisfação social já que em certa idade a pessoa já sente a necessidade de maior descanso, para finalmente aproveitar os frutos dos seus serviços, outro problema que está diretamente relacionada à questões de aposentadoria é o fato de não existir nenhuma medida fidedigna sobre o processo de envelhecimento, mas acredita-se que entre 60 e 65 anos é o momento em que se torna mais aparente o enfraquecimento das capacidades psicomotoras, porém apenas a idade cronológica, na maioria das vezes, não é indicador suficiente da velhice.

 Tal questão é mais complexa do que aparenta, afinal é de suma importância entender que os processos de envelhecimento físico estão intrinsecamente ligados aos de envelhecimento social e psicológico, sendo estes interdependentes. Por exemplo, questões genéticas podem inferir sobre o funcionamento do pulmão, enquanto um ambiente mais complexo pode propiciar maior utilização da cognição o que ajuda em um bom processo de envelhecimento. O que muitos procuram é o segredo para um envelhecimento saudável, e embora não exista, acredita-se que tentar manter um equilíbrio entre todos os aspectos da vida propiciam tal efeito.

O envelhecimento é considerado o ultimo estágio do processo de desenvolvimento na vida humana, tal andamento está inserido em um contexto de muitas mudanças físicas, psicológicas e sociais. Ele ocorre de maneira gradual, a partir de um processo de morte de células e replicação defeituosa das mesmas, além de um declínio das capacidades complexas, processos respiratórios, gastrointestinais, diminuição cognitiva e redução na quantidade de neurônios, bem como enfraquecimento dos ossos, aumentando também a probabilidade de uma possível dificuldade de bombeamento do sangue pelo corpo e para o cérebro. Tudo isso pode afetar o desempenho psicológico, além de interferir nos sentidos de visão, tato, paladar, olfato etc.

Tal etapa da vida é muito delicada e precisa ser analisada com atenção, já que ao perceber em si próprio um declínio de tais capacidades o idoso pode sentir-se angustiado e desenvolver uma depressão. É preciso também atentar-se a ideia de que muitas vezes sintomas que são entendidos como “da idade” podem ser na realidade uma máscara usada para camuflar uma doença.

No capitulo seis do livro “Psicologia do envelhecimento: uma introdução” o autor evidencia que mesmo não sendo exclusividade, eles estão mais propensos a desenvolver uma demência, que consiste em um dano no funcionamento intelectual que resulta em um comprometimento do sistema nervoso central. As demências podem ser muitas, porém as mais comuns afetam progressivamente a memória, habilidade intelectual e linguística. Pode ocorrer interferência também nas habilidades motoras e na personalidade, sendo de suma importância salientar que demência e velhice não são sinônimos, e essa doença não é inevitável nesse estágio da vida.

No mesmo capítulo, o autor destaca ainda o efeito que tal situação exerce nos cuidadores (maridos, esposas, filhos, etc.), já que na maioria das vezes não ocorre internação antes de um estágio terminal da doença. Sendo assim cabe aos familiares o processo de cuidado de um ente querido que não age mais de forma lucida. Este provavelmente é um processo angustiante, principalmente por ocorrer gradualmente, ao longo dos anos. É preciso também atentar-se para a questão do diagnóstico, já que várias demências compartilham sintomas, e é preciso encontrar um diagnóstico o mais preciso possível para oferecer um tratamento adequado ao idoso.

OBJETIVO:

O presente relatório tem como intenção verificar a qualidade de vida do idoso (caracterizado por idade à partir de 65 anos), utilizando  aplicação da escala EasyCare.

MÉTODO:

Conforme instruções do material apresentado em aula pelo professor, utilizamos a escala Easycare, que é um teste de autorrelato, para mensurar a qualidade de vida do idoso. Essa escala é de rápida aplicação composta por um questionário de 28 perguntas, sendo os itens de1 a 4 para avaliar incapacidade física, de 5 a 7 qualidade de vida percebida pelo sujeito, de 8 a 13 para avaliar a incapacidade geral, de 14 a 19 para avaliar mobilidade, de 20 a 22 cuidados pessoais, de 23 a 24 para avaliar o controle esfincteriano, sendo que de 8 a 24 questões sobre incapacidade. Conta ainda com uma escala geriátrica de depressão (EGD) que possui 4 itens (questões 25 a 28) e um teste de diminuição cognitiva (TDC) que possui 6 itens.

        O questionário foi aplicado em um senhor de 82 anos, de classe média/baixa, aposentado que reside no bairro Vila Americana em Volta Redonda, com sua esposa, que encontra-se dependente de seus cuidados devido a sua saúde fragilizada. Nosso entrevistado possui um filho, diagnosticado com esquizofrenia, que reside em uma casa cima da sua, porém possui pouca ligação afetiva e não oferece suporte aos pais, mas é financeiramente dependente dos mesmos. Sendo assim, todo o serviço da casa fica por conta do nosso entrevistado. Sr G. possui curso técnico de contabilidade, mas nunca exerceu essa função, aposentou-se como representante de vendas.

 Abordamos o senhor G. em um ponto de ônibus próximo a UFF, explicamos a proposta do trabalho, lemos para ele o termo de consentimento livre e esclarecido, questionamos se havia dúvidas, solicitamos sua assinatura e após obtê-la iniciamos a realização das perguntas. Sr G. mostrou-se desde o início muito solicito, todas foram prontamente respondidas e ao longo da entrevista sentiu-se cada vez mais à vontade para incluir mais detalhes sobre suas vivências.

RESULTADOS:

Após a aplicação do teste, os resultados foram analisados como se segue:

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