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Trabalho Desdobramento da Teoria Psicanalítica

Por:   •  29/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  2.542 Palavras (11 Páginas)  •  241 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

Andrea Lira Baumgartner                    RA: D4999H-9

Cintia Regina de Onofre Borges          RA: T2149C-4

Fernanda Gomes da Silva Sousa       RA: D2869G-7

Helena Maria de Barros Garcia               RA: T3338D-4

Rafaela Grzwacz Goodman                      RA: T4868B-9

Rosemeri Brachmann Siede                 RA:T3511F-8

Vitória Moraes Zamaro                        RA: N1488H-7

A ANGÚSTIA PARA MELANIE KLEIN

Obras de Frida

Kahlo Hospital Henry Ford e As Duas Fridas

São Paulo

2019            

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

1. ESTUDO DE CASO – Obras de Frida - Kahlo Hospital Henry Ford e As Duas Fridas

2. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo uma análise reflexiva acerca da importância da angústia/ansiedade dentro da Teoria das Posições na concepção kleiniana. Para tanto, iniciaremos com uma breve explanação do seu significado de acordo com a teoria de Melanie Klein. Em seguida faremos o seu entrelace com duas obras de arte da artista Frida Kahlo.

A partir de suas experiências clínicas atendendo crianças pequenas, Melanie Klein com brincadeiras de jogos infantis, conversava com o inconsciente das crianças e chegou a algumas constatações relevantes para o desenvolvimento da sua teoria da angústia. Entre elas estão: a destrutividade humana como sendo um fato da vida que se inicia no nascimento, assim como o ego, a projeção/introjeção como mecanismo psíquico do homem.

Conforme aponta a psicanalista, a construção da subjetividade do bebê ocorre através da teoria das posições, que são dinâmicas e não lineares, alternam-se no decorrer da vida, sendo formas de estabelecer relações com objetos, organização de ansiedades e mecanismos de defesas. Essas posições permanecem atuantes durante toda a vida do sujeito, podendo ser alteradas em função das circunstâncias, sendo a posição depressiva predominante em um desenvolvimento saudável.

Diferentemente da concepção freudiana, a desconstrução temporal do homem , Klein introduz um novo conceito de construção espacial do sujeito, ou seja, o nosso espaço interno. Ao nascermos, já iniciamos a construção dos nossos objetos internos (captados do mundo externo pelos sentidos) e consequentemente criamos as nossas fantasias inconscientes, que são as expressões dos nossos desejos (pulsões de vida e de morte), predominantemente pulsão de morte, para Klein. O bebê quando mama vive a sua fantasia inconsciente de incorporação (da mãe). Ele incorpora ou o amor ou o ódio. Nas fezes, ele vive a fantasia inconsciente da expulsão de algo que o incomoda.

Novamente fugindo da visão de Freud, que definiu a angústia do homem como sendo a não realização dos seus desejos e do medo da castração, Klein postula que a angústia/ansiedade do homem é causada pelo medo da destrutividade alheia, ou seja, “se eu sou destrutivo o outro também é”. Isto significa que para Klein o homem adoece por não saber lidar com a sua própria destrutividade.

Klein também apresenta um novo modelo de psique, o self/personalidade se divide entre duas partes, a que se comunica com o mundo externo e a instintiva onde moram os impulsos e as pulsões de vida e morte, chamado pela psicanálise de id.

As posições kleinianas dizem respeito a subjetividade humana. Inicialmente a posição da subjetividade do bebê é constituída por um ego bastante arcaico, desorganizado, desintegrado e sem forma, a qual ela nomeou de posição esquizo-paranóide, pois o indivíduo se sente perseguido por um mundo desconhecido. Somente ao reconhecer o cheiro da mãe  em torno do 3º/ 4º mês de vida, consegue o mínimo de organização e se torna capaz de entrar na fase de transição e passar de uma posição esquizo-paranóide para uma posição um pouco mais organizada da sua subjetividade, a posição depressiva.

A posição depressiva é a posição mais evoluída e saudável da subjetividade humana, a qual ocorre a integração do objeto como um todo, a junção do amor e do ódio num só objeto. O seio bom e o seio mau que eram vistos separadamente passam a ser vistos como duas partes de um mesmo objeto. Considerar os dois lados gera ansiedade e culpa.

Por este ângulo, as origens do superego são estabelecidas na posição esquizo-paranóide, na relação com o seio que abastece ou priva, gratifica ou frustra. A fonte do sofrimento é a angústia persecutória, o medo do aniquilamento, fantasiar torna-se um meio de defesa, uma maneira de inibir e controlar as pressões internas e expressar os desejos. A fantasia é o conteúdo primário dos processos mentais.

As frustrações orais e anais, protótipos de todas as frustrações posteriores na vida, significam ao mesmo tempo castigo e produzem ansiedade. (KLEIN, 1981, p. 255).

        Já a angústia depressiva é provocada pelo temor de que o objeto amado tenha sido ou venha a ser destruído, danificado pelo ódio. Apresenta a tendência de integrar as imagens do “seio bom” e do “seio mau”. O objeto amado e odiado que o bebê quis destruir (em fantasia) é um só objeto: o objeto total, o outro. Caracteriza o surgimento da ambivalência responsável pelas contradições e complexidades nos relacionamentos, geradas nas frustrações e insegurança. A ambivalência está ligada à culpa e à tendência de reparação.

        A partir desse breve relato sobre alguns pontos importantes da teoria de M. Klein e a diferenciação da angústia persecutória e a depressiva, podemos adentrar na análise dos quadros de Frida Kahlo.

1. ESTUDO DE CASO – Obras de Frida - Kahlo Hospital Henry Ford e As Duas Fridas

        Como já mencionamos anteriormente, Melanie Klein (1930), destacou a relevância e importância das posições esquizo-paranóides e depressivas no primeiro ano de vida do bebê, na constituição do psiquismo. Porém vale ressaltar novamente, que tais posições são dinâmicas e não estáticas, ou seja, estas formas de organização psíquica não serão nunca superadas ou deixadas para trás, o que é possível é manter uma relação dialética entre elas.

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