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Resenha do Documentário em Nome da Razão

Por:   •  7/12/2020  •  Resenha  •  675 Palavras (3 Páginas)  •  620 Visualizações

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      UFSJ- UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI[pic 1]

   Estudo Dirigido da disciplina Psicologia Comunitária, sobre o filme:

Em Nome da Razão

    Aluna: Helaine Silva Borges

A Psicologia Social Comunitária visa enfatizar em termos políticos o questionamento e modos de combater formas de opressão e de dominação, assim, no ponto de vista da saúde mental, visa resgatar a subjetividade e a individualidade dos sujeitos, principalmente em um contexto no qual o cidadão desaparece sob o indivíduo doente, isto é, referir-se aos doentes mentais como doentes mentais e não como pessoas com problemas mentais ou como portadores de transtornos mentais

No que tange aos termos de valores, os trabalhos de psicologia comunitária aponta a compreensão dos problemas para a transformação da realidade vivida com ênfases na ética da solidariedade, nos direitos humanos fundamentais e na melhoria da qualidade de vida da população no sentido de estabelecer as condições para o desenvolvimento pleno da cidadania (democracia e igualdade).

No entanto, fazer psicologia comunitária é estudar as condições (internas e externas) ao homem que o impedem de ser sujeito e as condições que o fazem sujeito numa comunidade, ao mesmo tempo que, no ato de compreender, trabalhar com esse homem a partir dessas condições, na construção de sua personalidade, de sua individualidade crítica, da consciência de si (identidade) e de uma nova realidade social.

A expressão Psicologia comunitária surgiu em decorrência da atuação de profissionais junto a populações carentes, essas atuações eram praticadas com forte apelo assistencial. Assim, médicos e psiquiatras por fora da universidade e preocupados com a saúde pública e com uma ação preventiva criaram os Centros Comunitários de Saúde Mental (1970). Porém que os médicos detinham todo o poder, o que resultou em grandes números de hospitais Psiquiátricos e posteriormente, culminou na necessidade de uma reforma no âmbito da saúde mental e a psicologia comunitária apresentou uma proposta indicadora de discurso crítico acerca do processo de reforma e/ou Saúde Mental.

A Reforma Psiquiátrica, desencadeada no final da década de 70, se apoiou em modos de interpretação e em informações críticas que instrumentalizaram o processo de transformação social que se configurou através da ação dos profissionais de saúde mental.

A cultura crítica emergente era referente aos modos de atuação produzida nos manicômios, ou seja, à segregação dos doentes mentais e ao autoritarismo no âmbito das instituições psiquiátricas. Assim, a reforma psiquiátrica seria uma expressão de mudança institucional democratizante.

A reforma psiquiátrica levantou o debate a respeito da desinstitucionalização, ou seja, descontruir o modelo terapêutico que se apoiava uso indiscriminado de psicofármacos e no isolamento dos doentes mentais em hospitais psiquiátricos. Convém dizer que o ano de 1979 é um marco importante neste período de reforma, pois foi quando o psiquiatra italiano Franco Basaglia visitou o Brasil e apontou que para resgatar a cidadania do doente mental, seria necessário a progressiva extinção dos manicômios.

A realidade da assistência psiquiátrica hospitalar brasileira que veio a público converteu-se em crônica de horrores, dadas as condições indignas que eram ofertadas aos usuários.  Seu realismo foi registrado e comentado pela mídia, como por exemplo, o filme “Em nome da razão” de Helvécio Ratton que retratava as condições indignas de vida e tratamento dos pacientes do Hospital Colônia de Barbacena (MG).

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