Resumo do Cap. "Terapia Cognitivo-Comportamental - Teoria e Prática"

Resumo do Cap. 1

"Terapia Cognitivo-Comportamental - Teoria e Prática"

    O modelo psicoterápico pautado nas evidências, é fundamentado na Terapia Cognitivo-Comportamental. Ela necessita de conhecimento técnico relacionado à seus princípios básicos. Visando a necessidade de um material de consulta, a autora redigiu o livro Terapia Cognitiva-Comportamental: Teoria e prática.

    Logo no início, Judith Beck relata as motivações de Aaron T. Beck, seu pai, para a criação da teoria cognitiva comportamental, onde o mesmo buscava validação empírica de suas teorias para a psicanálise, a fim de que a mesma fosse aceita pela comunidade médica. Tais buscas contrariaram suas expectativas, pois o levaram à novas indagações sobre a depressão, desconfirmando o modelo psicanalítico, em relação à ela.

    Aaron T. Beck, pôde observar cognições negativas e distorcidas da realidade, o que o motivou a desenvolver um tratamento de curta duração e estruturado, em que pudesse testar a realidade desses pensamentos depressivos. Todas as teorias oriundas do modelo de Beck, tem como foco a reestruturação cognitiva e de crenças, através de estratégias aplicadas a uma demanda específica.

    No primeiro capítulo, a autora responde algumas perguntas fundamentais referentes à TCC, sendo elas: O que é Terapia Cognitivo-Comportamental, como foi desenvolvida, o que as pesquisas dizem sobre sua eficácia, quais são seus princípios básicos, e como tornar-se um terapeuta Cognitivo-Comportamental.

    Judith Beck cita aspectos cruciais sobre a cognição, detalhando as técnicas práticas e teóricas da terapia cognitiva comportamental, e a maneira como os pensamentos disfuncionais refletem na maneira de um indivíduo interpretar determinada situação. Ela declara que quando um sujeito aprende a avaliar esses pensamentos de forma voluntária, elas alcançam melhorias em seu comportamento e estado emocional, e para que essa melhora seja duradoura, o terapeuta irá fazer uma intervenção ainda mais profunda, identificando as crenças centrais do paciente sobre si e sobre o meio em que está inserido.

    Diversos estudos atestaram a efetividade da TCC, destinada a inúmeros transtornos psiquiátricos, médicos e psicológicos. Na página 25, Judith apresenta uma tabela compondo uma lista parcial dos transtornos tratados com eficácia pela Terapia Cognitiva-Comportamental.

    Ainda neste capítulo, a autora aborda princípios básicos da Terapia Cognitivo-Comportamental, como por exemplo, o fato da terapia requerer uma aliança terapêutica, uma colaboração e participação ativa do paciente, estimulando-o a ser seu próprio terapeuta, foca em problemas pontuais, e salienta inicialmente o presente. Todas as sessões da terapia, são estruturadas, pois entende-se que seguindo uma determinada metodologia, potencializa sua eficácia. Todas essas questões, aplicam-se à todos os pacientes, entretanto irá respeitar a subjetividade de cada um, variando de um para o outro, levando em conta a natureza de suas dificuldades.

    Apesar de ser o primeiro capítulo de um livro de 399 páginas, ele vem rico de informações cruciais e importantíssimas, que devem ser levadas em questão a todo instante pelo terapeuta cognitivo-comportamental, e a autora salienta que apesar de seus leitores desejarem pular diretamente para a seção de técnicas, a ordem de leitura deverá ser respeitada, pois o mais importante não é necessariamente a aplicação de técnicas, mas fazer uma escolha criteriosa e uma utilização legítima das diversas técnicas, baseadas na singularidade de cada paciente.

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