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RESENHA DO ARTIGO: INTERFACE PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Por:   •  4/10/2015  •  Resenha  •  1.408 Palavras (6 Páginas)  •  1.920 Visualizações

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RESENHA DO ARTIGO: INTERFACE PSICOLOGIA SOCIAL E SAÚDE: PERSPECTIVAS E DESAFIOS

Trabalho apresentado como parte integrante da disciplina Psicologia Social, do Curso de Psicologia da Universidade Paulista – UNIP,

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho é uma resenha sobre o Artigo: “Interface Psicologia Social e Saúde: Perspectivas e Desafios”, de autoria da Professora Marta Traverso Yépez (2001). O texto trata sobre uma reflexão sobre as práticas de saúde e as dificuldades da psicologia de se inserir como campo interdisciplinar de intervenção nessa área.

Marta Traverso Yépez é Professora do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e aborda neste artigo sobre: psicologia e saúde; o resgate da subjetividade e da relação dialógica profissional-paciente e conclui com a abordagem sobre a Psicologia Social e sua interface na área da saúde.

Pontua que, apesar de muito se falar do modelo biopsicossocial, observa-se que se continua privilegiando a etiologia biologicista, a concepção fragmentada de saúde e o caráter impositivo e normatizador da visão positivista de ciência, esquecendo-se a relevância dos aspectos sociais, psicológicos e ecológicos como mediadores dos processos saúde-doença.

Em sua pesquisa para a elaboração deste artigo a autora verificou a existência de duas linhas de argumentação: a primeira que atribui à ciência um poder simbólico ilimitado, constituído de “verdades” absolutas e a segunda que é uma visão alternativa, fornecida pelo denominado “novo paradigma” ou “paradigma pós-moderno”, que desmitifica o papel da ciência e aponta para uma redefinição dos tradicionais pressupostos epistemológicos “modernos” de neutralidade, objetividade e generalização.

A primeira é a abordagem da ciência natural, que equipara a psicologia ao campo das ciências físicas e naturais e está à procura de uma versão única e verdadeira da realidade. A segunda é a abordagem humanística, que estuda comportamentos e experiências, almejando desvelar significados e interpretações subjacentes, e reconhece a peculiaridade e complexidade da experiência humana.

2. DESENVOLVIMENTO

A Professora Martha Traverso Yépez inicia abordando que: sofrimento e doença, bem como o processo de envelhecimento e a morte, fazem parte da existência humana e que os significados e os sistemas de explicação com relação a esses fenômenos naturais não se reduzem a evidências orgânicas, mas estão intimamente relacionados às características de cada sociedade e cada época condicionando também as próprias práticas de saúde aplicadas. Explica que a permanente presença da doença e do sofrimento no cotidiano das pessoas tem gerado a tendência natural de pensar a saúde em termos de “ausência de doença”, ou seja, como ausência de sinais objetivos de que o corpo não está funcionando adequadamente, além disso, o estudo sistemático da saúde tem estado estreitamente ligado ao desenvolvimento da medicina como ciência.

O significativo aumento do conhecimento médico durante os séculos XVIII e XIX, junto com a crença na divisão cartesiana do corpo e mente como entidades separadas priorizava o orgânico e propunha que toda doença ou desordem física poderia ser explicada por alterações no processo fisiológico resultante de lesões, desequilíbrios bioquímicos, infecções bacterianas ou virais e similares e, não obstante, a interação entre os aspectos orgânicos, psicológicos e sociais do adoecer e do recuperar-se tem sido permanente preocupação dos “médicos filósofos”, desde a época de Hipócrates.

No início do século XX, os trabalhos de Freud, apontando o papel de conflitos emocionais na aparição de sintomas que não mostravam nenhuma causa física imediata, geraram, a partir da década de 30, toda uma linha de desenvolvimento teórico da denominada Medicina Psicossomática. Inicialmente, esta se baseou apenas em interpretações psicanalíticas, mas reconheceu-se posteriormente sua maior complexidade. Apontavam especialmente para os efeitos da exposição prolongada a situações de estresse e para as reações do organismo – permeadas sempre pela subjetividade da pessoa - as quais, no entanto, mostram a estreita conexão entre o sistema imunológico, o sistema endócrino e o sistema nervoso central e, apesar desse desenvolvimento paralelo, o modelo biomédico tornou-se hegemônico, durante o século passado, estando presente na maioria das práticas de saúde. Considerando o modelo que a doença é um problema do “corpo”, só os seus aspectos orgânicos são reconhecidos, enquanto dimensões psicológicas, sociais e ambientais tendem a ser deixadas de lado, apesar de serem aspectos que podem influenciar tanto na origem quanto a manutenção, evolução e prognóstico do processo de adoecer.

Não obstante, são as mudanças no processo do adoecer, nas últimas décadas (diminuição de doenças infecciosas decorrente de medidas preventivas e aumento das denominadas doenças crônicas) que vão deixar mais claro o papel dos aspectos psicológico

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