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TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE AFETANDO CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS

Por:   •  30/8/2019  •  Artigo  •  5.290 Palavras (22 Páginas)  •  156 Visualizações

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TRANSTORNO DO DÉFICT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

AFETANDO CRIANÇAS, ADOLESCENTES E ADULTOS

Claudia Barbosa

Resumo: O presente artigo revisa a literatura relacionada a definição e características do TDAH na fase da infância, adolescência e adulta, causas, transtornos associados, critérios diagnósticos, tratamentos farmacológico e comportamental do transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O resultado dessa revisão aponta para uma importância em conhecer os sintomas deste transtorno para a lidar com a situação de maneira confiante, pois, a demora em diagnosticar o caso pode trazer sérias consequências para o desenvolvimento da criança e comportamentais na vida adulta. Portanto, o tratamento com a equipe multidisciplinar é indispensável. Unindo a tolerância, o amor e o conhecimento ao apoio familiar é possível alcançar êxito nesse processo.

Palavra chave: transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH); revisão; diagnóstico; tratamentos.

Abstract: This article reviews the literature on the definition and characteristics of attention deficit hyperactivity disorder (ADHD) in children, adolescence and adult, causes, associated disorders, diagnostic criteria, pharmacological and behavioral treatments of attention deficit hyperactivity disorder (ADHD). The result of this review points to an importance in knowing the symptoms of this disorder to deal with the situation in a confident way, since the delay in diagnosing the case can have serious consequences for the development of the child and behavioral in adult life. Therefore, treatment with the multidisciplinary team is indispensable. By combining tolerance, love and knowledge with family support, it is possible to achieve success in this process.

Key words: attention deficit hyperactivity disorder (ADHD); review; diagnosis; treatments.

A importância do tratamento multidisciplinar no Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – Considerações clínicas e terapêuticas.

        Introdução

O TDAH é considerado uma das condições médicas mais pesquisadas. Desde 1798 se conhece e se publica sobre o TDAH. Neste ano, o médico britânico Alexander Crichton, em sua descrição deste transtorno caracterizou como inquietação e problemas de atenção, com subtipo desatento, com impacto no desempenho escolar. Em 1902, foi George Still, o pai da pediatria britânica, que descreveu o termo como “déficit do controle moral”. Segundo seus estudos, essas crianças tinham dificuldade de aprender com as consequências de suas ações, embora não tivesse prejuízo intelectual.

 Com a edição do DSM-3, em 1980, surge o nome de Transtorno do Déficit de Atenção, sendo classificado em dois tipos: TDA com hiperatividade e TDA sem hiperatividade, sendo utilizado pela primeira vez para caracterizar o quadro (Barkley, 2008). Em 1994, surge o DSM-4 classificando os sintomas em: desatento, hiperativo/impulsivo e o tipo combinado. Conforme a versão mais recente, o DSM-5, reúne uma lista com dezoito sintomas relacionados a nove itens para desatenção; seis itens para hiperatividade; e três para impulsividade.

        Porém, até hoje a falta de informação acerca do assunto tem sido é uma das maiores dificuldades para se diagnosticar o TDAH. Crianças que manifestam o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade caracterizam-se pela presença de determinados comportamentos, que não são fáceis de identificar. Segundo Goldstein (2006), o transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é caracterizado por uma constelação de problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade, que se apresentam inicialmente na infância, e que se manifestam em diferentes contextos, provocando prejuízos funcionais na vida escolar, como problemas nas relações sociais e com a autoestima.

Ter condições de avaliar e tratar crianças que apresentem os sintomas do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade logo no início da infância pode ser um benefício não somente para os portadores, e também para os que estão envolvidos e ligados ao problema. Sendo assim, mostraremos neste trabalho, a relevância do conhecimento sobre o TDAH para desenvolver uma atuação de forma conjunta com outros profissionais.

1. Definição e características

        O TDAH é um transtorno sem marcador biológico ainda definido, é um problema que se identifica pela observação do comportamento, da cognição e do rendimento em situações sociais, afetivas e acadêmicas. É considerado um transtorno psiquiátrico que acomete crianças, adolescentes e adultos e que causa uma considerável implicação na vida daqueles que são diagnosticados com TDAH. “Atualmente estima-se que 5% da população mundial sofram com esse diagnóstico, somando aproximadamente 330 milhões de portadores de TDAH”. (TEIXEIRA, 2015, p. 18).

1.1. O TDAH na infância

        

        O TDAH se inicia na infância. Há uma condição que alguns sintomas deste transtorno estejam presentes antes dos 12 anos de idade.

        Crianças que manifestam o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade caracterizam-se pela presença de determinados comportamentos, que não são fáceis de identificar. Segundo Goldstein (2006), o transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é caracterizado por problemas relacionados com falta de atenção, hiperatividade e impulsividade que se manifestam em diferentes contextos, provocando prejuízos funcionais na vida escolar, como problemas nas relações sociais e com a autoestima.

Por volta de quatro anos de idade é possível suspeitar que uma criança é hiperativa, já que antes disso, ela apresenta uma "hiperatividade normal" relacionada com o seu próprio desenvolvimento. Frequentemente os pais dessas crianças vão buscar auxílio com um profissional especializado quando elas entram na pré-escola, até que o professor relata a dificuldade da criança, pois a hiperatividade fica mais evidente e é um período em que se tem de lidar com novas exigências, principalmente em relação às rotinas escolares.  Além disso, pais e professores não podem se esquecer de que as crianças com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade possuem características positivas:

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