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São Tomas de Aquino

Por:   •  6/10/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.404 Palavras (6 Páginas)  •  80 Visualizações

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No contexto da Idade Média, período do desenvolvimento da civilização marcado pelo controle clérigo sob a individualidade humana, mais precisamente no século XIII, foram desenvolvidas ideias consideradas revolucionárias para a época. Tomás de Aquino, um padre dominicano, tornou-se um dos protagonistas dessa corrente ideológica, que tornou o período conhecido como uma era brilhante e de desenvolvimento do pensamento.

Em sua história, consta registro de nascimento no ano de 1225, em Roccasecca, Itália. De origem nobre, iniciou sua vida acadêmica no castelo de Monte Cassino, aos cinco anos de idade, sendo depois transferido para a Studium Generale, universidade em Nápoles, que fora, à época, recentemente criada. Para a época a universidade de Nápoles era umas das raras exceções que não haviam retirado Aristóteles de seus estudos e, provavelmente, foi lá seu contato inicial com o clássico filosofo. A partir daí, seu interesse pela teologia definiu os rumos de seu trabalho, enfatizando o conhecimento filosófico. Em 1240, tornou-se discípulo de Aberto Magno, e em 1252 concluiu a sua formação teológica, principiando um caminho pedagógico enquanto professor na Cúria Pontifical de Roma.

Os seus escritos, baseavam-se na filosofia aristotélica que considerava o conhecimento científico bem como a inteligência humana, princípios imprescindíveis para a compreensão e justificativa dos fenômenos compreendidos pela natureza. Essa concepção fez de Tomás uma personalidade única, à medida que fundamentava o saber na conciliação da razão e da fé.

Para tal, é notável a importância da abertura cultural verificada no século XII. Viabilizada pelos árabes, a circulação de obras proibidas pelas instituições católicas, como Política, que reunia escritos de Aristóteles, permitiram maior produção intelectual. Essa influência, crucial para a disseminação de novas ideias, ameaçava o poder que detinha o catolicismo, o que justifica a sua omissão. Em consequência disso, informações relevantes puderam fazer parte das pesquisas e conclusões de Tomás e muitos outros pensadores como Agostinho de Hipona, destacando-se em escolas denominadas Escolástica e Patrística, elementos que puderam aprofundar os padrões filosóficos da Idade Média, reformulando e discutindo a consistência da sabedoria pregada.

A patrística, iniciada com a decadência do Império Romano, tem como Agostinho seu principal pensador, nessa perspectiva da Ciência como campo filiado à Fé, é promovida a associação da prática filosófica aos movimentos pagãos. Os defensores dessa corrente diferenciam-se da escolástica a partir de um fundamento principal: na Patrística, a razão é submissa à fé enquanto na Escolástica, defendida por Tomás de Aquino, esses elementos trabalham juntos para a produção de conhecimento.

 Esse pensamento pode ser ilustrado em uma ideia defendida por Tomás, que baseia-se também em um grego, nesse caso, Platão, considerado o mestre de Aristóteles. Platão dividia o mundo em dois conceitos, o mundo das ideias e o mundo das aparências. O mundo sensível, sob sua orientação, era simbolizado por tudo que é considerado tangível, ao contrário, o mundo inteligível carregava a significação dos objetos materiais, predominantes na natureza.  

Sob esse horizonte, Tomás de Aquino define como Deus, ser onipotente, o responsável pelo mundo das ideias, pois, é esse ser absoluto capaz de saber o destino do indivíduo antes mesmo de ele nascer e contribuir socialmente. Dessa forma, ele torna-se responsável por cristianizar o pensamento de Platão, obedecendo ao que denomina-se como Neoplatonismo.

Observa-se, entretanto, uma crítica à Platão no que diz respeito ao armazenamento de ideias e de consequente conhecimento na alma, podendo extrair tal saber a partir da lembrança. Para Tomás, essa extração advinha do estudo do objeto que contém tais ideias, sendo possível apenas a partir do desejo de conhecer.

Sobre a felicidade, o tomismo ressalta a realização do prazer pleno nas relações que ultrapassam o alcance humano. Prazeres materiais como, por exemplo, a riqueza, são impossíveis de produzir a felicidade, pois essa é conseguida através da contemplação ao absoluto, ao ser maior que condiciona a nobreza humana no exercício da fé e crença em uma outra vida, ao lado do criador.

Aquino parte do empirismo, do sensível para chegar ao inteligível como o processo de conhecimento, desta forma, ele separa cinco vias  para concretizar este conhecimento e provar assim também a existência  de Deus. A primeira das vias é o “Primeiro motor imóvel”, que supõe que o universo se movimenta porem nenhum ser se move sozinho, sendo necessário a todo ser algum outro que o mova, o que se regredido ao infinito não é possível explicar se não existir um motor primordial que move à todos, a segunda seria a “Primeira causa eficiente” que parte da consequência da primeira regra, ou seja ,esse efeito motor primário nos leva a crer que         não há efeito sem causa ,sendo levado ao infinito  chegaríamos a uma causa eficiente que da inicio a este movimento cósmico,a terceira via via compara o seres que podem ser ou não ser e é chamada de “Ser necessário e os seres possíveis”, A possibilidade destes seres implica que ,em algum momento , este ser não foi e tornou-se e ainda vem a não ser novamente. Mas do nada, nada vem e, por isso, estes seres possíveis dependem de um ser necessário e primário para fundamentar suas existências, a quarta via chama-se “Graus de perfeição” e trata desses graus, onde comparações são constatadas  a partir de um máximo, um ótimo, que na verdade  contém o verdadeiro ser, e por ultimo ,a  via do “Governo supremo”  que trata  da questão da ordem e da finalidade que esta suprema inteligência máxima e primordial  governa todas as coisas ,dispondo-as em ordem e organização racional o que evidencia ainda mais não somente a existência de um ser supremo como também de a intenção da existência de cada ser .Vale ressaltar nessas vias a clara influencia da casualidade aristotélica ,partindo do empirismo e levantando questões embasadas em causas e consequências .

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