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Resenha Crítica do livro: O Alienista

Por:   •  16/9/2022  •  Resenha  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  197 Visualizações

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Resenha Crítica do livro: O Alienista

Dr Simão Bacamarte, o alienista, era um médico vindo da Europa para o Brasil que decidiu morar em Itaguai, onde com apoio de políticos abre um manicômio chamado Casa Verde para realizar estudos e pesquisas.

Num primeiro momento a Casa Verde recebe casos de loucos da cidade e da região, porém o Dr Bacamarte passa a observar os moradores da cidade e começa a interná-los por diversos motivos, como por exemplo o senhor Costa, que havia recebido uma grande herança e emprestado dinheiro a várias pessoas até ficar pobre, culminando na internação da própria esposa do alienista porque ela estava acordada numa noite sem saber que colar usar numa festa.

Com o passar do tempo toda a cidade passou a temer o alienista, então houve uma mobilização de diversas pessoas para fechar a Casa Verde e acabar com os desmandos do alienista, porém esse movimento acaba com todos envolvidos na manifestação também internados como loucos.

Em um determinado momento Dr Bacamarte percebe que sua teoria sobre a loucura estava errada, visto que mais da metade da população estava internado, então ele decide libertar a todos.

Surge, então uma nova teoria da parte do alienista, que passa a internar todos as pessoas que pareciam muito corretas e sem nenhum desvio de caráter ou conduta, porém depois de muitas internações novamente o alienista percebe estar errado.

Por fim Dr Bacamarte se interna sozinho na Casa Verde, pois se considera diferente de todos e por isso louco, e passa a estudar a si mesmo.

Com o breve relato da história “O Alienista”, podemos pensar no levantamento de hipóteses do Dr Bacamarte e refletir sobre a história da loucura, quantas hipóteses e crenças já nortearam esse assunto da idade média até os dias atuais. Na Idade Média o louco era visto como alguém que tivera uma experiencia mística, fato que até hoje ainda existe em determinados lugares do mundo. Depois no período do Renascimento, surgiram as naus dos loucos, onde os “loucos” eram retirados dos centros urbanos e embarcados para navegar sem rumo. E no final do sec XVIII a loucura passa a ser entendida como doença mental.

Além disso o texto nos traz a reflexão sobre a definição de loucura, visto que o alienista primeiro interna pessoas ditas loucas pela sociedade e depois cria outras teorias a respeito da loucura. Assim foi o desenrolar da história da loucura até os dias atuais, e cabe aqui refletir quem é que define o que é ou não é ser louco, visto que esse conceito tende a mudar conforme a sociedade da qual estamos falando. O que é a normalidade e para que ela serve, ressaltando que pensar em normalidade nos leva a pensar sobre controle e regras.

Por fim, cabe refletir sobre a questão do manicômio representado na história como a Casa Verde, lugar de exilio e confinamento, olhando novamente para história e pensar sobre este o modelo institucionalizado que transforma o internamento num procedimento terapêutico. Os manicômios tomaram o lugar dos leprosários, que numa determinada época já não faziam mais sentido existir, uma vez que a lepra foi praticamente erradicada da sociedade, esses espaços foram posteriormente utilizados para internação de pessoas ditas impuras e com doenças venéreas para depois se tornarem os manicômios, onde não

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