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Resenha do Livro Memórias, Sonhos e Reflexões, de Carl G. Jung.

Por:   •  20/11/2022  •  Resenha  •  765 Palavras (4 Páginas)  •  133 Visualizações

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Jung, C. G. (2016). Memórias, sonhos, reflexões. Nova Fronteira.

Em relato autobiográfico, Carl Gustav Jung (2016) compartilha seu caminho na concepção de sua teoria, a partir de acontecimentos de sua vida pessoal, acadêmica e profissional. Para tanto, a obra é rica em casos clínicos, sonhos e seus significados e seu relacionamento com Sigmund Freud, criador da psicanálise – escola que embasou a psicologia analítica de Jung. Dessa forma, a presente resenha contempla três capítulos chave da obra, descritos a seguir: Atividade Psiquiátrica, Sigmund Freud e Confronto com o Inconsciente.

Atividade Psiquiátrica

Jung inicia sua trajetória profissional na clínica psiquiátrica de Burghölzli da universidade de Zurique, tendo ali o contato com doenças mentais e respectivas técnicas. Jung relata que o ensino médico ao qual ele passou buscava abstrair a personalidade do doente, focando números e estatísticas – um tratamento técnico. Diante deste modelo e constatando lacunas na condução do tratamento, Jung nota a importância da subjetividade e da história de vida do paciente, para além de sua doença. Além disso, identifica a necessidade do repertório cultural do terapeuta, de modo a compreender as expressões do paciente.

A partir disso, Jung entra em contato com a teoria psicanalítica através dos estudos de Freud sobre histeria e sonhos. Assim, ele inicia a investigação sobre a individualidade, a qual se manifesta nos sonhos como narrado na obra por diversos casos clínicos. Em um deles, apresenta o episódio do pretendente a analista que chega na clínica sem conteúdo a trabalhar; porém, quando este paciente traz um sonho, Jung constata uma psicose latente.

Foi também através de sonhos que Jung concebe conceito de sincronicidade, descrito por ele como eventos isolados que coincidem entre si, como no episódio em que Carl tem seu inconsciente conectado ao suicídio de um paciente. Junto com a sincronicidade, aparece também nessa passagem o conceito de inconsciente coletivo, que traz a premissa de que os inconscientes compartilham eventos mútuos.

Ainda na atividade psiquiátrica, o autor desenvolve a percepção de que os pacientes, através da associação de palavras, despertam reações psíquicas. Trata-se de um método em que o terapeuta sugere palavras e confere a associação que o paciente faz, identificando assim os complexos manifestados.

Sigmund Freud

Este capítulo traz a trajetória da relação entre Jung e Freud, que de início compartilharam de grande afinidade teórica, porém, conforme narrado pelo autor, a rigidez dogmática de Freud concomitou ao afastamento de ambos. De início, pela diferença de bagagem e experiência clínica, Jung também não tinha aporte para refutar seu colega. Isso foi se dissolvendo conforme Carl identificava em sua clínica variantes na teoria psicanalítica que se confrontavam com as limitações dogmáticas da escola. Os sonhos de Jung aqui também são fonte de decisões e perspectivas para com esta relação. A sua experiência onírica revela a necessidade de ruptura para com Freud, uma vez que os sonhos davam inícios a teoria de arquétipos e inconsciente coletivo, ambos incabíveis na psicanálise.

Por fim, esta passagem da obra permite a compreensão da importância de

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