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Winnicott

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Por:   •  21/10/2014  •  Tese  •  770 Palavras (4 Páginas)  •  383 Visualizações

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Winnicott acreditava que a relação entre o paciente e o analista deve ser similar à relação mãe-bebê, utilizando da disponiblidade que a mãe tem para o seu filho, quando o inconsciente não é alcançado, não-acontecido. Diferentemente de Freud, que utilizava do inconsciente e da associação livre de idéias para a análise das neuroses e tratamento das mesmas.

Ao apronfundar-se no tema de comunicações originárias, surgiram duas teorias, uma delas a teoria do objeto: O indíviduo passa a se desenvolver ainda sem a presença de objetos no início da vida e ao se relacionar com o ambiente passa a ter objetos distintos. Mãe e bebê são a mesma pessoa, Winnicott nomeu a mãe como "objeto subjetivo" segundo Winnicott: “Para mim é axiomático que não há relacionamento como objeto subjetivo” (1989a, p.286-7). A relação do bebê para com a sua mãe é inexistente.

O bebê passa a caracterizá-la como o ser que faz perceber a sua existência, tornando-se a "mãe-ambiente" e por suprir suas necessidades, "mãe-cuidado". O vínculo criado, é a porta para o mundo real, a percepção da identidade e a integração. Na segunda teoria "de si-mesmo" verdadeiro e falso, a mãe tem o importante papel de desenvolver um ego auxiliar ao bebê, para fortalecer suas capacidades inatas, dando sentido aos objetos e ajudando para o futuro sadiu do bebê. Desta forma cria-se o "self-verdadeiro". A mãe que não supri as necessidades no início do seu desenvolvimento e percepção de existência, passa a criar o "self-falso" no bebê, a mãe passa à dar caracteristicas suas à expressões distintas do bebê, sendo assim, o bebê se adapta a essas características falsas por submissão à mãe, justamente pela mesma não reconhcer as necessidades reais do bebê. Essas teorias já contribuem para o processo de comportamento adaptativo ao meio, porém ao desenvolver-se e integrar-se à sociedade o indivíduo cria suas próprias concepções.

A partir dessa comunicação primitiva, Winnicott percebeu que o bebê não sabe e conhece o mundo exterior mas que a comunicação é necessária para intereção com o mundo e o com o objetivo-subjetivo. A principal comunicação desta relação é a interpretação de gestos, a mãe é capaz de entender a dependência do bebê e assim atender suas carências. Essa comunicação não-verbalizada é denominada por Winnicott por "Beco-sem-saída". A resposta do bebê para esse tipo de linguagem feita da maneira ideal, é continuar existindo, valendo todo o processo de preocupação, atenção e cuidados da capacidade da mãe para com o seu bebê. Na falha dessa comunicação não-verbal, a mãe pode ser capaz de atingir o bebê com palavras grosseiras, sabemos que o bebê é incapaz de entender por falta de experiências vividas anteriormente, porém ele é capaz de capturar expressões negativas e se sentir de forma diminuída e errada. A falta de muita comunicação não-verbal do bebê, pode-se dizer em alguns casos que não seja negativa, pode ser um forma do bebê "saber resolver" independentemente seus conflitos individuais, sem o auxilio do objeto-subjetivo.

Para Winnicott, essa relação similiar dita anteriomente entre analista e paciente, o "saber demais", sem restrições pode causar desconforto e confundir a organização da psiqué do paciente, uma vez que o analista

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