Resenha De Brilho Eterno De Uma Mente Sem Lembrança

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

A cena escolhida e a que Joel procurar os serviços do Dr. Miezwiak para apagar a o que ele viveu com a namorada da mente dele onde começa todo procedimento através de um aparelho que capitando as sinapses onde no inconsciente apaga as lembranças que se quer, e percebemos como ele vê a Clementina não é apenas consciente, mas especialmente como ela aparece no seu inconsciente. Ele vivencia as estórias vividas que já não lembrava mais, e nessa parte do filme podemos ver como ele a constituiu no inconsciente. E o inconsciente trás experiências vivenciadas, mas profundas do seu relacionamento quando a vemos falar e interagir com ele, na verdade estamos vendo a marca profunda que ela deixou em seu inconsciente, ou seja, tudo ali é ele, é a forma que Joel percebe o mundo com ela. Em um dado momento nessa jornada o entendimento de que o procedimento de exclusão da memória ou de sua vivencia com ela esta sendo realizado faz com que ele tente criar meios para confundir o sistema, pois se arrepende de ter desejado apaga-la.

Na teoria de Freud diz que repressão consiste em afastar determinada coisa do consciente mantendo a distancia, no inconsciente, e o caso do Joel, ele mantém Clementina no inconsciente. A repressão afastada da consciência, em evento, ideia ou percepção é potencialmente provocadora de ansiedade, e impede dessa forma qualquer “manipulação” possível desse material, entretanto o material reprimido continua causando problemas que não e caso de Joel ele deseja manter as lembranças boas de Clementina. No filme ele tenta se esconder com Ela em partes de sua memória em que o programa não poderá alcançar já que o mapeamento realizado considerou um encadeamento de lembranças vividas com ela através de objetos cheiros, locais... É desse desejo inconsciente de estar com ela que o faz buscá-la mesmo depois que o procedimento é concluído com sucesso ainda que em tese já tivesse esquecido.