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Psicopedagogia

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Por:   •  21/5/2014  •  2.207 Palavras (9 Páginas)  •  790 Visualizações

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A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática

Trabalho solicitado pela docente Mônica Loiola da disciplina História da Psicopedagogia e formação Pessoal em Psicopedagogia, como requisito avaliativo do 1º Módulo do Curso de Pós-graduação em Psicopedagogia Clínico e Institucional.

Irecê

2008

RESENHA: A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática

BOSSA A., Nádia. Fundamentos da Psicopedagogia. In ______A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. P. 19-32.

BOSSA A., Nádia. A formação do Psicopedagogo no Brasil: uma especialização. In ______A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2007. p. 37-50.

CREDENCIAIS DA AUTORA

Nádia A. Bossa é Psicopedagoga, Mestre em Psicologia da Educação pelas Pontifícias Universidades Católica de São Paulo, PUC-SP, Doutora em Psicologia e Educação pela USP. No final da década de 80, e início dos anos 90, a referida autora passa de aluna a professora e depois de concluído o mestrado com uma dissertação que oficializava a existência da Psicopedagogia na PUC-SP, se tornou uma das grandes percussora da busca constante pela regulamentação da profissão do psicopedagogo no Brasil.

Obras da autora: Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como trata-los? Fracasso Escolar: um olhar psicopedagógico.

RESUMO DA OBRA

A resenha que será aqui descrita refere-se a uma análise crítica do primeiro e do terceiro capítulo da obra da autora.

No primeiro capítulo, Bossa apresenta o conceito do termo psicopedagogia. Seu conceito assinala de forma simples e direta uma das mais profundas e importantes razões da produção do conhecimento científico: o de ser meio, o de ser instrumento para o outro, tanto na perspectiva teórico, quanto na aplicada à prática do cotidiano.

A afirmação de que a psicopedagogia, historicamente, surgiu na fronteira entre a psicologia e a pedagogia merece maior atenção. Para se chegar a uma melhor conclusão desta proximidade, convém percorrer um caminho em que é preciso pensar sobre o seu objeto de estudo, sobre as teorias que, na interdisciplinaridade, embasam essa prática e sobre o seu campo de atuação.

As considerações com relação ao objeto de estudo da psicopedagogia sugerem que há certo consenso quanto ao fato de que ela deve ocupar-se em estudar a aprendizagem humana, porém é uma ilusão pensar que tal consenso nos conduza, a todos, a um único caminho.

É função da pedagogia pensar: O que é educar, o que é ensinar e aprender; como se desenvolvem estas atividades; como incidem subjetivamente os sistemas e métodos educativos; quais as problemáticas estruturais que intervém no surgimento de transtornos da aprendizagem e no fracasso escolar; que propostas de mudança surgem. O Sujeito que aprende é motivo de perguntas para o psicopedagogo, e destinatário de sua atividade profissional.

A definição do objeto de estudo da psicopedagogia passou por fases distintas. O objeto de estudo foi entendido várias formas; primeiro, era o sujeito que não podia aprender; segundo o fato do sujeito não-aprender é concebido e carregado de significados que explicam o seu não-aprender. A partir dessa perspectiva a evolução desta área de estudo passou a entender que o objeto de estudo é sempre o sujeito em processo de aprendizagem.

O trabalho do psicopedagogo pode ser preventivo e clínico. Podemos então falar em diferentes níveis de prevenção. No primeiro, o psicopedagogo atua nos processos educativos com o objetivo de diminuir a freqüência dos problemas de aprendizagem, tendo como trabalho as questões didático-metodológicas, bem como na formação e orientação dos profissionais da educação, além do aconselhamento dos pais. Num segundo momento, o grande objetivo é tratar os problemas de aprendizagem já instalados, criando um diagnóstico da realidade institucional e elaborando planos de intervenção baseados na realidade diagnosticada. E no terceiro momento, o grande objetivo é eliminar os transtornos instalados, a partir de um procedimento clínico com todas as suas implicações. No exercício do trabalho clinico, o psicopedagogo deve reconhecer a sua própria subjetividade na relação, pois se trata de um sujeito que estuda outros sujeitos.

Todo estudo sobre as aprendizagens humanas requer a necessidade de se construir teorias que fundamentam o aspecto psicopedagógico, embasando a prática tanto no que se refere ao preventivo, quanto ao clínico.

Os profissionais em psicopedagogia como quaisquer outros profissionais, sustentam sua prática em pressupostos teóricos muitas vezes distintos. A epistemologia genética e a psicanálise são necessárias para a teoria psicopedagógica, mas não se confundem com ela, cujo fim é dar conta da articulação inteligência-desejo. Considera-se que a psicopedagogia foi se materializando como um conhecimento independente e complementar, por assimilação recíproca das contribuições das escolas psicanalítica, piagetiana e da psicologia social de Enrique Pichon-Rivière.

Podemos caracterizar a psicopedagogia como uma área de confluência do psicológico, ou seja, a subjetividade do ser humano enquanto tal e do educacional, atividade especificamente humana, social e cultural.

O campo de atuação do psicopedagogo refere-se não só ao espaço físico onde se dá esse trabalho, mas também e em especial ao espaço epistemológico que lhe cabe, ou seja, ao lugar deste campo de atividade e ao modo de abordar o seu objeto de estudo. O trabalho psicopedagógico pode, certamente, ter um caráter assistencial. Isso acontece quando, por exemplo, o psicopedagogo participa de equipes responsáveis pela elaboração, direção e evolução de planos, programas e projetos no setor de saúde e educação, integrando diferentes campos de conhecimento. A psicopedagogia ocupa-se, assim, de todo o contexto da aprendizagem, seja na área clínica, preventiva, assistencial, envolvendo elaboração teórica no sentido de relacionar os fatores envolvidos nesse ponto de convergência em que opera. Historicamente a psicopedagogia nasceu para atender a patologia da aprendizagem.

No terceiro capítulo, Bossa sistematiza a formação do Psicopedagogo no Brasil, numa visão epistemológica como mudança

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