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Resenha Critica - Gestão De Pessoasl - Subjetividade

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Por:   •  3/10/2013  •  985 Palavras (4 Páginas)  •  819 Visualizações

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Resenha 1º capitulo do livro "Gestão com Pessoas, Subjetividade”

DAVEL, E. & VERGARA, S.C. Gestão com Pessoas, Subjetividade e Objetividade nas organizações. In: DAVEL, E. & VERGARA, S.C. (org.) Gestão com Pessoas e Subjetividade. São Paulo: Editora Atlas, 2001. p 31-56.

Esta obra é um livro que retrata o trabalhos de diversos autores de diferentes linhas de atuação em universidades no Brasil, no Canadá, na França e na Inglaterra. Cada autor apresenta uma das diversas formas em que a subjetividade interfere nas organizações contemporâneas, especificamente na sua gestão. Em seu conjunto, são abordadas as questões relacionadas à inovação, à cognição, ao poder, ao conhecimento, à comunicação, à interioridade, ao prazer, à emoção, ao gênero, ao amor, à família, à cultura brasileira e à cultura estrangeira.

No primeiro capítulo do livro Gestão com Pessoas e Subjetividade, os autores apresentam os dilemas e tensões enfrentados pela gestão de pessoas no que diz respeito à importância de gerir equilibradamente a subjetividade e a objetividade das pessoas de uma organização.

O capítulo é estruturado em cinco partes: a introdução e mais quatro seções. Na introdução, os autores discutem sobre a relevância das qualidades humanas, como criatividade e inovação, além da capacidade de combinar emoção com razão, subjetividade com objetividade para o sucesso das organizações.

Na primeira seção, focaliza-se a questão da objetividade. Os autores mostram que a objetividade, normalmente atrelada ao “ter”, tem, historicamente, orientado a gestão de pessoas, não deixando muito espaço para que as questões subjetivas possam também contribuir e exercer seu papel. A gestão de pessoas tradicional conhecida como Administração de Recursos Humanos (ARH) da década de 70, fundamentada pela psicologia industrial e pelos modelos teóricos do behaviorismo e da psicologia organizacional, contribui para construção de uma visão racional, objetiva e normativa dos indivíduos nas organizações, privilegiando um tratamento às pessoas como recursos disponíveis para a produção de bens e serviços. Assim, sob a demasiada influência do modo “ter”, as pessoas são transformadas em objetos dos quais a organização dispõe, e suas relações tomam o caráter de propriedade.

Na segunda seção apresentam as tensões geradas pela valorização excessiva das questões objetivas e a distância entre o discurso e a prática na gestão de pessoas, bem como a possibilidade de abertura para outras perspectivas além das privilegiadas pela objetividade. Os autores criticam as contradições inerentes às funções atuais da gestão de pessoas que demandam dos indivíduos simultaneamente atitudes individualistas, empregabilidade, adaptabilidade e, também, atitudes coletivas para trabalhar em equipe, comprometimento, adesão a uma cultura forte, qualidade.

Já na terceira seção, Davel e Vergara (2001) privilegiam a questão da subjetividade com a finalidade de ressaltar sua importância no processo de atualização e renovação da gestão de pessoas em organizações. Enfatiza-se nesta seção que a dimensão subjetiva torna-se fundamental nesse panorama de mudanças radicais e adaptações drásticas do mundo contemporâneo. Porém, ressalta-se que a subjetividade não deve está dissociada da objetividade. “Modos de conceber a realidade pela via do ‘ter’ não excluem aqueles que se orientam para o ‘saber ser’” (DAVEL & VERGARA, 2001, p. 33). E a valorização excessiva de um modo em detrimento do outro promovem situações problemáticas, como podemos observar em diversas organizações. Conforme é dito na terceira seção do capítulo, uma gestão de caráter normativo de modelos e técnicas e obsessão pela eficácia, pelo desempenho, pela produtividade, pelo rendimento em curto prazo ressaltam um tipo de tratamento aos seres humanos desprovidos de conteúdo ético, filosófico e auto-reflexivo.

Davel e Vergara (2001) concluem o capítulo convidando os gestores a combinarem exterioridade e objetividade com as sutilezas e sensibilidades subjetivas, a fim de serem

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