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Psicoterapias Psicodinâmicas Breves e Critérios Psicodiagnósticos

Por:   •  16/10/2018  •  Relatório de pesquisa  •  5.234 Palavras (21 Páginas)  •  162 Visualizações

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Psicoterapias Psicodinâmicas Breves e Critérios Psicodiagnósticos – Elisa Yoshida

Cap. 1 Atendimento de emergência, intervenção na crise e psicoterapias breves.

Categorizam-se em: Atendimento de emergência; casos onde em meio a um severo desequilíbrio e a pessoa ou as pessoas em seu meio correm risco. Nesse estágio, objetiva-se protege-los e restaurar seu contato com a realidade. Intervenção na Crise; casos que ainda não chegaram a emergência, mas que caminham param, visa-se restaurar o equilíbrio adaptativo do sujeito, anterior à crise, e quando possível, melhora-lo. Psicoterapias breves; que consiste na “Melhora do Padrão adaptativo dos pacientes”. As prevenções acabam por erradicar as emergências.

1.2 Precursores das psicoterapias atuais

a) Sigmund Freud Terapias de Freud que hoje podem ser consideradas breves, tratavam-se de casos de pacientes com queixas específicas ou com sintomatologia claramente configurada. Freud visava, sobretudo a análise e compreensão de sua etiologia, buscando a remissão dos sintomas. Eram tratamentos com fins específicos de ambas as partes, e quando alcançados, optava-se pelo fim do tratamento. A princípio, Freud reagia as dificuldades encontradas em análise, com alterações técnicas que lhe permitiam melhores acessos ais processos inconscientes. Mas a medida que se convencia da natureza fantasiosa das situações traumáticas e da importância dos conflitos intrapsíquicos nas expressões transferenciais, mais e mais reagia com uma atitude passiva, adotando a associação livre como regra de conduta.

b) Sandor Ferenzi Firenze propunha além da análise dos conteúdos verbais e das associações do paciente, uma observação sistemática dos elementos formais, ampliando a teoria dos atos sintomáticos proposta por Freud. Propunha a observação de todas as alterações corporais como ritmo respiratório, entonação da voz, movimentos involuntários etc. de forma que todas devessem ser compreendidas do mesmo modo que a comunicação verbal. Discutiu problemas como decorrentes do uso abusivo de associação livre, quando utilizada a serviço da resistência, silêncios prolongados e questionamento do paciente sobre a validade da associação livre. Em seguida, desenvolveu a “técnica ativa”, que consistia em injunções feitas aos pacientes no sentido de dar um novo impulso ao tratamento temporariamente estagnado pela ação das resistências. Através de observação atenta, o analista identificaria para onde se desloca a libido, anteriormente investida na relação transferencial e, então, intervir, procurando criar uma tensão ótima capaz de remover as barreiras e continuar o processo. As injunções consistiam em induzir maior atividade no paciente, ora levando a enfrentar situações ansiógenas, provocando o desencadeamento de fantasias, tornando-as acessivas à análise, ora o proibindo de certas atividades que propiciavam gratificações e que por isso funcionavam como obstáculos ao trabalho. Tempos seguintes, Firenzi reconheceu que a técnica ativa despertava maiores resistências na medida que o paciente era defrontado com situações ansiógenas e que dependia de um bom vínculo com o terapeuta, pois mesmo que tivesse, corria risco de fracasso.

c) Otto Rank Dentre suas contribuições, destaca-se a do “Trauma do Nascimento” que diz que a perda da condição paradisíaca do feto no útero acarretaria a primeira situação de ansiedade,

sendo designada como “ansiedade primordial”. Rank abandonou tal noção em seguida, e focou na questão de separação-individualização, limitando o tempo de análise que pretendia favorecer a elaboração dos conflitos e ansiedades relativos às situações de separação. Por fim, Rank viria a defender o conceito de terapia da vontade, segundo qual o terapeuta deveria mobilizar a vontade do paciente no processo terapêutico, visando acelera-lo. Propõe também substituir o nome da técnica por “Motivação para mudar”. Verifica-se que Rank defendia algo próximo ao que hoje se entende como critérios das psicoterapias breves.

d) Franz Alexander e Thomas M. French Procuravam por a prova certos pressupostos tidos como inquestionáveis até então, como a profundidade da terapia, relacionada a sua duração, frequência, prolongamento da terapia etc. Consideravam a doença mental comi decorrência do fracasso do ego em sua tarefa de assegurar as necessidades do indivíduo, e entendiam a terapia como “readaptação emocional” Procuravam encontrar um procedimento terapêutico para cada caso em vista das condições adaptativas de cada um, fazendo nascer o “Princípio da Flexibilidade”. Propunham a alteração da frequência das sessões de acordo com a necessidade, assim como o controle das relações transferenciais, a fim de se evitar regressões que acabem por exacerbar as dependências das resistências levando ao prolongamento desnecessário da análise. A “Experiência emocional corretiva” consistia em reexpor o paciente em circunstâncias mais favoráveis a situações emocionais que não pode resolver no passado. Defendia que a recuperação de lembranças reprimidas na infância era sinônima de progresso. Propunha um planejamento do tratamento baseado na avaliação diagnóstico-dinâmica da personalidade do paciente e nos problemas reais que este tem de enfrentar na sua vida.

Cap. 2 Psicoterapias Psicodinâmicas da Atualidade

a) David H. Malan Malan apresenta os princípios básicos da psicoterapia dinâmica; análise da resistência, interpretação transferências, reconstrução genética, interpretação de sonhos e fantasias, , conceitos encontrados a partir de uma busca pela técnica original de Freud. Possui posição face a face e atitude ativa do terapeuta que procura manter a focalização sobre os elementos da hipótese psicodinâmica de base.

b) Peter E. Sifneos Responsável pela Psicoterapia Breve Provocadora de Ansiedade, indicada para casos de os sintomas neuróticos são claramente delimitados e onde a problemática edipiana está em primeiro plano, como nas fobias e formas brandas de neuroses obsessivas. O início do processo consiste em solicitar ao paciente que escolha entre suas dificuldades emocionais, a que considera prioritária. A seguir, o terapeuta levanta o histórico de vida do paciente afim de formular uma hipótese psicodinâmica para compreender os conflitos emocionais subjacentes a aquela dificuldade Busca formular questões provocadoras de ansiedade que estimulem o paciente a examinar áreas do conflito emocional, que de outra forma evitaria. A sessões ocorrem em posição face á face de

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