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Resenha Nunca lhe Prometi um Jardim de Rosas

Por:   •  9/5/2016  •  Resenha  •  1.196 Palavras (5 Páginas)  •  3.121 Visualizações

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Nunca lhe prometi um jardim de rosas de Hannah Green

        

No livro Nunca lhe prometi um jardim de rosas, Hannah Green conta a percurso seguido por Deborah, uma adolescente de dezesseis anos, ultimada a um hospital psiquiátrico, diagnosticada com esquizofrenia. O tipo de esquizofrenia que a garota possui nomeia-se por esquizofrenia hebefrênica, caracterizada por um pensamento desorganizado com um discurso incoerente, adjunto de um comportamento imprevisível, afeto superficial e inadequado, usa-se de maneirismos e há um embotamento afetivo com perda da volição.

Nos primeiros anos de vida de Deborah, era fácil o reconhecimento de vários sinais da doença, tratava-se de uma criança que não conseguia fazer amizades, e por vezes,  mal interpretada pelos professores, uma vez que haviam déficits, tanto na comunicação quanto na concentração nas aulas, não havia um bom convívio social na colônia de férias, isolando-se e, muitas vezes, era subjugada e prejudicada por outras crianças ou até mesmo por ela mesma.

O convívio familiar de Deborah eram os pais, uma irmã mais nova e os avôs. O pai, um homem passivo, rendia-se aos gostos da esposa, muito astuciosa em seu discurso, a vida a dois representava-se apenas pelo fato de se consolarem, porém, isoladamente, de as suas dores e das suas frustrações. O avô, um senhor de personalidade forte e impositiva, judeu, e tinha um grande afeto por Deborah. A irmã era é outra figura passiva da história, por ser uma criança “normal”, e deixada por decorrência dos problemas de Deborah. Os pais buscavam esconder o constrangimento de dizer aos família aos familiares intervenção da filha no hospital psiquiátrico, aduzindo que a garota encontrava-se em uma escola para convalescentes ou, por vezes, em uma clínica de repouso.

Por conseguinte, Deborah começou suas sessões, semanalmente, com a Dr. Fried, psiquiatra do hospital, de modo que, contou sobre sua infância, seu delírio e sobre o mundo aludido “Yr”, onde ela deu o nome de Furii à doutora.

Aos cinco anos de idade, Deborah fez duas operações, retirando um tumor no aparelho urinário, neste episódio existiu uma situação traumática para a adolescente, vista pela mesma com uma “estrutura psicótica”, uma experiência de muitas interpretações, compreendida como um tipo de violência sexual, de tal modo que a garota se sentia suja, tornando-se o tumor, ela própria.

Deborah narra a Dra. Fried que, anteriormente a ser internada para a cirurgia, sonhou que estava em quarto branco com uma janela aberta voltava-se a céu azul e luminoso, com uma nuvem branca e formas curiosas. No parapeito da janela, havia um vaso onde crescia um gerânio vermelho, e uma voz suave lhe disse palavras de esperança. Imediatamente, o céu se tornou escuro e uma pedra foi lançada ao vaso que se quebrou e a flor perdeu suas pétalas e despedaçou-se. Depois disso Deborah sabia que algo iria acontecer. Foi quando visualizou um vaso caído e despedaçado na rua, o qual havia uma flor vermelha emaranhada nas raízes com o talo partido, o que denotou para ela a confirmação de que ela era diferente, de que possuía uma doença.

Após esse incidente Deborah passa a acreditar na coexistência de “ “Yr” e via-se como alguém que possuía um veneno, um veneno inerente ao seu ser, era um veneno para mente, chamado por ela em “Yr” de “nganon”, que contaminava a todos que se aproximassem afetivamente dela”.

E, em “Yr” havia personagens: Ela era o ‘Pássaro-um’ e transformavam-se na criatura imaginária, os seres humanos eram amaldiçoados, e cometiam erros e não ela, de forma ambivalente, estando dividida entre amor e ódio. Anterrabae o Deus Cadente, zombava dos sentimentos de Deborah. Coletor era quem se incumbia das críticas a ela. Censor interpunha-se entre suas palavras e ações para proteger o segredo da existência de Yr, à prevenia. Lactamaeon era o Deus Negro que vivia resmungando os seus conceitos cruéis sobre ela, também era com ele quem ela ria e recitava poesias fazendo com que ela se mobilizasse. Idat, a Dissimuladora, que apareceu na forma de uma mulher, belíssima, ao mesmo tempo rainha e vítima dessa beleza.

Cada um destes personagens e suas representações são o próprio inconsciente de Deborah. Para ela existe muita dificuldade em se desprender dessas amarras porque o mundo antes de “Yr” era para ela cinzento e desolado. “Yr” trouxe um mundo de cores e de liberdade, porém, sendo modificado com a vinda do Censor, o que a fez pensar na escolha entre esse mundo e o real, o que foi proposto e compartilhado como possibilidade de uma “mudança” de mundos com a ajuda da Dr. Fried. O papel da psiquiatra aqui consiste no fato que que com ela Deborah pode descobrir os fatores que podem-na fazer considerar o mundo real bom, e que “Yr” foi criado por ela mesma à sua imagem e semelhança. Deborah penalizava-se em relação a irmã, criando uma memória onde tinha tentado jogá-la da janela do quarto, ainda bebê, com a terapia conseguiu descobrir que esse episódio não passou de uma criação da sua mente na infância, por que sentia ciúmes da irmã recém-nascida.

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